"Se não te agradar o estylo,e o methodo, que sigo, terás paciência, porque não posso saber o teu génio, mas se lendo encontrares alguns erros, (como pode suceder, que encontres) ficar-tehey em grande obrigação se delles me advertires, para que emendando-os fique o teu gosto mais satisfeito"
Bento Morganti - Nummismologia. Lisboa, 1737. no Prólogo «A Quem Ler»

sexta-feira, 31 de julho de 2009

O primeiro livro impresso em Portugal


O primeiro livro impresso em Portugal deve-se a Samuel Porteira Gacon.
Gacon fazia parte da comunidade judaica algarvia. Residia na judiaria de Faro, localizada na Vila-Adentro, no local onde foi construído mais tarde o Convento de Nossa Senhora da Assunção.

Frontispício do «Pentateuco»
Fotografia: Hélio Ramos

Trata-se de um «Pentateuco», incunábulo religioso impresso em hebraico com 110 fólios, na tipografia de Samuel Gacon. No colófon tem a data de 30 de Junho de 1487.
Desta obra o único exemplar conhecido encontra-se na British Library em Londres.
Com efeito, no ano de 1596, foi roubado, aquando do saque à cidade de Faro, pelo corsário inglês Robert Devereux, 2º Duque de Essex. Neste saque foram levados cerca de 3.000 livros

Neste período, e em consequência da "escaramuças" da Inglaterra, governada por Isabel I, com a Espanha, governada por Filipe II. os saques, conduzidos por corsários com o beneplácito da Rainha, às cidades costeiras, na Península e nas Colónias, bem como às naus, que faziam o trajecto das Colónias para o Reino, eram constantes.
Refira-se que Portugal, na época, fazia parte da mesma, pois estava sob o domínio filipino, desde 1580.


Filipe II Rei de Espanha (Filipe I Rei de Portugal)

D. Filipe II de Espanha nasceu em Valladolid a 21 de Maio de 1527 e faleceu em El Escorial, a 13 de Setembro de 1598. Foi Rei de Espanha, a partir de 1556, e Rei de Portugal, como D. Filipe I, a partir de 1580.

De regresso a Inglaterra, o Duque de Essex presenteou o seu amigo Thomas Bradley com o saque.
Este despojo foi integrado numa das cinco mais importantes bibliotecas históricas do Reino Unido a Bodleian Library of Oxford.


Bibliografia:

Heitlinger, Paulo – Samuel Gacon (séc. xv)
http://tipografos.net/historia/index.html

«INCUNABULA»
http://www.jewishvirtuallibrary.org/jsource/judaica/ejud_0002_0009_0_09521.html

Rodrigues, Manuel Augusto [editor]. «Pentateuco». reprodução fac-similada do mais antigo livro impresso em Portugal (com impressão concluída, no prelo de Samuel Gacon, em Faro em 30 de Junho de 1487) - "Reedição" do exemplar depositado na British Library, London. - Faro: Ed. do Governo Civil, 1991. LXIX, 221 S. : Ill.

Saudações bibliófilas

«Bauman Rare Books» – July Catalogue 2009




Para aqueles que eventualmente não conheçam esta Livraria deixo aqui o seu último Catálogo – «July Catalogue 2009»

Our Las Vegas gallery at the Palazzo

Trata-se de uma conceituada Livraria Antiquária americana que disponibiliza sempre obras raras e belas ... infelizmente, a grande maioria são de autores americanos ou ingleses.

Mas, mais que não seja pela estética gráfica do Catálogo e pela riqueza e beleza de algumas obras dos séculos XVII e XVIII, penso que vale a pena “espreitar”.

July Catalogue 2009



MEYRICK, Samuel Rush – «A Critical Inquiry into Antient Armour, As It Existed in Europe, Particularly in Great Britain, from the Norman Conquest to the Reign of King Charles II». London: Henry G. Bohn, 1842. Three volumes. Folio, contemporary three-quarter russet morocco gilt expertly recased, raised bands, elaborately gilt-decorated spines, brown morocco spine labels, marbled boards and endpapers, all edges gilt.


