"Se não te agradar o estylo,e o methodo, que sigo, terás paciência, porque não posso saber o teu génio, mas se lendo encontrares alguns erros, (como pode suceder, que encontres) ficar-tehey em grande obrigação se delles me advertires, para que emendando-os fique o teu gosto mais satisfeito"
Bento Morganti - Nummismologia. Lisboa, 1737. no Prólogo «A Quem Ler»

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Ernest Hemingway e o seu livro "The Torrents of Spring".



HEMINGWAY, Ernest – The Torrents of Spring. (First edition)

HEMINGWAY, Ernest – The Torrents of Spring. A Romantic Novel in Honor of the Passing of a Great Race. New York: Charles Scribner's Sons, 1926. Octavo. Original dark green cloth, with title printed in red to spine and front board. With the dust jacket. First Edition, First Printing with the Scribner's seal printed on the copyright page. (Later editions remove the Scribner's seal.)


HEMINGWAY, Ernest – The Torrents of Spring. (sobrecapa)

Publicado em 1926, The Torrents of Spring: A Romantic Novel in Honor of the Passing of a Great Race é o primeiro romance publicado de Ernest Hemingway.
Hanneman refere uma tiragem de 1250 exemplares para esta edição. 


Ernest Hemingway em Cuba com os filhos Patrick e Gregory (1946)

Antes deste romance, Hemingway publicou duas colecções de histórias curtas: Three Stories and Ten Poems, publicado em 1923 e In Our Time, que foi publicado em Paris em 1924 e, posteriormente, nos Estados Unidos em 1925.

Escrito em dez dias, The Torrents of Spring é uma obra satírica sobre escritores pretensiosos sobretudo da escola de Chicago. Hemingway enviou o manuscrito ao seu editor Horace Liveright no início de Dezembro de 1925, que rejeitou a sua publicação no final do mês, com a justificação de que: "it is such a bitter, and I might say almost vicious caricature of Sherwood Anderson. we are rejecting Torrents of Spring because we disagree with you and Scott Fitzgerald and Louis Bromfield and Dos Passos, that it is a fine and humorous American satire" (Gilmer 124).

Em Janeiro Max Perkins da Scribner's aceitou publicar a obra. Deste modo, e na sequência desta rejeição, Hemingway quebrou o seu contrato com Boni & Liveright e juntou-se a Scribner, que permaneceu o seu editor para o resto da sua vida.

Mas veja-se a sua sinopse:

“Set in northern Michigan in the mid-1920s The Torrents of Spring is about two men, World War I veteran Yogi Johnson and writer Scripps O'Neill, both of whom work at a pump factory. Both are searching for the perfect woman. The story begins with O'Neill returning home to find that his wife and small daughter have left him. O'Neill befriends a British waitress, Diana, at the beanery where she works and asks her to marry him immediately but he soon becomes disenchanted with her. Diana tries to impress her husband by reading books from the lists of The New York Times Book Reviews, but he soon leaves her (as she feared he would) for another waitress, Mandy, who enthralls him with literary (but possibly made up) anecdotes. O'Neill takes mescaline and hallucinates that he is President of Mexico. He appoints a third waitress, Ruby, as his vice president and plots to undo the losses of the Battle of Veracruz. Johnson, who becomes depressed after a Parisian prostitute leaves him for a British officer, has a period during which he anguishes over the fact that he doesn't seem to desire any woman at all, even though spring is approaching. Ultimately, he falls in love with a native American woman who enters a restaurant clothed only in moccasins, the wife of one of the two Indians he befriends near the end of the story. Johnson is cured of his impotence when, viewing a naked squaw, he is overcome by “a new feeling” which he hastens to attribute to Mother Nature, and together they “light out for the territories.” (Wikipedia)


Turgenev retrato de Vasily Perov, 1872

Talvez o mais importante contexto para ler Torrents of Spring é o da cultura literária contemporânea de Hemingway. Antes mesmo de começar o romance, Hemingway chama a atenção para o tema da cultura literária, ao utilizar um título que referencia directamente um romance anterior do século XIX escrito pelo russo Ivan Turgenev, intitulado Torrents of Spring.


TURGENEV, Ivan – The Torrents of Spring.
(edição americana de 1906)

Enquanto o romance de Turgenev foi escrito no início da década de 1870, o trabalho de Hemingway centra-se em verdade na cena literária de que Hemingway fazia pessoalmente parte.

Esta obra teve uma recepção um pouco controversa por parte do público leitor bem como pelos críticos e continua a ser considerada como uma obra-menor na produção de Hemingway.


HEMINGWAY, Ernest – As Torrentes da Primavera [The Torrents of Spring]
(edição portuguesa de Livros do Brasil)

Com este esboço sumário pretendo mostrar um dos muitos exemplos dos primeiros livros de alguns dos autores mais conhecidos que nem sempre reflectem o conjunto final da sua obra.

