"Se não te agradar o estylo,e o methodo, que sigo, terás paciência, porque não posso saber o teu génio, mas se lendo encontrares alguns erros, (como pode suceder, que encontres) ficar-tehey em grande obrigação se delles me advertires, para que emendando-os fique o teu gosto mais satisfeito"
Bento Morganti - Nummismologia. Lisboa, 1737. no Prólogo «A Quem Ler»

domingo, 10 de abril de 2011

Impresso no Brasil - Dois Séculos de Livros Brasileiros – um livro a comprar



Correndo o risco de ser repetitivo, não quero deixar de me referir ao lançamento do livro Impresso no Brasil - Dois Séculos de Livros Brasileiros, com organização de Aníbal Bragança e Márcia Abreu, no dia 12 deste mês, ou seja, na próxima terça feira, co-editado pela editora Unesp e Fundação Biblioteca Nacional, como aliás já foi divulgado por Márcia Rodrigues no seu blogue "Tesouro bibliográfico", entre outros, que cito apenas por ser um fiel leitor do mesmo.

 


Ficha Técnica:
Título: Impresso no Brasil - Dois Séculos de Livros Brasileiros
Organizadores: Aníbal Bragança e Márcia Abreu
Capa de Marcos Keith Takahashi.
Páginas: 663
Preço: RS 59,00
Assunto: História do Livro e da Leitura, História Cultural Brasileira, Mercado Editorial
ISBN: 978-85-3930-051-8
Edição: 1ª

Impresso no Brasil constrói um retrato multifacetado, que expõe as peculiaridades da origem, os desafios do percurso da produção editorial brasileira, durante os seus duzentos anos de história, e o panorama que se descortina para esse elemento essencial da vida cultural do país: o livro. O lançamento conta, ainda, com introdução escrita pelo bibliófilo José Mindlin, através de um texto produzido em 2007, sobre o centenário da Impressão Régia.

A primeira parte da obra, intitulada “Uma nova história editorial brasileira: editores, tipógrafos e livreiros” apresenta 22 capítulos, que analisam os aspectos da produção editorial nacional.

Na segunda parte, “Cultura letrada no Brasil: autores, leitores e leituras”, 13 trabalhos analisam e interpretam a formação do leitor e do público para que se dirigiam estas produções editoriais, ao longo das décadas.

A obra constrói um panorama, entre outros assuntos, da produção de livros escolares e de alfabetização, literatura de cordel, da produção em jornais e periódicos, e analisa a história de editoras como Garnier, Melhoramentos, Civilização Brasileira, Companhia das Letras, Abril. O direito de autor e casos como Harry Potter e Paulo Coelho recebem análises especiais, na composição de um panorama sobre mercado e consumo recentes.


Biblioteca Nacional no Rio de Janeiro
(vista aérea)

Lançamento na Biblioteca Nacional no Rio de Janeiro
Data: terça-feira, 12 de Abril de 2011
Horário: A partir das 10h
Entrada livre (limitada ao número de vagas no Auditório - 150)

Para marcar o seu lançamento e discutir a obra, que trata da acidentada história do livro brasileiro e das perspectivas para as editoras no país, realizar-se-ão duas mesas-redondas, nesse mesmo dia, a partir das 10h, na Biblioteca Nacional no Rio de Janeiro. Nelas se discutirá a importância do livro na história da cultura brasileira e suas perspectivas actuais, diante, não só da emergência da cultura digital, como da concentração do mercado e do espaço aberto por pequenas e médias editoras.

O primeiro debate, das 10h às 12h, terá como tema “O livro ontem e hoje” e contará com a participação dos dois organizadores da obra: os professores Aníbal Bragança, da Universidade Federal Fluminense, e Márcia Abreu, da Unicamp, além de Giselle Martins Venancio, Marília Barcellos e Tania Maria B. da Cruz Ferreira.

 
Prof. Aníbal Bragança

A segunda mesa-redonda, que decorrerá das 14h às 16h, discute o tema “O livro hoje e amanhã”, com a presença de Ana Sofia Mariz, Fábio Sá Earp, George Kornis, Guilherme Cunha Lima e Teodoro Korackis. Todos os participantes são pesquisadores que contribuíram com textos para o volume.

Para os mais interessados aqui fica a sua sinopse:

Dentre os muitos benefícios que nos trouxe a transferência da corte portuguesa para o Brasil, podemos destacar duas medidas que parecem da maior importância: a abertura dos portos e a instalação da Impressão Régia, duas janelas que abriram o Brasil para o mundo, do ponto de vista político e cultural. A primeira decisão foi de efeito imediato; a segunda, de resultado um pouco mais tardio, pois a Impressão Régia visou, inicialmente, apenas à publicação dos actos oficiais, mas em curto espaço de tempo passou a publicar obras que abrangeram quase todos os campos do conhecimento. Visto no contexto em que a Impressão Régia funcionou, seu desempenho foi excepcional e abriu caminho para o desenvolvimento cultural brasileiro, pois proporcionou o surgimento de um número crescente de editores no século XIX.

Saudações bibliómanas.


Fontes consultadas:

Fundação da Biblioteca Nacional

Tesouro Bibliográfico – Lançamento do livro “Impresso no Brasil: dois séculos de livros brasileiros”


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