Saudações bibliófilas

quarta-feira, 22 de julho de 2009

«Livraria Castro e Silva» - Catálogo n.º 115


Com algum atraso, deixo-vos aqui a versão pdf do «Catálogo n.º 115» para consulta. Como sempre, para além de livros menos frequentes, contem alguns de inegável qualidade e raridade.


Boa consulta e espero que consigam descobrir algo que vos interesse, senão ... pelo menos, desfrutem do prazer da consulta dum bom acervo de livros.

Saudações bibliófilas.

sábado, 18 de julho de 2009

Nicolas Boileau-Despréaux: «Œuvres Poétiques»


Quando comprei este livro:


BOILEAU-DESPREAUX - Œuvres Poétiques.
Paris, Hachette, 1889, 34,5 x 27 cm, in-4 grande.
Edição de 201 exemplares, sendo este, um dos 25 em papel China.
Encadernado conservando as capas e a lombada da brochura.
Numerosas ilustrações no texto e extra-texto.
Frontispício gravado por L. Flameng segundo um desenho de Lechevalier-Chevignard.
Encadernação “doublure” à francesa, em inteira de pele vermelha com interior a verde, com ricas gravações a ouro na lombada e nas pastas externas e internas, assinada por Mercier, com estojo de protecção.

Fui criticado por um amigo bibliófilo e livreiro francês por ter adquirido uma edição tão tardia e, como tal, com interesse bibliófilo discutível. Em sua opinião deveria ter comprado uma edição do séc. XVII, ou mesmo do séc. XVIII, com encadernação de época, mas nunca deste período.

Deixo-vos aqui um exemplo do que poderia ser uma edição aceitável:



BOILEAU DESPREAUX, Nicolas - Œuvres
Chez David et Durand, avec Approbation et privilège du Roi, à Paris 1747,
in-8 (18 x 12,5 cm), 5 volumes

Confesso, que, sob um ponto de vista do “purismo” bibliófilo o meu amigo tem toda a razão!
Devemos tentar sempre comprar as obras, dos autores que nos interessam, nas edições “principes”, ou o mais próximo, e, sempre que possível, em encadernação de época (seja ela de pergaminho ou de pele).

Mas se encararmos a situação de uma outra perspectiva, ou seja, bibliofilia como amor pelo livro-objecto, creio que uma edição, limitada, ilustrada e com uma esplêndida encadernação assinada, não seja de desprezar por qualquer bibliófilo.

Para fazerem uma análise, e se poderem pronunciar, deixo-vos, muito simplesmente, a encadernação e algumas páginas e ilustrações do referido livro para que possam expressar a vossa opinião.
















Para um melhor entendimento do artigo, deixo uns breves apontamentos sobre este autor, para os poucos que possam não o conhecer.

Nicolas Boileau-Despréaux

Nicolas Boileau, também conhecido por Boileau-Despréaux, o «législateur du Parnasse», nasceu a 1 Novembro de 1636 na rua de Jerusalém em Paris e morreu, nesta cidade, em 13 de Março de 1711. Foi um poeta, escritor e crítico francês.
Décimo quinto filho de Gilles Boileau, escrivão da Câmara Grande do Parlamento de Paris, a partir da mais tenra idade, foi destinado ao Direito. Os seus irmãos são Gilles Boileau e Jacques Boileau.
A sua infância não levava a imaginar o que seria mais tarde. A fraqueza da sua constituição, as doenças que contraiu contribuíram para atrasar os seus estudos. Cresceu apenas com uma paixão que lhe movia os actos: "o desprezo pelo livros estúpidos".
Iniciou os estudos no Colégio de Harcourt, mas foi no Colégio de Beauvais, onde estuda Direito que, no terceiro ano, se fez notar pela sua paixão pela leitura dos grandes poetas da Antiguidade.
Após o falecimento do seu pai, recebeu uma pequena fortuna, que lhe permitiu viver dos seus rendimentos e dedicar-se exclusivamente às letras
Os seus primeiros escritos importantes são «Les Satires» (1660–1668), inspiradas nas de Horácio e de Juvenal, aonde ataca os seus contemporâneos que julga de "mau gosto".
Admira Molière e, mais tarde, La Fontaine e Racine.
Foi já na maturidade da idade que compôs «Les Épîtres», publicados de 1669 a 1695.
Mostram um estilo mais maduro e sereno que o colocam acima de Horácio, que em «Les Satires» é manifestamente inferior. Pubicou ainda «L’Art poétique» (1674), Longin«Traité du sublime», tradução de Nicolas Boileau, (Paris, 1674) «Dialogue sur les héros de roman» (1688), e «Réflexions critiques sur Longin» (1694-1710), «Lettres à Charles Perrault» (1700).