Espero ter despertado o vosso interesse para o estudo do percurso de algum dos autores da vossa preferência, pois julgo que é um trabalho sempre fascinante e enriquecedor dos nossos conhecimentos.

Claro que biblofilamente é uma obra de valor relativamente alto e procurada pelos coleccionadores das obras de Hemingway. (com muitos aficionados nos EUA e não só…)

Saudações bibliófilas.


quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Palácio do Correio Velho – Leilão da Biblioteca de D. Manuel de Souza Holstein Beck – Conde da Póvoa (II Parte)


O Palácio do Correio Velho, Leilões e Antiguidades, S.A., foi fundado em 1989 e localiza-se em Lisboa na Calçada do Combro, 38 A - 1º
Dedica-se sobretudo à realização de leilões de Pintura e Antiguidades, no entanto não deixa de explorar outras áreas como a Arte Moderna e Contemporânea, os livros e gravuras antigas, os vinhos e o coleccionismo.

Palácio do Correio Velho – Lisboa (1)
©rgpsousa.blogspot.com

O Palácio do Correio Velho vai realizar no próximo dia 31 deste mês o seu 331º Leilão – consagrado a Livros e Manuscritos.


Trata-se do leilão de uma interessante colecção de cerca de 320 lotes de livros respeitantes à Casa Palmela, em especial a D. Pedro de Souza e Holstein, 1º Duque de Palmela, e a ele dedicados e à sua dinâmica actividade como estadista e parlamentar, além de várias outras obras sobre Literatura Portuguesa e Estrangeira, História, Arte, Religião, Memórias, Biografias, Correspondência e Despachos, Diplomacia, Epistolografia familiar, Agricultura, Genealogia, Poética, Heráldica, Liberalismo, Manuscritos, etc., incluindo alguns espécimes de grande raridade. De destacar belas encadernações e também um núcleo de livros que pertenceram ao Senhor Conde d’ Arnoso, pai de Dona Maria do Carmo Pinheiro de Melo, 5ª Duquesa de Palmela.

Os lotes estarão em exposição na sede da empresa leiloeira nos dias 26 de Janeiro (Domingo) das 15:00h/20:00h e 27 de Janeiro (Segunda-feira) das 15:00h/19:00h e 21:00h/23:00h. Como já se disse o leilão decorrerá no mesmo local no dia 31 de Janeiro (Sexta-feira) às 15:00h.

Do conjunto deste Catálogo, apresentamos alguns lotes, que não costumam aparecer com muita frequência em leilões, que não sendo forçosamente grandes raridades são de grande interesse bibliófilo.


LOTE 0058 – BROTERO, Felix Avelar – FLORA LUSITANICA, seu Plantarum, quae in Lusitania vel Sponte crescunt, vel frequentius coluntur, ex florum praesertim sexubus systematice distributarum, synopsis. Pars I & II. Olissipone, Ex Typographia Regia, 1804.
In-4º peq. 2 vols. de XVIII- 607 e 558 págs., respectivamente. Encadernações da época inteiras de carneira mosqueada, com rótulos de pele vermelha nas lombadas, com picos de traça e falhas. Corte marmoreado das folhas. Nota de oferta na família Palmela: «Para o Manuel, o Pai». Carimbos heráldicos da Casa Palmela. Bom exemplar no interior. Primeira e única edição, rara e muito estimada pelo seu alto valor científico e farmacológico.
INOCÊNCIO: II, pág. 262 ; MONTEVERDE: nº 314.


LOTE 0071 – CARTAS EDIFICANTES, Y CURIOSAS, escritas de las Missiones Estrangeras por algunos missoneros de la Compañia de Jesus: traducidas del idioma francés por el Padre Diego Davin de la misma Compañia. Tomo Tercero. Madrid, Viuda de Manuel Fernandez, 1754.
In-8º gr. de XXIV-315 págs. Encadernação inteira de carneira e corte carminado das folhas. Nota de posse: «Este Livro foi posto nesta Livraria pello Pr. Fr. Anastascio de S. Joze, sendo Gªm neste Convento de Nossa Snra d'Arrábida na era de 1772». Embora sendo apenas o 3º vol., é obra independente e contém cartas enviadas da China, India e América do Sul, com muitos aspectos curiosos ou edificantes. São muito procuradas estes relações de missionários pelo seu valor antropológico e cultural.


LOTE 0102 – DOCUMENTOS HISTORICOS relativos aos ultimos acontecimentos politicos de Portugal que não veem mencionados no Livro Azul. Lisboa, Typographia de Borges,1848.
In - 4º de 338 - (4) págs. Encadernação em pele, bem dourada no rótulo, filete dourado na pasta, última folha remarginada. Invulgar obra, com carimbo da Casa Palmela, transcrevendo dezenas de documentos e manifestos não publicados pelos inglezes no seu Livro Azul.


