"Se não te agradar o estylo,e o methodo, que sigo, terás paciência, porque não posso saber o teu génio, mas se lendo encontrares alguns erros, (como pode suceder, que encontres) ficar-tehey em grande obrigação se delles me advertires, para que emendando-os fique o teu gosto mais satisfeito"
Bento Morganti - Nummismologia. Lisboa, 1737. no Prólogo «A Quem Ler»

domingo, 30 de novembro de 2014

Bauman Rare Books | Gift Catalogue 2014 – um apontamento a propósito dos livros infantis antigos


Já falei várias vezes, tanto com amigos bibliófilos bem como com alguns livreiros-antiquários, de que o livro infanto-juvenil era/é um mercado pouco explorado em Portugal.


Criança limpando livros com a mãe
(Ilustração vitoriana)

Relembro o que escrevi num comentário recente:

“Estes [os livros infantis] são sempre raros em qualquer parte do mundo […] 
Porquê?
A quem se destinavam os livros? Às crianças/jovens! Que se tinham hábitos de leitura – e nessa época ainda se lia – liam-nos sem cuidados especiais e na maioria das vezes sem elevada estima pelo exemplar e, felizmente, partilhavam-nos com os amigos! (muitos deles ficavam rapidamente degradados)
Cresciam e alguns mudavam-se de casa … e os livros iam-se perdendo, depois vinham as limpezas das garagens/sótãos e lá iam mais uns tantos sacos com papéis para o lixo! (e dentro deles alguns destes belos exemplares!).
Isto passou-se um pouco por toda a parte – inclusive comigo: perdi muitos dos meus primeiros livros e não os consegui voltar a encontrar mesmo no mercado alfarrabista (e já os procuro há anos).”


Criança a ler um livro

No entanto, nas pesquisas para a escrita deste apontamento encontrei alguns blogues, que propõem a venda – para além da uma divulgação correcta – deste tipo de livros (cf.  fontes consultadas)


Livros Infantis Antigos e Esquecidos

A grande maioria de nós começou a receber, como presentes natalícios, brinquedos, mas depois lá vinham uns livritos de aventuras que preencheram o nosso imaginário enquanto crianças/jovens. (Mas onde estão eles agora?)

Quantos não se iniciaram na literatura ao lerem entusiasticamente os livros de Enid Blyton das series de “Os Cinco” e de “Os Sete” por exemplo?


Um livro de Os Cinco de Enid Blyton

Mas não quero deixar de referir outros livrinhos com que muitos de nós nos iniciámos na leitura.

Nessa época a Majora era a grande casa editora deste tipo de livros (para além de jogos e outros espécimes lúdicos infantis).


Editora Infantil Major
©Dias Que Voam

“Quem nunca leu um livro da Majora, corra ao alfarrabista mais próximo e resgate-se de imediato. Já!
Atente-se na moralidade da história:" rompe-se o saco, à força de querer enchê-lo". Uma alegoria à sociedade de consumo, certamente.
E outro pormenor. A edição era visada pela Comissão de Literatura e de Espectáculos para menores. Nem as criancinhas escapavam à censura”. In Dias que Voam


Marcadores Majora
©Almanak Silva

“A literatura para a infância dos anos quarenta do século passado distancia-se dos ideais republicanos de progresso e igualdade e passeia-se pelas fábulas moralistas, cruéis e iniciáticas dos Irmãos Grimm e afins, vigiada por um Estado Novo mais concentrado nos malabarismos da sua ambiguidade pró-germânica e pró-aliada durante a guerra, e o seu calculista alinhamento pelos vencedores após a derrota do Eixo. A Majora, editora especializada em livros e jogos para crianças, inundou o mercado com obras atraentes e acessíveis, baseados em rocambolescas aventuras de petizes aventureiros, anões pencudos e animais falantes, enésimas adaptações de contos e fábulas de um inesgotável catálogo universal. Protagonista desta avalanche, autor simultâneo de texto e ilustrações, Gabriel Ferrão divide com Laura Costa e César Abbott a produção artística da Majora durante a década. Nos livros de Ferrão, de 1948 a 1950, há uma curiosa repetição: heróis como o Malaquias, o Tio Sabe Tudo, o Zé Pacóvio, o Serigaito, a Joanico, o Serapião Tobias, o Chico Pinoca, o Papo-Seco, o Julião Pespirete, e outros nomes cómicos de sabor popular, palmilham léguas em demanda de tesouros escondidos e vinganças adiadas, em turismo de pé-descalço por bosques e vales, por caminhos e atalhos bordados a vedações de madeira e cogumelos alucinogénicos, em cenários de casario medieval”.in Almanak Silva

Mas vejamos alguns desses exemplares.