A primeira edição conjunta das suas obras: «Œuvres de Boileau» data de 1740.

Espero que tenham gostado de ver e analisado o livro... aguardo, agora, as vossas opiniões.

Saudações bibliófilas.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Paul Verlaine : «La Bonne Chanson»


Trago-vos hoje um livro de Paul Verlaine : «La Bonne Chanson».


VERLAINE, Paul - «La bonne chanson»
Paris, Alphonse Lemerre, 1870. 15,5x9,5 cm, Enc. [E.O.].


É a terceira compilação de poemas, e a sua quarta obra, de um carácter muito mais pessoal. Poucas obras, na história da poesia francesa, são tão sinceras e tão comovedoras. Verlaine acabara de se tornar noivo de Mathilde Mauté, uma rapariga muito jovem. «La Bonne Chanson» evoca quase cronologicamente os acontecimentos da sua vida desde o seu encontro com Mathilde (I, II, III) até ao casamento (XVII, XIX). Os melhores poemas são indiscutivelmente aqueles onde ele descreve, com sensibilidade, as paisagens que foram o cenário do seu amor (I, V, VII, XVI. Conta as suas alegrias mais puras, o seu entusiasmo de apaixonado; imagina a felicidade calma do lar. A lua, que banhava de melancolia a cenário das festas galantes, verte agora no seu coração “vasto e terno apaziguamento”.


Encadernação

«La Bonne Chanson» reúne os poemas seguintes :

I. Le soleil du matin doucement chauffe et dore
Il. Toute grâce et toutes nuances.
III. En robe grise et verte avec des ruches.
IV. Puisque l'aube grandit, puisque voici l'aurore.
V. Avant que tu ne t'en ailles.
VI. La lune blanche.
VII. Le paysage dans le cadre des portières.
VIII. Une sainte en son auréole.
IX. Son bras droit, dans un geste aimable de douceur
X. Quinze longs jours encore et plus de six semaines



Página de título


XI. La dure épreuve va finir
XII. Va, chanson, à tire-d'aile.
XIII. Hier, on parlait de choses et d'autres.
XIV. Le foyer, la lueur étroite de la lampe.
XV. J'ai presque peur, en vérité.
XVI. Le bruit des cabarets, la fange du trottoir.
XVII. N'est-ce pas ? en dépit des sots et des méchants
XVIII. Nous sommes en des temps infâmes.
XIX. Donc, ce sera par un clair jour d'été.
XX. J'allais par des chemins perfides.
XXI. L'hiver a cessé : la lumière est tiède.



Trata-se da edição original, da qual foram apenas impressos 590 exemplares, dos quais 550 em papel corrente (como o que aqui apresentamos).




Tem uma encadernação meia-francesa com cantos, em pele de cor turquesa, lombada com cinco nervos com a data, gravada a dourado, na parte inferior. Pastas em papel marmoreado. Só aparado à cabeça com o corte superior das folhas dourado. Conserva as capas da brochura e a lombada.


Paul Verlaine



Paul Marie Verlaine è um poeta francês nascido em Metz a 30 de Março de 1844 e falecido em Paris a 8 de Janeiro de 1896.
Paul Verlaine é sobretudo o poeta dos claros-obscuros. O emprego de rimas ímpares, de dissonâncias e de paisagens meio-coloridas confirma-o, aproximando mesmo, por exemplo, do universo dos romances sem palavras dos mais belos sucessos impressionistas. Foi ele que lançou a noção de “poetas malditos”.


«Le Coin de table» por Henri Fantin-Latour (1872)
Verlaine encontra-se em baixo à esquerda e
Rimbaud está à sua esquerda.