LOTE 0178 – LLAGAS, Fray Iuan de las – TRIVMPHOS DE LA SANCTA EVANGELICA POBREZA en la Religion Seraphica de nuestro padre San Francisco. Collegidos por...Lisboa, Pedro Craesbeeck, 1625.
In-8º gr. de (4)-132 págs. Encadernação inteira de carneira da época, corte carminado das folhas. Nota de posse do Convento da Arrábida. A maior parte do livro consagrada aos exemplos, acções e listas dos franciscanos e seus martírios na expansão mundial do cristianismo europeu. Apreciado assunto e tipografia, num bom exemplar.


LOTE 0218 – MENEZES, D. Francisco Xavier de. (Conde da Ericeira). – BIBLIOTHECA // SOUSANA, // ou // Catalogo das obras // que compoz // o Reverendissimo Padre // D. Manoel Caetano // de Sousa... com Observações Académicas, e // Filológicas... Lisboa Occidental, Na Officina de Joseph Antonio da Sylva, MDCCXXXVII. (1737).
In - 4º gr. de 250 págs. Encadernação inteira de carneira, da época, com muitas falhas nas pastas e quase sem pele na lombada. Folhas brancas finais com sinais de traça, no interior, bom exemplar. Carimbo heráldico da Casa Palmela. Ex-libris do Duque de Palmela, D. Domingos. Descrição sumária das 289 obras impressas ou manuscritas escritas por este infatigável e prolífero escritor eclesiástico. Entre as obras inéditas que deixou sobressai a «Ilha Encuberta», que o Conde da Ericeira comenta, terminando assim: «Todas estas opiniões curiosamente resumiu, e tratou o livro, que seria muito bem recebido se saísse à luz». Invulgar exemplar, que pertenceu aos Duques de Palmela.


LOTE 0232 – ORDINARIO DOS RELIGIOSOS EREMITAS DE NOSSO P. S. AGOSTINHO da Província de Portugal, no qual se ordena tudo o que pertence ao culto divino, assi no choro como no altar... Lisboa, Pedro Crasbecke, 1605.
In-4º peq. de (16) -172 págs. Encadernação em carneira da época, com fino dourado na lombada, corte carminado das folhas, mancha nas cinco primeiras, carimbo heráldico da Casa Palmela. Nota de posse de Frei Sebastião da Luz. Belo exemplar da tipografia Crasbecke de todo o cerimonial ordinário dos eremitas augustinianos, com pequenas anotações marginais completando o texto impresso. Muito invulgar, pois de muito pequena tiragem.


LOTE 0289 – SILVA, Francisco Leytam da. – RELAÇAM // DA MORTE, E // ENTERRO DA // MAGESTADE SERENISSIMA // DELREY D. IOAM IV. DE // GLORIOZA MEMORIA. Em Lisboa, na Officina de Domingos Lopes Rosa, Anno de MCDLVI. (1656)
In - 4º peq. de (16) págs. Encadernação inteira de carneira ao estilo antigo, com pequenas falhas, e sucessivas tarjas renascentistas e o monograma heráldico do Duque de Palmela, gravados a sêco. Papel com sinal de humidade num dos cantos. Carimbo heráldico da Casa Palmela. Belo frontispício, simbólico. Valiosa descrição da doença, morte e virtudes do Rei D. João IV, por um Cavaleiro Professo da Ordem de Cristo.

Espero que apreciem a leitura e consulta deste bom catálogo.

Saudações bibliófilas

(1) Palácio mandado construir no século XVIII pelos Condes de Castro Marim e Marqueses de Olhão. Também se designa por Palácio Marim-Olhão.Foi imóvel de aluguer e ali esteve instalado o Correio Geral em 1801. Está em parte ocupado por uma empresa de leilões e pertence à Câmara Municipal de Lisboa que o está a reabilitar.



Copyright: Todas as descrições e fotografias dos lotes apresentados são propriedade exclusiva do Palácio do Correio Velho e não podem ser reproduzidas sem a sua autorização prévia.


sábado, 18 de janeiro de 2014

Guillaume Amfrye de Chaulieu – L’Abbé de Chaulieu



Guillaume Amfrye de Chaulieu
Gravure par Charles Devrits

Guillaume Amfrye de Chaulieu est né au château de Beauregard à Fontenay-en-Vexin en 1639 (département de l’Eure actuel).

A cette époque, les cadets de familles nobles devaient entrer dans les ordres. Comme il se trouvait dans cette situation peu enviable et qu’il était impossible de s’y soustraire, bien qu’il n’eût pas la vocation, il devint donc l’abbé de Chaulieu, car sa famille possédait la seigneurie de Chaulieu, actuellement dans la Manche.