A maioria destes livros era inserida em colecções de que deixo aqui dois exemplos:



Majora - Colecção Varinha Mágica
©Santa Nostalgia




Majora - Colecção Princesinha
©Santa Nostalgia

Mas passemos a ver algumas dessas preciosidades (tanto desta como de outras editoras):



SANTIAGO, Dora - Memórias do Chico Pinoca (1948)
©Almanaque Silva



FERRÃO, Gabriel –  Joanico na Terra dos Narigudos
©Almanaque Silva



FERRÃO, Gabriel - O macaco pescador (1948)
©Almanaque Silva



História da Gata Borralheira.
Editorial Minerva. Colecção do Povo. 1ª edição
24 pág. 187 x 130 mm. Capa mole.
©Livros Infantis Antigos e Esquecidos





PERRAULT; Charles - História da Menina do Chapelino Encarnado (adaptação)
Livrolândia, Lda, 1927. Colecção Histórias Tradicionais.
16 pág. 235 x 168 mm. Capa Mole. 1ª edição.
©Livros Infantis Antigos e Esquecidos


Parece-me importante salientar o outro reverso da medalha: tomando como exemplo os USA onde esta temática tem grande procura e com preços bem condicentes com a mesma.


Nada melhor para ilustrar esta minha opinião do que fazer uma outra abordagem destes sempre belos catálogos com que a Bauman Rare Books nos presenteia regularmente – vamos “espreitar” os livrods infantis (que até vem bem a propósito da quadra que se avizinha)







Aqui vos deixo algumas sugestões:

“A Very Rare Sort of Bear”



89. BOND, Michael. A Bear Called Paddington. London, 1958. Octavo, original rose cloth, dust jacket. [$8200].



Scarce first edition, inscribed: “To David, with all good wishes, Michael Bond, 7th December 2010.” “Paddington’s appeal came not only from the hilarious situations and mishaps in which he found himself… but also from Peggy Fortnum’s penand-ink sketches, which capture Paddington’s bewitching charm and combination ‘little boy/small bear’ character” (Silvey, 70-71). Near-fine.

Rare First Edition Of MacDonald’s Charming Fantasy



92. MACDONALD, George. At the Back of the North Wind. London, 1871. 12mo, original pebbled gilt-stamped pictorial magenta cloth recased, custom clamshell box. [$9500].

Rare first edition of MacDonald’s classic story, his first full-length work for children, with 76 in-text wood engravings by the Dalziel brothers after illustrations by Arthur Hughes. Originally published as a serial in the juvenile magazine Good Words for the Young, MacDonald’s tale is “a remarkable piece of work and a milestone in children’s fiction in that it combines the qualities of the fairy story at its best with the expression of social and moral concerns” (Carpenter & Prichard, 34). A lovely copy. Rare.

Wonderfully Illustrated By Maurice Sendak



97. (SENDAK, Maurice) MINARIK, Else Holmelund. Little Bear. WITH: Father Bear Comes Home. WITH: Little Bear’s Friend. WITH: Little Bear’s Visit. WITH: A Kiss for Little Bear. New York, 1957-68. Five volumes. Octavo, original boards, dust jackets. [$3600].

Scarce first editions of Minarik’s beloved “Little Bear” series of readers, each book with charming illustrations by Maurice Sendak, in original dust jackets. Books clean and fine. First two dust jackets with light toning to spines and rubbing to folds (Little Bear with small chip to spine foot); tape repairs to versos. A beautiful set.

First Edition Of E.B. White’s Last Children’s Book, Inscribed By Him



107. WHITE, E.B. The Trumpet of the Swan. New York, 1970. Octavo, original blue cloth, dust jacket. [$11,500].

First edition of E.B. White’s third and final children’s book, with lovely illustrations by Edward Frascino, inscribed in the year of publication using his nickname: “Ann with love (and in sorrow) Andy White. N. Brooklin. Aug 1970.” This copy is inscribed by White as “Andy,” indicating a close friendship with the recipient. Andy was E.B. White’s nickname, which he acquired at Cornell. White graduated from Cornell in 1921. Cornell tradition holds that any male student with the surname White is given the nickname Andy after Cornell co-founder Andrew Dickson White. Book near-fine, dust jacket bright and fine.

Muitos outros temas, para além de obras de extrema raridade, poderemos encontrar neste sempre bem elaborado catálogo, mas hoje quis apensas falar do livro infantil.

Espero ter conseguido fazer-vos recordar das boas lembranças da infância e para aqueles “felizardos” que ainda possuem algumas destas preciosidades – mais sentimentais do que propriamente materiais – que sintam vontade de as reverem  e voltarem  a folheá-las.

Saudações bibliófilas.

Nota:
Todas as imagens e descritivos são obviamente: Copyright © 2014 Bauman Rare Books, All rights reserved.