Saudações bibliófilas.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Conversa bibliófila: o prazer da descoberta



Lisboa

Durante as minhas férias tive ocasião de visitar dois livreiros-antiquários.

O primeiro foi em Coimbra, o meu prezado amigo Miguel da «Livraria Alfarrabista Miguel de Carvalho».

Aí tive o prazer de fazer algumas aquisições interessantes:

JUNQUEIRO, Guerra – Mysticae Nuptiae. Poemeto. Coimbra, “Imprensa da Universidade, Coimbra” (Inoc. XX-504 n.º 3632), 1866. In-8.º de 20 págs. [E.O.]

Trata-se do segunda obra deste poeta.

MATTOS, Joam Xavier de - “Écloga de Albano e Damiana”. Dedicada ao Muito R. P. F.r Manoel Caetano de Souza, composta por Joam Xavier de Mattos. Lisboa, Na Officina de Francisco Borges de Souza, 1790 (MDCCLXXXX). In 4.º.


Trata-se de um livro de cordel (como Inocêncio o afirma categoricamente), que por razões que nos escapam, não chegou a ser concluído como folheto! Encontra-se exactamente como saiu da tipografia apenas dobrado ao meio. Não dobrado totalmente (in 4.º), nem costurado e nem capeado.

Macedo, José Agostinho – “O Novo Argonauta”. Poema por José Agostinho de Macedo / Plus Ultra / Vinheta tipográfica / Lisboa, Na Typographia de Bulhões, 1825 / Com Licença da Meza de Desembargo do Paço / Vende-se na Loja de Francisco José de Carvalho, Livreiro ao Pote das Almas. In 8.º.

Trata-se de um obra, que por razões que nos escapam, não chegou a ser concluído como folheto! Encontra-se exactamente como saiu da tipografia, com excelente acabamento tipográfico e em bom papel que mantém todas as suas características, apenas dobrado ao meio. Não dobrado totalmente (in 8.º), nem costurado e nem capeado.

Refiro estas aquisições pelo prazer da sua descoberta prometendo a elas voltar com dois artigos mais completos, para os quais estou em averiguações ainda!

A outra foi em Lisboa a «Livraria Biblarte», na minha opinião um dos “Templos da Bibliofilia” mais antigos e de visita indispensável, na capital, gerida por um profissional de grande competência.

Aqui “descobri”
GARRETT, Visconde de Almeida – «O Alfageme de Santarém ou a Espada do Santo Contestável». Lisboa, Imprensa Nacional, 1842. 148 págs.


Tratam-se de dois exemplares encadernados: o primeiro à francesa inteira de pele, conservando as capas de brochura, não aparado e que tem a particularidade de ter anexa uma carta de Almeida Garrett com lacre o seu sinete, o segundo em meia-francesa de pele, com a particularidade de ter uma dedicatória do mesmo.

O conjunto vem numa caixa estojo simulando uma encadernação francesa inteira em tela.


Litografia de Almeida Garrett por Pedro Augusto Guglielmi
(Biblioteca Nacional de Portugal)

João Baptista da Silva Leitão de Almeida e mais tarde visconde de Almeida Garrett. Nasceu no Porto a 4 de Fevereiro de 1799 e faleceu em Lisboa a 9 de Dezembro de 1854.
Foi um escritor e dramaturgo romântico, orador, Par do Reino, ministro e secretário de Estado honorário português.
Grande impulsionador do teatro em Portugal, uma das maiores figuras do romantismo português.
«O Alfageme de Santarém ou a Espada do Santo Contestável» é um drama histórico que tem como um dos protagonistas Nuno Álvares Pereira, recentemente santificado pelo Papa, e a sua acção desenrola-se na ribeira de Santarém durante a crise de 1383-1385.


E uma carta de Eça de Queirós, que pelo seu conteúdo, visto não estar datada, se pode considerar contemporânea de «O Crime do Padre Amaro». Acompanha-a uma cópia impressa da mesma.

Como é de prever a elas voltaremos.