Son père, maître des comptes à Rouen, l’envoya faire ses études au collège de Navarre où il montra tôt l’esprit qui devait le distinguer. Il obtint la faveur du duc de Vendôme qui lui fit obtenir, entre autres bénéfices ecclésiastiques, l’abbaye d’Aumale. Le duc de Vendôme  et son frère Philippe (1), grand prieur des chevaliers de Malte en France, se réunissaient à cette époque au Temple où ils formaient autour d’eux une société épicurienne.


Portrait de Louis Joseph, duc de Vendôme, Maréchal de France, 1706, par Murat

Il fréquenta alors le Temple, un salon où Philippe de Vendôme, le Grand Prieur, réunissait des hommes d’esprit, des libres penseurs, adeptes d’Epicure. Là, Chaulieu donnait libre cours à sa verve. Mais les plaisirs plus bassement matériels n'étaient pas oubliés. Le repas occupait une place importante. Ne fait-il pas partie des plaisirs simples de la vie ?…..Ces Messieurs aimaient beaucoup l’omelette au lard. Goûts simples on le voit…..On trouvait là autour de la table les habitués, comme le chevalier de Bouillon, le marquis de La Fare (2), Chaulieu bien sûr, mais aussi parfois La Fontaine, ou encore Ninon de Lenclos qui ne dédaignait pas les parties fines.


Philippe de Vendôme, le Prieur de Vendôme (1)

Au collège de Navarre il se lia avec les fils de La Rochefoucault, l'abbé et le prince de Marsillac, qui fut grand veneur de France et gouverneur du Berry. Il se lia également avec les princes de Vendôme, le duc et son frère le grand prieur, et c'est surtout à leur influence qu'il dut les avantages matériels de sa situation dans la suite.

Chaulieu devint le compagnon de toujours et le conseiller des deux princes.

De bonne humeur, il goûta la poésie; il dit avoir lu tous les poètes français, anciens et modernes, et avait tenu d'eux tous ses principes, ses modèles et sa doctrine poétique, mais en se l'incorporant de telle manière que rien des autres n'est passé en lui sans y avoir été transformé et être devenu comme original. Il profita également de l'enseignement de La Chapelle, et il en parle avec une fausse modestie, comme d'un maître qui lui fit tant d'honneur et à qui il craint d'en rendre si peu. Il eut également une très grande affection pour le marquis de la Fare (2), si bien que la postérité les a faits, eux et leur œuvre poétique, presque inséparable.


Jean III Sobieski, Roi de Pologne et Grand-duc de Lituanie

En 1665, il accompagna en Pologne le marquis de Béthune, envoyé extraordinaire vers Jean III Sobieski (3), nouvellement marié à Mlle de la Grange d'Arquiem (4), belle-sœur du marquis de Béthune.


Marie Casimire Louise de La Grange d'Arquien (1676)

L'amitié que lui portait l'envoyé de Louis XIV lui faisait espérer trouver, à l'occasion de ce voyage, une carrière profitable. Il ambitionnait une place de résident général ou de chargé d'affaire de Pologne à Paris. Les lettres qu'il écrit à sa belle-sœur - son frère Jacques était conseiller au Parlement de Rouen - nous renseignent sur les incidents du voyage et nous disent l'impression que lui firent les Polonais.

Il fit cette expédition en Pologne dans l’espérance de faire carrière à la cour du roi Jean III.

Il accompagna Jean Sobieski dans une expédition en Ukraine, revint à Paris sans avoir réussi dans ses ambitions polonaises dans un état misérable et ne retira de son voyage qu'une bonne opinion de soi et une fierté "qui paraîtra extraordinaire pour un homme dont les affaires ne sont pas en meilleur état que les miennes".

Il s'attache alors aux princes de Vendôme, et obtint, grâce à l'influence du grand prieur, un nombre estimable de bénéfices ; celui de Saint Georges en l'île d'Oléron, qui pouvait valoir de 27 000 à 28 000 livres de rentes, ceux de Pouriers, de Renel, de Saint Etienne.

Il fut également abbé d'Aumale, non pas dès 1680 comme on l'a cru, mais en juin 1682, remplaçant Geoffroy-Alexandre de Jarente. Mais, d'ici comme d'ailleurs, il ne cherchait sans doute qu'à recevoir de l'argent, et Aumale ne devait pas lui apporter de gros avantages. Il commença par en retirer des procès. Jacques Nicolas Colbert, archevêque de Rouen (5), en faisant la visite de l'abbaye, la trouva dans un état piteux. La voûte du chœur menaçait ruine, au point que l'on ne pouvait y célébrer l'office sans péril, la nef était abattue, la maison abbatiale tombée en partie, le reste des bâtiments s'effondrait. La clôture faisait défaut. Le promoteur prit des réquisitions pour la tenue des comptes, et il demandait que les revenus de l'abbé fussent saisis pour le rétablissement du chœur, du cloître, des chambres conventuelles et de la maison abbatiale si besoin en était.