Fontes consultadas:
Coisas de outros tempos [http://coisasdeoutrostempos.blogspot.pt/]
Livros Infantis Antigos e Esquecidos [http://livrosinfantisantigos.blogspot.pt/]


[Deixo aqui as minhas desculpas por não citar todos os outros blogues, mas apenas referi aqueles que consultei para a realização deste meu modesto contributo para o tema.]


sábado, 29 de novembro de 2014

Ernesto Manuel Geraldes de Melo e Castro – um breve apontamento bio-bibliográfico


O meu estimado amigo Miguel de Carvalho apresentou as novidades bibliográficas de Novembro de 2014.



E a propósito refira-se que se vai realizar mais uma Feira dos Alfarrabistas Atrium SolumCoimbra nos dias 29 e 30 deste mês no Atrium Solum – Avenida Dr. Elísio de Moura, 85 em Coimbra – entre as 10:00 e as 20:00 horas, onde além da Livraria Alfarrabista Miguel de Carvalho estarão igualmente presentes a In-Libris, a Livraria Minerva Alfarrabista e a Letra Livre Livraria.


Feira dos Alfarrabistas Atrium Solum

Não posso deixa de passar sem uma muito merecrecida referência a um dos lotes presentes nesta excelente listagem.
Trata-se de um conjunto de manuscritos, livros originais manuscritos, epístolas, desenhos, fotografias de Ernesto Manuel Geraldes de Melo e Castro.


E. M. de Melo e Castro


Ernesto Manuel Geraldes de Melo e Castro, nasceu na Covilhã em 1932, mais conhecido como E. M. de Melo e Castro, é um engenheiro, escritor, critico, ensaísta, artista plástico, mas é conhecido principalmente por ser um poeta experimental. Conta no seu currículo a passagem em diversos estabelecimentos de ensinos espalhados pelo mundo, formou-se em Engenharia Têxtil em Bradford, em Inglaterra em 1956, muitos anos depois tirou o doutoramento em Letras na Universidade de São Paulo, corria o ano de 1998. Destacar no campo de ensino, a sua actividade de professor de Design Têxtil no Instituto Superior de Arte, Design e Marketing em Lisboa.
                 
Ao longo dos mais de 50 anos de trabalho, da poesia concreta e experimental à infopoesia, passando pela vídeopoesia, passando pela criação de fractais em forma de imagens, foram estes os principais focos de trabalho em forma de arte deste artista contemporâneo português. É uma figura marcante do contexto artístico do panorama português, nomeadamente nas décadas de sessenta e setenta, mas posteriormente a isso o seu trabalho mantém-se na investigação na relação entre arte e o desenvolvimento tecnológico. Tal como foi dito anteriormente, Ernesto de Melo e Castro, teve um papel fundamental na poesia experimental portuguesa dos anos sessenta, sendo ele praticante e teórico, introduziu a poesia concreta no nosso país. Várias são as obras de renome deste artista, Ideogramas em 1961, é considerada a obra pioneira da videopoesia em Portugal. Ainda na área da videopoesia, desenvolveu na Universidade Aberta de Lisboa entre 1985 e 1989, um projecto denominado de Signagens. Este projecto consistia na veiculação na televisão de poemas animados pensados especificamente para este meio de comunicação, este projecto foi o desenvolver de um projecto já antigo de Melo e Castro iniciado em 1968, depois da Universidade ter adquirido novos dispositivos de geração de caracteres e edição de vídeo, o que levou ao desenvolvimento e conclusão deste projecto.
                 
A obra de Ernesto de Melo e Castro também é marcada pelas diversas publicações e participações em livros de teor mais literário. Jornal do Fundão e Noticias de Luanda, são alguns dos jornais onde este autor participou e lançou alguns artigos dedicados à poesia experimental. Ainda ao nível da poesia experimental, publicações em nome próprio pegaram destaque na literatura em redor deste autor, livros como Ideogramas, A poligonia do Soneto, Proposição 2.01, Álea e Vazio, Visão Vision são algumas das obras que marcaram o percurso deste autor. Noutro campo, com participação de outros autores consagrados da poesia experimental, Ernesto de Melo e Castro participou e organizou alguns movimentos sobre forma de publicação no período entre os anos sessenta e oitenta, Poesia Experimental I, Poesia Experimental II, Hidra I, Operação I e Operação IIsão algumas das publicações onde Ernesto de Melo e Castro “pôs” a mão.
                 
Actualmente é professor catedrático na Universidade onde tirou o doutoramento, Universidade de São Paulo, onde ainda publica alguns artigos e escreves algumas publicações não só em nome próprio, mas também participa em outras publicações de outros autores.