Eça de Queirós

José Maria de Eça de Queirós nasceu na Póvoa de Varzim em 25 de Novembro de 1845 e faleceu em Paris a 16 de Agosto de 1900. É um dos mais importantes escritores portugueses. Foi autor, entre outros romances de importância reconhecida, de «Os Maias» e «O Crime do Padre Amaro» este último por muitos considerado o melhor romance realista português do século XIX.

O que aqui quero, mais uma vez expressar, é o quanto se torna imprescindível a visita, com alguma regularidade, aos livreiros-antiquários.
Creio ser a única forma de podermos descobrir peças, depois de vasculharmos com calma as prateleiras, de manusear e sentir o prazer do seu peso e a visão de alguns exemplares de vários temas e de séculos diversos, com algum interesse (para mim foram de grande interesse!).

No entanto, tenho apenas uma dúvida, se foi o prazer da “descoberta”, ou, mais particularmente, a saudável e sempre útil “cavaqueira” com o livreiro, em especial com o meu amigo Miguel, donde se pode colher sempre mais alguns ensinamentos...há sempre algo que desconhecemos, mas também algo que podemos trocar opiniões divergentes – creio ser este o verdadeiro espírito da bibliofilia!

Saudações bibliófilas.

Divulgação: novidades de livreiros-antiquários


A «Livraria Luís Burnay» lançou o seu “Boletim Bibliográfico” n.º 42 que pode ser consultado em:


A «Livraria Manuel Ferreira» editou um livro sobre bibliofilia: “O Bibliófilo Aprendiz” de Rubens Borba de Moraes com o preço de 20 €


Boas consultas

Saudações bibliófilas

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Conversa bibliófila: uma reflexão em torno de uma leitura.


Aproveitei, alguns dias de férias no Algarve, para pôr um pouco a leitura em dia e saborear o prazer da praia e do repouso.


Alvor - Algarve

No entanto, uma das minhas leituras, o n.º 1 da «La Nouvelle Revue des Livres Anciens», fez-me meditar no significado da bibliofilia e, sobretudo, no significado do meu Blog.

No que diz respeito à revista, só posso dar a minha opinião de bibliófilo ávido de aprender sempre mais qualquer coisa.

Trata-se de uma excelente revista com boa impressão tipográfica e com artigos bem estruturados e de inquestionável interesse (mesmo tratando-se de análise de algumas obras e de impressões francesas tem, igualmente, temas generalistas)

Saliento dois títulos, que me agradaram pela reflexão sobre “o que é isto da bibliofilia e do livro antigo?”:
«Livre, lecture et bibliophilie» por Christian Galantaris, e
«Histoire du livre : histoire littéraire et histoire du livre – bibliophilie au-delà des tensions “fondatrices”» por Jean-Dominique Mellot.
No tocante à bibliofilia mais especificamente francesa, destaco:
«Les livres empruntés par Charles Nodier à la bibliothèque de l’Arsenal» por Didier Barrière (sobretudo pela excelente, e completa, descrição das obras que lhe está anexa)

Para os interessados, e volto a dizer que vale a pena, deixo aqui os contactos:

3 B rue des 16e et 22e Dragons, 51100 Reims, France
nrlanciens@gmail.com
A assinatura dos dois números anuais, para o estrangeiro, é, actualmente, de 61 €.


No que diz respeito ao Blog, interrogo-me se aquilo que escrevo tem interesse para alguém ou se são apenas reflexões pessoais e, como tais, interessam a poucos ou mesmo a ninguém!

Com efeito, depois de constatar da mesquinhez da nossa bibliofilia e do desinteresse na sua defesa, e comprovar o estado de avanço da bibliofilia francesa e da sua capacidade de mover centenas de pessoas, o que seria impensável ocorrer no nosso país, para o «XXI Salon International du Livre Ancien», que decorreu recentemente, no Grand Palais em Paris. (sobre este assunto leiam-se os artigos de Bertrand no seu Blog «Le Bibliomane Moderne» e o de «Diego Mallén»)

Alvor - Algarve


Ainda que o poeta diga: «vale sempre a pena quando a alma não é pequena!», eu creio que, das duas uma, ou não vale mesmo “a pena” , ou então a minha “alma” é mesmo muito pequena!

Até qualquer dia, com votos de boas férias para aqueles que ainda as não tiveram!

Saudações bibliófilas.