Jacques Nicolas Colbert, archevêque de Rouen

L'archevêque fit sienne les demandes et un procès s'ensuivit devant le Parlement. Les réparations à faire étaient évaluées à 80 000 livres, ce qui représentait plus de vingt années du revenu de la maison. Le procès dura longtemps et, le 8 août 1698, un arrêt déchargea l'abbé de Chaulieu et son successeur des réparations et réédifications, ce qui fait penser qu'il était encore abbé vers cette date. Cependant un acte de 1697 le qualifie de ci-devant abbé. Il résigna ses fonctions en faveur de M. de Lépine, sous qui fut effectuée la sécularisation à laquelle l'abbé Anfrie avait déjà songé, puis renoncé, et qui transféra les revenues de la mense conventuelle à la paroisse Saint Pierre et érigea une collégiale de six chanoines.

Un incident plus extraordinaire que tout s'était produit sous son gouvernement. Comme peu de temps après la Ligue d'Augsbourg, le commerce s'était trouvé interrompu entre la France et l'Angleterre, le plomb était vendu très cher, des malfaiteurs s'étaient introduit dans l'église, avaient violé les tombeaux et dérobés les cercueils, laissant épars les ossements. Aucune action ne fut intentée contre les coupables, si bien que l'on supposa que l'abbé lui-même était au moins complice.

L'abbé ne séjourna pas à Aumale et peut-être même n'y était-il jamais allé. Lié avec les Vendôme, il accompagna le duc en Provence, prit part à toutes les fêtes et les raconte dans un style rabelaisien. Il se réjouit de la bonne chère que l'on fait, mais aurait besoin d'un bon coup d'épingle dans le ventre pour le désenfler". Il semble s'être figuré que, si la couronne passait au dauphin, son patron aurait toute l'autorité et que lui-même pourrait gouverner l'état et arriver à la pourpre des cardinaux. Le duc de Vendôme avait songé à lui demander d'écrire le récit de ses campagnes, mais le projet n'eut pas de suite.

Sa conduite auprès du duc de Vendôme parut suspecte. Son maître était d'une absolue incurie; son frère, le grand prieur, et l'abbé de Chaulieu s'occupaient de la dépense et traitaient avec les créanciers, notamment lorsque le roi eut acquis l'hôtel de Vendôme pour lui permettre de rétablir l'ordre de ses affaires. En 1699, l'abbé fut congédié, avec une pension de 6 000 livres. Il suivit alors la fortune du grand prieur.

Bien qu'il ait un revenu de plus de 30 000 francs en bénéfices, il considérait sa situation comme intermédiaire entre l'aisance et la pauvreté; il se servait de son argent pour ses plaisirs, pour aider ses amis et aussi pour se pousser dans les milieux où l'on aimait les jouissances et l'esprit.
Il éprouva diverses infirmités, des attaques de goutte, dont la première survint en 1695, et qui se multiplièrent dans la suite. Ce lui fut l'occasion de poésies, si bien que ses amis le félicitaient presque d'un accident qui était une occasion de faire de l'esprit. Il n'ignorait pas l'origine de son mal. Vénus et Bacchus sont les père et mère des maux dont il souffre, mais il veut demeurer tranquille et gai au milieu de ses peines.

Sa première œuvre fut un rondeau satirique contre Benserade, à propos de la traduction en rondeaux des métamorphoses d'Ovide. Dans la suite, il chanta les voluptés, l'amour, les femmes. Plusieurs de ses vers ont été inspirés par Mme d'Aligre aussi célèbre par son esprit que par la bonté de son âme, d'autres par sa maîtresse, Mlle Rochois, de l'Opéra. A la fin de sa vie, il se lia avec Mlle de Launay, depuis la baronne de Staël, pour laquelle il conçut un sentiment d'amitié qui était presque de l'amour, et qui fut l'occasion d'accès d'humeur, de prétentions et de caprices.


Charles Perrault – Gravure

En 1703, Charles Perrault (6) meurt. Son siège à l’Académie Française se trouve libre, et Chaulieu pense que la place est pour lui, d’autant plus que le duc de Vendôme le protège. L'affaire était sur le point de réussir quand le traducteur Tourreil combattit la candidature et parvint à faire élire le premier président de Lamoignon, lequel refusa cet honneur qu’il n’avait pas sollicité. Mais le roi n’aimait pas Vendôme! D’autre part, la morale trop libre de Chaulieu ne lui plaisait pas. Louis XIV ravala sa rancœur contre la refuse de Lamoignon et proposa l’abbé de Rohan, futur cardinal et évêque de Strasbourg, qui fut élu. Depuis cette époque et pour ne pas se heurter au refus d’un nouvel élu, l’Académie décida que nul n’obtiendrait un siège s’il n’avait auparavant manifesté son intention en allant solliciter les suffrages des autres Immortels.