E. M. de Melo e Castro


Livros, Obras, Poemas ou Encenações
Sismo, 1952
Salmos, 1953
Ignorância da Alma, 1956
Entre o Som e o Sul, 1960
Queda Livre, 1961
Mudo Mudando,1962
Ideogramas, 1962
Objecto poemático de efeito progressivo, 1962
Poligonia do Soneto, 1963
Objet poematique, 1965
Versus - In - Versus, 1968
Álea e vazio, 1974
Visão / Vision, 1972
Ciclo Queda Livre, 1973
Concepto Incerto, 1974
Resistência das palavras, 1975
Cara lh amas, 1975.
Círculos afins, 1977
As palavras Só-lidas, 1979.
Re-Camões, 1980
Corpos Radiantes, 1982
Autologia (Poemas escolhidos 1951-82), 1983
Trans(a)parências - Poesia 1950/1990
Entre o rigor e o excesso: um osso, 1994
Enquanto [  ] Jactos e hiatos, 1994
Visão Visual, 1994
17 visuais +, 1996
Finitos mais Finitos – ficção/ficções, 1996
Algorritmos (Infopoesia),1998



MELO E CASTRO, E. M. de – CONJUNTO DE MANUSCRITOS, LIVROS ORIGINAIS MANUSCRITOS, EPÍSTOLAS, DESENHOS, FOTOGRAFIAS. [7.750 €]

 “A poesia verdadeira é sempre de vanguarda” - é uma das notas manuscritas que podemos ler nesta vasta documentação pessoal e literáRia contida em quatro pastas de arquivo profissionais reunindo manuscritos, dactiloescritos, desenhos a caneta, fotografias e epistolografia do poeta visual e experimental Ernesto Manuel Geraldes de Melo e Castro.

Neste espólio destacamos também o alinhamento completo e detalhado do seu programa radiofónico na R.C.P, durante a década de 70, juntamente com correspondência pessoal e profissional do autor.

Este arquivo datado e documentado, contém na íntegra os originais manuscritos/dactiloscritos das obras “Material e Imatéria”; “Finitos Mais Finitos” Ficção/ Ficções 1995”; “Micro/ Fragmentais/Iterativos” ; “O Anjo” ; “Os erros de Eros”, “Caralhamas” entre outras.

Sobre os poetas, Melo e Castro diz “Não esqueçamos também que os Poetas são operários da linguagem: eles trabalham para toda a gente- para toda a gente uma procura incessante do que se deve dizer em cada momento da existência- e dizer com as palavras mais exactas”.

Primeira Caixa

Texto dactilografado “A Margem”- texto em torno do silêncio, o silêncio como metáfora.
Alinhamento do Programa Radiofónico “Impacto” em 62 páginas, manuscritas algumas frente e verso, outras só frente. ( Programa bi-semanal na rádio RCP na década de 70)
Divisão do alinhamento em 5 “”capítulos” que perfazem um total de 116 programas em 58 semanas.
Nota do autor “Em cada programa de 4 a 5 minutos haverá um pequeno texto teórico e poemas ilustrandoo assunto”
No primeiro capítulo o alinhamento informa que as temáticas abordadas estarão em torno do sentimentalismo, a forma melódica e a musicalidade; “O Poema Vazio”; A Posia como meio de comunicação entre homens vivos; Para que serve o Poema?
No segundo capítulo, Poesia Portuguesa Moderna (1915-1970) O Orfeu; Presença; Neo-Realismo; Independentes: V. Nemésio; Carlos Queiróz; Caderno de Poesia (Sofia; Rui Cinatti; J.B. De Portugal; J. de Sena); Surrealismo; Árvore; 2ª Geração Neo-Realista; Távola Redonda; A década 50/60; A década 60/70
No terceiro capítulo, Recapitualações Temáticas A imagem na Poesia Portuguesa Moderna; O conceito de medida
No quarto capítulo, A Poesia Feminina Moderna
No quinto capítulo, Os Antecedentes da Poesia Moderna O Método Retrospectivo; A Renascença Portuguesa – Teixeira Pascoaes; O Lirismo do Começo do Século (Cesário; A.Nobre; Camilo Pessanha; Gomes Leal; João de Deus); A Geração de 1870; O Arcadismo; A Poesia Barroca; Os Cancioneiros Medievais.
1ª Série| Janeiro de 1970
Linhas introdutórias do programa em duas páginas.
Definição de Poesia

Nota manuscrita do autor “Não esqueçamos também que os Poetas são operários da linguagem: eles trabalham para toda a gente-para toda a gente uma procura incessante do que se deve dizer em cada momento da existência- e dizer com as palavras mais exactas”
2ª Série| Fevereiro 1970
Paralelismo entre emissor e receptor na comunicação para emissor e receptor na poesia

3ª Série| Março 1970
Poema Ritmo

4ª Série
Leitura do poema “Queda Livre”
Dois Sonetos de Camões (“O Tempo Acaba”; “Mudam-se os Tempos”)

Conjunto de cartas dactilografadas, algumas assinadas por Melo e Castro
-carta dirigida a Pedro Tamen (Administrador da Fundação Calouste Gulbenkian), LIsboa, 14 Dezembro, 1987.
-carta dirigida à Drª Maria Madalena de Azeredo Perdigão (Directora do ACARTE) 15 Dezembro, 1987 (Esta carta contém um folheto desdobrável)
-correspondência trocada entre Melo e Castro e a Profª Doutora Maria Idalina Resina Rodrigues (Vice-Presidente do Instituto de Cultura e Língua Portuguesa) 20 Abril 1987 A Vice-Presidente solicita uma reedição do volume nº52 de “As Vanguardas na Poesia Portuguesa”.
-correspondência entre Melo e Castro e Presidente da Junta de Freguesia de Amora (Manuel Martins), 4 Novembro, 1986  assunto: envio da lista de trabalhos com a indicação de 12 textos por ordem decrescente de mérito. Sobre a temática ensaios escreveu “Nenhum dos textos apresentados me parece ter nível para ser premiado”
-correspondência entre Melo e Castro e César António Molina (Círculo de Bellas Artes Madrid), envelope original do recibimento da carta
-carta em francês para Chère Liliane Giraudon. Envio da sua bibliografia, 19 Outubro 1986
-rascunho de uma carta dirigida a Pedro Tamen sobre Holografia
-três comprovativos dos Correios e Telecomunicações de Portugal (cartas de Javier Lentini, Barcelona; Angel Crespo, Puerto Rico; Departamento de Letras U.F.R.C.N. Campus Universitário Natal, Brasil)
-carta de Melo e Castro para o Engenheiro Artur Baptista (Presidente do Conselho Directivo da Escola António Arroio, 3 Setembro 1986 (solicitação da não renovação de contrato para professor no ano lectivo de 86/87)
-carta de Melo e Castro para Gerente da Dependência do Marquês de Pombal Banco Pinto & Sotto Mayor, 15 Setembro 1986 (carta burocrática de desconto de uma latra de Quinhentos Mil Escudos na conta da sua empresa têxtil, Consultêxtil)
-correspondência entre Melo e Catro de Pedro Tamen
9 Junho 1986 – Melo e Castro pede à fundação apoio financeiro para comprar um computador Olivetti com digitalizadora e ploter próprios para o desenho têxtil
12 Agosto 1986 – Pedro Tamen informa Melo e Castro da sua decisão em conceder a Melo e Castro um subsídio de trabalho no valor de 300,000 escudos
Melo e Castro confima que recebeu a carta e solicita que o montante seja entregue de uma vez só.
-carta de Melo e Castro par Vasco Graça Moura (Administrador da Impresna Nacional- Casa da Moeda) 3 Setembro 1986
Melo e Castro pede a Graça Moura que “instrua uma das suas auxiliares editoriais” para que devolva o original “Material Imatéria”
-carta de Melo e Castro para Javier Lentini
4 de Setembro 1986 – envio do seu livro de poesia erótica que estava completamente esgotado. E alguns poemas inéditos também eróticos que Javier Lentini
-carta de Melo e Castro para Angel Crespo
7 Setembro 1986- avisa que enviou por correio aéreo alguns livros que o amigo lhe tinha pedido, uma separata do volume colectivo “Poemografia” e a “Autologia” que é uma escolha feita por ele para o público português.
Nota do autor: “a liberdade é condição essencial para a qualidade”
-carta de Melo e Castro para Dr. José Blanco (Administrador da Fundação Calouste Gulbenkian)
9 Junho 1986- pedido de apoio subsídio de viagem Lisboa-Marselha-Lisboa para participar no XII Congresso Internacional da Associação Internacional das Características Literários do Centro Português resposta de José Blanco – informa que o subsídio que a fundação dispõe para esse tipo de deslocações já foi atribuído no presente ano.
-carta de Melo e Castro para Madalena de Azaredo Perdigão
3 Setembro 1986 – pedido de fornecimento de uma cópia VHS do seu espectáculo “A Cena Impossível” pelo actor João d'Ávila no CAM no ciclo “Um século em abismo” em Janeiro de 1985
-carta de Melo e Castro e Liliana Giraudon
29 Setembro 1986- carta que envia um artigo sobre Fernando Pessoa que o próprio escreveu para Banana Split
-carta da Fundação Calouste Gulbenkian (Pedro Cunha) para Melo e Castro
3 Julho 1986- envio de um cheque pelo Banco Espirito Santo e Comercial de Lisboa de 30,000 escudos, pagamento do subsídio de uma viagem que lhe permitiu participar em substituição de Sophia de Mello Breyner nos “Encuentros em Jerez de La Frontera de Literatura Hipano-Lusa”
-carta de Pedro Cunha para Melo e Castro
18 Julho 1986- pagamento do subsídio concedido para um bilhete de comboio, 1ª Classe que lhe permitiu participar nas “Terceras Jornadas Poéticas”
-carta do Director do Serviço de Contabilidade Central da Fundação Calouste Gulbenkian para Melo e Castro
26 de Junho 1986- pedido de envio de recibos.
-carta de Melo e Castro para Director do Departamento de Letras da Universidade Federal do Rio GRande do Norte
5 Setembro de 1986- nota que indica um contacto telefónico com a professora Drª Diva Cunha Macedo que o informou que tinha sido contratado para leccionar na Universidade- Pequeno rascunho manuscrito e carta lamentando que não pode aceitar a contratação para professor devido aos seus trabalhos profissionais