Dans ses dernières années, Chaulieu passa beaucoup de son temps à la petite cour de la duchesse du Maine à Sceaux où il devint l’ami de confiance et dévoué de Marguerite de Launay, avec qui il a entretenu une correspondance intéressante. Il excellait dans le genre des «vers de société». Fontenay et la Retraite sont parmi les mieux connues de ses poésies d’inspiration anacréontique.

Mais les années passaient inexorablement.  Agé de 80 ans, il célébrait encore l'amour. Il tombe amoureux de Mademoiselle de Launay, future Madame de Staël (7). “Vous rendre heureuse…vous donner des plaisirs ” lui écrit-il….sérieusement. Elle lui répond finement que chacun donne ce qu’il peut, pas plus...et ce fut comme son chant de cygne.

Sentant venir sa fin, et souhaitant être enterré dans le cimetière de son village natal, il légua à l’église 4 000 livres pour les frais et la célébration d’une messe annuelle à sa mémoire. Ce libertin qui chantait la gloire du vin au sortir de table où il avait bu plus que de raison décéda le 27 juin 1720 et mourut dans des sentiments tout opposés à ceux qu'il avait affichés durant sa vie, s'attirant les sarcasmes de Voltaire, plus dignement qu’il n’avait vécu.

Il avait dit peu avant : “La mort est simplement le terme de la vie….Pourquoi craindre Dieu puisqu’il est l’infinie bonté ? ”

Ses obsèques furent marquées par une scène à la fois douloureuse et bouffonne. On raconte en effet que l'ecclésiastique qui accompagnait son corps s'enivra, demeura à l'aube et que le valet de chambre se rendit seul chez le curé de Fontenay en Vexin, où il arriva vers minuit. Il réveilla le curé, qui crut à une plaisanterie, refusa d'ouvrir l'église et fit envoyer le cercueil au cimetière qu'il supposait vide. Il reconnu dans la suite son erreur, s'en excusa, mais ne fut pas moins blâmé et punit par l'archevêque de Rouen.

Son œuvre:

Ses travaux ont été édités avec ceux de son ami le marquis de La Fare en 1724, 1750 et 1774.

Ses poésies furent éditées pour la première fois en 1724 à Amsterdam, sous le titre de poésies de M. l'abbé de Chaulieu et de M. le marquis de la Fare et furent réimprimées de nombreuses fois.
L'on voit dans ses vers, dit La Harpe, les négligences d'un esprit paresseux, mais en même temps le bon goût d'un esprit délicat.

Ses Poésies sont des œuvres faciles, légères et badines. Il dit qu'il ne composait pas ses pièces en vue de l'impression; il reconnaît qu'elles lui ont peu coûté et qu'il n'a cherché qu'à représenter les sentiments de son cœur. Il ne s'astreint pas à suivre strictement les règles de la poétique ; il varie le tour de ses vers qui, parfois, sont entremêlés de prose, comme s'il voulait justifier ce qu'il dit de sa paresse en n'employant le vers qu'au moment où l'inspiration lui vient avec facilité



Abbé Chaulieu & Marquis de la Fare – Poésies. A Amsterdam : Chez Etienne Roger, 1724.  Edition originale.  (2) 176 pages. 195x125 mm.



Edition originale collective de ces deux poètes badins l’un protégé par les ducs de Vendôme, l’autre ami de Chaulieu fut sous-lieutenant de la compagnie des gendarmes du dauphin a la fin du 17ème siècle. On y trouve des poésies légères abordant les thèmes du cocuage, de Bacchus, de sodome…
Reliure de l’époque plein veau brun lisse à 5 nerfs ornés de fleurons et caissons dorés ; pièce de titre sur cuir marron.









CHAULIEU de (Abbé), LA FARRE de (Marquis) – Œuvres et Poésies Diverses de M. l’Abbé de Chaulieu et de M. M de La Farre. Tomes I et II. A Amsterdam: Chez Zacharie Chatelain, 1740. 2 volumes in-8º, 228 + 384 pages, bandeaux, lettrines et culs-de-lampe.



OEUVRES DE L’ABBE DE CHAULIEU. Tomes 1 et 2. Amsterdam / Paris : chez David, Prault, Durand, 1757. Illustrateur : Cochin (dessins) / Fessard (graveur)
In-12, 14x7,5; CLXVI- 151-360 pp.; nouvelle édition. Reliure plein veau marbré; dos lisse orné de fleurons dorés avec titre et tomaison sur pièces de maroquin; 1 gravure en front. (datée de 1748) et 2 vignettes en bandeau: dessins de Cochin gravés par Fessard. tranches marbrées. Mors fendus, travail de ver sur le dos au niveau des coiffes ; coiffes rognées; 1 coin émoussé;intérieur propre et en bon état. L'auteur commente et critique la présentation de précédentes éditions, ce qui peut intéresser les bibliophiles. A noter dans le tome1, 165 pp d'avertissements et d'éloges. Contenu: avis des libraires (édition de 1731); avertissement de l'éd. de 1733; avertissement sur cette nouvelle éd. ; lettres; poésies diverses; stances, rondeaux, ballades; madrigaux odes; épîtres.