Diversas anotações em 33 páginas manuscritas e 16 dactilografadas

Pasta com Contratos Editoriais: Sociedade Portuguesa de Autores, 17 de Outubro de 1984;
Regra do Jogo, 9 Setembro 1983;
Moares Editores S.A.R.L , 7 Abril de 1981;
Editorial Presença, Fevereiro de 1979;
Difel;
Imprensa Nacional Casa da Moeda (assinado por Vasco Graça Moura), 6 Novembro 1980
Moares Editores S.A.R.L., 14 Julho 1977 e 5 Maio 1977
Livros Horizonte LDA, 20 de Abril de 1979
Secretaria de Estado da Cultura 10 Março 1980v

Obra dactilografada “O Próprio Poético”- Ensaio da Revisão da Poesia Portuguesa Actual 1972

Segunda Pasta

-esboços e anotações manuscritas e dactilografadas de algumas poesias visuais
-“Livro Lábio” anotações
-Listagem manuscrita de colaborações, entre as quais, Diário de Notícias, Jornal de Artes e Letras, Sílabo
-Envelope com duas fotografias de um espectáculo
-Quatro exemplares de imprensa: Diário Popular; Capital; República; Diário Lisboa
-conjunto de 28 páginas de poesia em inglês
-nove exemplos de poesia visual
-poema em francês dactilografado. Maio 1981 para Maria Alzira Seixo. Também existe uma folha manuscrita do mesmo poema
-carta conjunta com Maria Alberta Menéres com informação sobre a Antologia da Novissíma Poesia Portuguesa para vários jornais e entregue em mãos a várias entidades.
-curriculum vitae do autor.
-listagem de artigos a escrever (Março 71; Agosto 70; Fevereiro 70; Julho 70; Agosto 69)
-conjunto de alguns manuscritos e esboços, entre os quais, “O Banho”, “Coito-Circuito”
-notas manuscritas sobre Modernidade em 28 páginas.

Terceira Pasta

caderno com alguns esboços de Melo e Castro e a “Porta Verde” de Maria Alberta Menéres (1952)
- conjunto de 18 esboços com indicações dactilografadas
-32 esboços a carvão e tinta da china em papel vegetal
-envelope com fotografias e negativos do autor
-1 caderno de desenho com esboços do autor
-caderno infantil com desenhos, xilogravuras e colagens de cromos e autocolantes
-textos dactilografados em 10 páginas com notas manuscritas de Outubro de 1989 “Português, Língua de Experimentar Poesia”
- dois acetatos com poesias visuais
-16 páginas manuscritos sobre a temática: “Problemas Filosóficos envolvidos na questão poesia”
-uma carta aberta ao crítico João Gaspar Simões 13 Março 1964
-4 páginas dactilografadas com Bio-Bibliografia de Melo e Castro
-recorte da página Artes e Letras do Jornal do Fundão
20 Dezembro 1959 – em que Melo e Castro faz uma crítica literária da obra “Um Ritmo Perdido” de Anna Hatherly
-recorte do Jornal do Fundão sobre o centenário do nascimento do Anton Tchekhov
-pequeno esquema para “15 Poetas” (1870-1960)
-texto dactilografado “Da Actividade Artística como um Essencialismo Concreto” nota manuscrita : “em Maio 1961 (recusado) em Julho/61”
-5 conjuntos de folhas, alguns manuscritos de respostas dados pelo autor a entrevistas e inquéritos
-rascunho de duas folhas de um Manifesto
-um recibo dos Serviços Clínicos S. Diversos datado de 7 de Abril de 1964
-notas manuscritas frente e verso em 6 folhas sobre o poema “Concreto”
-notas manuscritas sobre “Humanismo Literário e Humanismo Mesmo” para Jornal de Notícias em 6 folhas frente verso.
“Os usos da Poesia” 22 de Abril de 1961- notas manuscritas para uma conferência no Fundão. Nota do autor “Não se chegou a realizar”

Quarta Pasta

-carta dirigida a Agustina Bessa Luís, 27 Julho de 1989
-carta de Mécia de Sena para Melo e Castro, 22 Agosto de 1989
-carta de Melo e Castro para Fernando Ribeiro de Melo 3 de Dezembro 1990
-texto “Era uma casa baixa, azul, com um jardim” dactilografado em 7 páginas
-conjunto de 11 folhas dactilografadas com nota introdutória da 3º edição da sua Autologia em 1974
-Notas dactilografas sobre: Agustina Bessa Luís; Luisa Costa Gomes; Orlanda Amarilis; Orlando Neves; Mário de Carvalho em 26 páginas.
-o texto “O Caso de Dois Juans” em 12 folhas dactilografadas
-conjunto de textos de Orlando Neves, enviados para uma selecção
-postal de Mário de Carvalho em 12 de Julho de 1989 com a obra “As Estranhas Faculdades de Sebastião Zeimoto”
-postal de Maria Leonor Machado de Sousa (Universidade Nova de Lisboa, Faculdade de Ciências Sociais e Humans, Departamento de Estudos Anglo-Portugueses) com o texto “O Conto Fantástico Português: que tradições?”
-pasta com 270 páginas de Melo e Castro e Hélder Macedo – compilação de poemas em inglês
-carta manuscrita dirigida ao Director do Diário Popular

Dossier Vermelho

-18 páginas manuscritas frente. “Lemos Fernando como quem lê Fernando Lemos” -“Cá & Lá Poesia” Fernando Lemos – folhas dactilografadas
-conjunto de 95 páginas com textos de Fernando Lemos seleccionados por Melo e Castro. Selecção de textos excluídos por Melo e Castro em 14 páginas.

Dossier Branco

-envelope de Edições Afrontamento com nota manuscrita de devolução dos originais da obra “Entre o Rigor e o Excesso”
-caderno vermelho de anotações de Agosto de 1965.
-“La Imaginación Desperta”, vídeo Lisboa / Madrid 1987, Melo e Castro e Raúl Rodriguez
- planificação do vídeo em desenho 5 Abril 1990
-“Arte / Poder / Margem” - manuscrito e dactilografado
-manuscrito de 25 páginas pela frente “A Visão Fotográfica”
-15 páginas manuscritas 1973
-“Material Imatéria” (80/86) – dactilografado e encadernado com argolas
-14 páginas manuscritas com poemas
-obra “Pedologias” Campos Rosado e Melo e Castro Fevereiro 80
-6 páginas dactilografadas datadas de 10 Fevereiro 1991
-“Livro Zero” Carlos Apollinaire Brown, o Ausente” (texto fixado por Melo e Castro)
-correspondência entre Melo Castro e o Editor Francisco Alves -Melo e Castro pede que os fotolitos das páginas coloridas sejam reticuladas
-manuscrito do Prefácio para Edição Portuguesa de “Rubaiyat” de Omar Khayyan
-“Projecções Barrocas” Julho 1991
-notas e manuscritos da obra “Antologia do Conto Fantástico Português” (séculos XIX e XX)
-“O Anjo” manuscrito
-manuscritos de “Os erros de Eros” (Poemas 1964/1974) em 17 páginas.
-obra dactilografada “Micro / Fragmentais/ Iterativos” poemas 1990|1991
-obra impressa “Finitos Mais Finitos” Ficção/ Ficções 1995

Ainda deste autor podemos encontrar nesta listagem:



MELO E CASTRO, E. M. de – ENQUANTO JACTOS E HIATOS. Com-Arte Editora, São Paulo, s.d. In-8.º de 36-(3) págs. Br. Capa de Rodrigo D’Ávila Pimenta. [25 €]
"A chave deste conjunto de poemas (texto único e contínuo?) é a descontinuidade enunciada no próprio título. Título que se integra no todo como uma das suas partes: o “jacto” inicial. Pelo “enquanto” assegura-se a continuidade que se teve de hiatos e de jactos: sucessivos sintagmas emocionais, que o leitor lerá articulando-os completando-os, decifrando-os.(...). No conjunto da sua produção poética, este livro tem o sabor visiual de uma re-posição do concreto: síntese neobarroca do verbal e do não-verbal na indeterminação icónica. (...)"
    
           
MELO E CASTRO, E. M. de - CÍRCULOS AFINS. Assírio & Alvim, Lisboa, 1977. In-8.º de 213 págs. Br. Livro integrado na colecção "Cadernos peninsulares". [18 €]

Com um texto preliminar de Ana Hatherly intitulado "Melo e Castro: a experiência crítica da poesia"

"É-me impossível discursar. Os círculos, se rodam, são violentos e as palavras só dizem se violadas. Existe uma afinidade entre o que se vê e o que se não vê. Por detrás da superfície das imagens visíveis outras sucessivas imagens nos dão a substância das coisas. Os olhos reconhecem. Assim, em círculos afins se desenvolve a busca do real e em níveis sucessivos incoincidentes a espiral dialéctica da linguagem encontra as materializações que se dizem nos textos. Textos possíveis. Sinais de transgressão. Afins do real. Acusadores e silenciosos. O ruído da cristalização antiestática de um homem/homens."