LETTRES INÉDITES DE L ABBÉ DE CHAULIEU, précédées d une notice par M. le Marquis de Bérenger. Paris Comon éditeur 1850, 1850. in-8, 164 pp.


Notes :

(1) Philippe de Vendôme était un ami des lettres, il mena dans son Palais du Temple à Paris la vie la plus fastueuse et souvent la plus scandaleuse. Il protégea notamment l’abbé mondain Chaulieu, ainsi que le peintre Jean Raoux, ancien élève comme Hyacinthe Rigaud, d’Antoine Ranc à Montpellier; Raoux qui laissa de lui un portrait célèbre.

(2) Charles Auguste est le fils de Charles de La Fare et de Jacqueline de Borne, il  est un poète et mémorialiste français. Capitaine des gardes du corps de Philippe d'Orléans, il entra d'abord dans la carrière militaire et servit avec distinction sous le maréchal de Turenne, dont il devint l'ami, durant les campagnes de 1667 et 1674. Une rivalité amoureuse avec Louvois, secrétaire d'État à la Guerre, à propos de Madame de Rochefort, l'amena à quitter le service. Il s'éprit de Marguerite de La Sablière puis rompit avec elle en 1679. Après une brève passion pour la célèbre actrice la Champmeslé, il vécut alors en épicurien, paresseux et amateur de bonne chère : Chaulieu dit de lui qu'il était « formé de sentiments et de volupté, rempli d'une aimable mollesse ». Ses vers, gracieux et faciles, sont à son image. Ils chantent les charmes du repos et le plaisir de l'instinct satisfait et furent, selon leur auteur, composés par amusement et sans les chercher.

(3) Jean III Sobieski, né le 17 août 1629 au château d'Olesko, près de Lviv en Galicie qui faisait à l'époque partie de la République des Deux Nations, aujourd'hui en Ukraine et mort le 17 juin 1696 à Varsovie au palais de Wilanów, fut roi de l’Union de Pologne-Lituanie de 1674 à 1696 et Grand-duc de Lituanie. Il est inhumé dans la crypte royale de la Cathédrale du Wawel à Cracovie. Une salle du musée du Vatican lui est dédiée.

(4) Marie Casimire Louise de La Grange d'Arquien, nommée en Pologne Maria Kazimiera, et surnommée Marysienka, née à Nevers le 28 juin 1641, décédée le 30 janvier 1716 à Blois (France) fut reine de Pologne de 1674 à 1696.Elle est la fille d'Henri Albert de La Grange d'Arquien, issu de la moyenne noblesse du Nivernais et de Françoise de La Châtre. Dès l'âge de cinq ans, elle accompagne comme dame de compagnie Marie-Louise de Gonzague-Nevers, qui devient reine de Pologne (1645-1672).Dès 1656, elle rencontre Jean Sobieski mais est d'abord mariée à Jan Sobiepan Zamoyski (le 3 mars 1658). Ce dernier meurt en 1665 et Marie Casimire Louise de La Grange d'Arquien épouse Jean III Sobieski le 5 juillet de la même année. Ils ont ensemble quatorze enfants, dont seuls quatre survivent. Parmi eux, Jacques Louis Henri Sobieski et Thérèse Cunégonde Sobieska, épouse de l'électeur de Bavière Maximilien-Emmanuel. Jean Sobieski est élu roi de Pologne en 1672 et règne à partir de 1674. Comme reine de Pologne, Marie Casimire Louise de La Grange d'Arquien soutient une éventuelle alliance avec la France. Elle honore de sa bienveillance le modeste, droit et pieux, savant moine bénédictin de la Congrégation de Saint-Maur: Dom Claude Devic (1670-1734) à l'occasion de son séjour à Rome à partir de 1701.

(5) Jacques-Nicolas Colbert, né le 14 février 1655 à Paris où il est mort le 10 décembre 1707, est un ecclésiastique français. Fils du ministre Colbert, il a pour tuteur le théologien Noël Alexandre. Docteur en Sorbonne, il est abbé du Bec-Hellouin, prieur commendataire et seigneur spirituel et temporel de la Charité-sur-Loire en 1665, d'Ambierle, de Saussure et de Saint Just de Troyes. Élu à l’Académie française grâce à l’influence de son père, il remplace Jacques Esprit le 20 août 1678 et est reçu le 31 octobre par Racine. Très vite, il est donné comme coadjuteur, le 2 février 1680, à François IV Rouxel de Médavy, auquel il succéda en 1691. Il avait également été nommé archevêque in partibus de Carthage le 29 avril 1680. Le 21 juillet 1685, à la tête du clergé de France, il harangue Louis XIV, en faveur des protestants. Colbert intégra également l’Académie des inscriptions et belles-lettres, dont il fut l'un des premiers membres. «Le grand mérite dont il avait fait preuve, ses connaissances en théologie, les études approfondies auxquelles il s’était livré sur les matières religieuses, le rendaient précieux pour un diocèse où il fallait convaincre par la parole […]. L’Archevêque Colbert était d’ailleurs très empreint des idées de la Cour »
Il fait réaliser par Mansart et Le Nôtre d'importants travaux de restauration au château de Gaillon, qui servait de résidence d'été aux archevêques de Rouen; il est également le restaurateur du prieuré de La Charité-sur-Loire.

(6) Charles Perrault, né le 12 janvier 1628 à Paris où il est mort le 16 mai 1703, est un homme de lettres français, célèbre pour ses Contes de ma mère l’Oye. Auteur de textes religieux, chef de file des Modernes dans la Querelle des Anciens et des Modernes, Charles Perrault est l'un des grands auteurs du XVIIe siècle. L'essentiel de son travail consiste en la collecte et la retranscription de contes issus de la tradition orale française. Il est l'un des formalisateurs du genre littéraire écrit du conte merveilleux.


(7) Anne-Louise Germaine Necker, baronne de Staël-Holstein, connue sous le nom de Madame de Staël, née et morte à Paris, 22 avril 1766 - 14 juillet 1817), est une romancière et essayiste française d'origine genevoise. Issue d'une famille de suisses protestants richissimes, Germaine est la fille du banquier Jacques Necker (plus tard ministre des finances du roi de France Louis XVI), et de Suzanne Curchod (originaire du canton de Vaud), elle est élevée dans un milieu d'intellectuels nantis, qui fréquentent assidûment le salon de sa mère (Buffon, Marmontel, Grimm, Edward Gibbon, l'abbé Raynal et Jean-François de La Harpe). Elle épouse en 1786 le baron Erik Magnus de Staël-Holstein (1749-1802), ambassadeur du roi Gustave III de Suède auprès de la cour de France à Versailles, son aîné de dix-sept ans. La fortune de son épouse permet au diplomate scandinave de mener un train de vie qui rehausse l'éclat de sa patrie aux yeux des Français. Le couple se séparera en 1800. Devenue baronne de Staël, elle mène une vie sentimentale agitée, et entretient en particulier une relation orageuse avec Benjamin Constant, écrivain et homme politique franco-suisse, rencontré en 1794. Elle est surtout connue pour avoir popularisé en France les œuvres romantiques des auteurs de langue germanique, jusqu'alors relativement méconnues dans ce pays.


sábado, 11 de janeiro de 2014

Leilão da Biblioteca do Coronel José Pinto Ferreira – II Parte. Dias 13, 14 e 15 de Janeiro de 2014



Biblioteca do Coronel José Pinto Ferreira. II Parte

O meu prezado amigo José F. Vicente da Livraria Olisipo sediada no Largo Trindade Coelho, 7 em Lisboa vai realizar este importante leilão no Palácio da Independência – Largo de São Domingos, 11 (ao Rossio) em Lisboa nos dias 13 a 15 do corrente mês de Janeiro com início às 21:00 horas.

Trata-se de uma biblioteca que reúne obras nas temáticas: Restauração, Camoneana, Camiliana, Monografias, Bibliografia, Constitucionalismo, Literatura, Guerra Peninsular, Estramgeiros sobre Portugal, História entre outras.

 Os lotes estarão em exposição: Domingo – dia 12 de Janeiro das 15:00 ás 20:00 h – Segunda, Terça e Quarta-feira das 15:00 ás 21:00 h no local do leilão.



A maioria dos lotes em praça é já do nosso conhecimento, pelo que proponho uma consulta atenta deste precioso catálogo no aconchego das nossas casas nestes dias um pouco invernosos.
No entanto, para os mais inrterressados/curiosos sugiro que se desloquem ao Palácio da Indepensdência para apreciarem alguns destes exemplares.


Algumas das obras em leilão

Não vão comprar?
Isso não será o mais importante, pois pelo menos já tiveram a oportunidade de folhear e ficarem a conhecer melhor aquela obra que perseguem há tanto tempo…



538 LACERDA, Hugo G. - ENTRADA EM CAMPANHA. Auxiliar pratico da arte da guerra. Lisboa. Imprensa de J. G. de Sousa Neves. 1872. In-8º peq. de 151, [1] págs. Enc. Ilustrada com VI Estampas em folhas desdobráveis. Com dedicatória do autor a Fontes Pereira de Melo. Encadernação inteira de chagrin, com artísticos ferros a ouro na lombada e pastas, tendo ao centro da pasta da frente o brasão de Fontes Pereira de Melo. Dourado por folhas. Bem conservado.

Boa leitura e melhor participação no leilão.

Saudações bibliófilas.