MELO E CASTRO, E. M. de – LITERATURA PORTUGUESA DE INVENÇÃO. Difel Difusão Editorial, São Paulo, 1984. In-8.º de 182 págs. Br. [18 €]

Transgredir significa atravessar ou ir além de. A transgressão é um conceito que exprime a consequência de uma situação de conflito entre a norma e a não-norma e que se traduz na quebra da norma. Como conceito estético apropriado interdisciplinarmente à ciência jurídica, a transgressão propõe uma estética não normativa, aberta, dinâmica e polissêmica, autotélica portanto, mas também dialética. As situações de conflito entre a norma e a não-norma (neste caso estéticas) são, por isso, a própria estrutura da poética. A obra produzida será em si própria demolidora da norma e proponente de uma codificação, esta agora não necessariamente normativa: síntese. O conflito é assim a manifestação superficial no nível da competência. Este é o substrato gerador do texto poético. Não admira que as situações de conflito social, moral, psicológico, político, ideológico, religioso, afetivo, econômico, etc, sejam a substância do poeta.



MELO E CASTRO, E. M. de – DIALÉCTICA DAS VANGUARDAS. Livros Horizonte, Lisboa, 1976. In-8º de 120 págs. Br. Integrado na colecção "Movimento".[18 €]

"Surpreender e revelar a dialéctica profunda entre os discursos poético e político; esclarecer os contornos das noções de vanguarda criativa e vanguarda política; procurar reentender a tradição (e a inovação) poética portuguesa à luz das novas perspectivas socio-culturais."


MELO E CASTRO, E. M. de – FINITOS MAIS FINITOS -FICÇÃO/FICÇÕES. Hugin Editores Lda., Lisboa, 1996. In. 4.º de 127 págs. Br. Capa de brochura ilustrada. [28 €]
Deste livro diz o autor: "...representa um corte transversal na minha actividade criativa diária mostrando que para mim não há diferença entre a escrita de poemas, de ensaios, de contos e a produção de poemas visuais no computador. O processo da escrita é em/muitos, tal como as vivências de que esse processo é uma emanação virtual. Por isso este livro é talvez aquele que neste momento melhor me traduz e representa."



MELO E CASTRO, E. M. de – PESSOA: METADE DE NADA. Livros Horizonte, Lisboa, 1988. In-8.º de 70(2) págs. Br. Rubrica de posse no ante-rosto. [15 €]

Pensar Pessoa é por isso um exercício de alteridade que me confirma no que afirmo escrito: a poesia de que me faço outro.



MELO E CASTRO, E. M. de – QUEDA LIVRE. Livraria Nacional, Covilhã, 1961. In-8.º de 64-(2) págs. Br. Obra já rara e inserida na apreciada colecção "Pedras Brancas". Capa e desenho impresso em folha desdobrável à parte, da autoria de Manuel Batista.[43 €]

sento-me nestas cadeiras que limitam
quatro paredes brancas
onde me quebro as noites

terra de geometria

alicerce de pó
que nos mantém a vida

casa forma passiva de ser móvel

horizonte de braços

telhado

que deixa o sol entrar
e a chuva fugir



MELO E CASTRO, E. M. de CICLO QUEDA LIVRE. Assírio & Alvim. Lisboa,1973. In-8.º de 122-(5) págs. Br. Inserida na Colecção "Cadernos Peninsulares". [25 €]

Primeira Edição.

"Toda a escrita se designa desde o limiar do silêncio. Aí se encontra, portanto, o gesto inaugurador da linguagem, onde a possibilidade de um discurso novo se afirma e escava".
Com um extenso prefácio sobre a poesia do autor por João Carlos Alvim esta obra reúne composições escritas entre 1959 e 1962, algumas delas já editadas, como "Refutação Pacífica da Beleza", "Entre o Som e o Sul" ou "Mudo Mudando".



MELO E CASTRO, E. M. de PRÓPRIO POÉTICO (crítica e história literária). Edições Quíron, São Paulo, 1973. In. 8.º de 165 págs. Br. [25 €]

PRIMEIRA EDIÇÃO.

 “(...) O que neste livro se propõe é, mais rigorosamente, o exercício de uma pesquisa de Poético codificado em Portugal (lugar geográfico: onde) com um material: a língua portuguesa. Assim transformados em parâmetros instrumentais, tanto Portugal como a língua portuguesa aparecem-nos despidos de toda mítica e imprecisão terminológica que a simples expressão “Poesia Portuguesa” pode desencadear, quando se pretende saber ” de que se trata e o que é ou seja.”



MELO E CASTRO, E. M. de – RE-CAMÕES. Limiar, Porto, 1980. In-8º de 45-(6) págs. Brochado. Capas com ligeiro empoeiramento. Inserido na colecção "Os Olhos e a Memória". [20 €]

PRIMEIRA EDIÇÃO.

"... a escrita deste livro, é um exercício de re-presentação. Sobre uma imagem (conceptual? emocional?) de Camões a recuperação em síntese de fragmentos da minha própria experiência do texto-poema..."


E. M. de Melo e Castro


Com este breve esboço bio-bibliográfico espero ter-vos despertado a curiosidade para a leitura deste poeta bem como para uma visita a esta Feira de Alfarrabistas, onde se poderá descobrir aquele livro que perseguimos há já tanto tempo….é preciso é nunca desistir!

Boa sorte e bom fim-de-semana.

Saudações bibliófilas