NÃO CANTO PORQUE SONHO
Não canto porque sonho.
Canto porque és real.
Canto o teu olhar maduro,
O teu sorriso puro,
A tua graça animal.
Canto porque sou homem.
Se não cantasse seria
somente um bicho sadio
embriagado na alegria
da tua vinha sem vinha.
Canto porque o amor apetece.
Porque o feno amadurece
nos teus braços deslumbrados.
Porque o meu corpo estremece
Por vê-los nus e suados.
Eugénio de Andrade
em As Mãos e os
Frutos
Eugénio de Andrade
Eugénio de Andrade,
pseudónimo de José Fontinhas, foi um poeta português que nasceu na freguesia de
Póvoa de Atalaia (Fundão) em 19 de Janeiro de 1923, no seio de uma família de
camponeses.
Igreja Matriz da Póvoa de Atalaia
A sua infância é passada com a mãe, na sua aldeia natal, que é a
figura dominante de toda a sua vida e da sua poesia. O pai, filho de camponeses
abastados, pouco esteve presente, dado que o casamento, efectuado mais tarde,
durou muito pouco.
Entra para a escola da aldeia natal aos 6 anos. Um ano depois, muda-se
com a mãe para Castelo Branco.
Em 1932 fixou-se em Lisboa com a mãe, que entretanto se separara do pai,
e onde permanece por um período de 11 anos.
Liceu Passos Manuel – antes e depois…
Frequentou o Liceu Passos Manuel e a Escola
Técnica Machado de Castro. Começou a escrever os seus primeiros poemas em
1936, o primeiro dos quais, intitulado Narciso,
seria publicado três anos mais tarde.
Estreou-se em 1939 com a obra Narciso, torna-se mais conhecido em 1942
com o livro de versos Adolescente.
Em 1943 mudou-se para Coimbra,
onde regressa depois de cumprir o serviço militar e aqui conviveu com Miguel Torga e Eduardo Lourenço.
Panorâmica da cidade de Coimbra
©ALFOBRE de Letras
Ingressou na Função Pública em 1947, onde exerceu durante 35 anos as
funções de Inspector Administrativo do Ministério da Saúde.
A sua consagração acontece em
1948, com a publicação de As mãos e os
frutos, que mereceu os aplausos de críticos como Jorge de Sena ou Vitorino Nemésio.
Com uma transferência de serviço
instalou-se no Porto em 1950, numa casa que só deixou mais de quatro décadas
depois, quando se mudou para o edifício da extinta Fundação Eugénio de Andrade, na Foz do Douro.
Cidade do Porto
Durante os anos que se seguem até
à data da sua morte, o poeta fez diversas viagens, foi convidado para
participar em vários eventos e travou amizades com muitas personalidades da
cultura portuguesa e estrangeira, como Joel Serrão, Miguel Torga, Afonso Duarte,
Carlos Oliveira, Eduardo Lourenço, Joaquim Namorado, Sophia de Mello Breyner
Andresen, Teixeira de Pascoaes, Vitorino Nemésio, Jorge de Sena, Mário
Cesariny, José Luís Cano, Ángel Crespo, Luis Cernuda, Jaime Montestrela,
Marguerite Yourcenar, Herberto Helder, Joaquim Manuel Magalhães, João Miguel
Fernandes Jorge, Óscar Lopes, e muitos outros.
A obra poética de Eugénio de
Andrade é essencialmente lírica, considerada por José Saramago como uma poesia do corpo a que se chega mediante uma
depuração contínua. Fortemente influenciado por Camilo Pessanha, a musicalidade da sua poesia é um dos aspectos
mais marcantes da sua escrita límpida e depurada.
Eugénio de Andrade
Manteve sempre uma postura de
independência relativamente aos vários movimentos literários com que a sua obra
coexistiu ao longo de mais de cinquenta anos de actividade poética. O seu nome
não se encontra vinculado a nenhuma das publicações que marcaram, enquanto
lugar de reflexão sobre opções e tradições estéticas, a poesia contemporânea,
embora tenha editado um dos seus volumes, As Palavras
Interditas, na coleção "Cancioneiro
Geral" e tenha colaborado em publicações como Árvore,
Cadernos do
Meio-Dia ou Cadernos de Poesia. É, aliás, nesta
última publicação, editada nos anos quarenta, que se firmam algumas das vozes
independentes, como Ruy Cinatti, Sophia de Mello Breyner Andresen ou Jorge de Sena, que inaugurariam, no
século XX, essa linhagem de lirismo depurado, exigente, atento ao poder da
palavra no conhecimento ou na fundação de um real dificilmente dizível ou
inteligível, em que Eugénio de Andrade se inscreve.
Foi um dos poetas portugueses
mais lidos e traduzidos, mantendo ao longo de uma longa e fecunda carreira uma
certa unidade de temas e de recursos formais.
ANDRADE, Eugénio de – Adolescente. Poemas de ...
Desenhos de Manuel Ribeiro de Pavia Lisboa, Editorial Império, 1942. In-8º de
58-(3) págs. br. Ilustrado com dois belos desenhos de Pavia. Primeira edição do
primeiro título da sua extensa bibliografia. Muito raro e bastante apreciado pelos
bibliófilos.
Entre as dezenas de obras que
publicou encontram-se, na poesia, Os amantes sem
dinheiro (1950), As palavras
interditas (1951), Escrita da
Terra (1974), Matéria Solar
(1980), Rente ao dizer (1992), Ofício da paciência (1994), O sal da língua (1995) e Os lugares do lume (1998).
Em prosa, publicou Os afluentes do silêncio (1968), Rosto precário (1979) e À sombra da memória (1993), além das
histórias infantis História da
égua branca (1977) e Aquela nuvem e
as outras (1986).
Foi também tradutor de algumas
obras, como dos espanhóis Federico
García Lorca e Antonio Buero Vallejo,
da poetisa grega clássica Safo (Poemas e fragmentos, em 1974), do grego
moderno Yannis Ritsos, do francês René Char e do argentino Jorge Luís Borges.
Em Setembro de 2003 a sua obra Os sulcos da sede foi distinguida com o
prémio de poesia do Pen Clube Português.
Edifício onde funciona a biblioteca municipal do Fundão
(baptizada com o nome de Eugénio de Andrade)
Apesar do seu enorme prestígio
nacional e internacional, Eugénio de Andrade sempre viveu distanciado da
chamada vida social, literária ou mundana, tendo o próprio justificado as suas
raras aparições públicas com «essa
debilidade do coração que é a amizade».
Recebeu um sem número de
distinções, entre as quais o Prémio da
Associação Internacional de Críticos Literários (1986), Prémio D. Dinis da Fundação Casa de Mateus
(1988), Grande Prémio de Poesia da
Associação Portuguesa de Escritores (1989) e Prémio Camões (2001). A 8 de Julho de 1982 foi feito Grande-Oficial da Ordem Militar de
Sant'Iago da Espada e a 4 de Fevereiro de 1989 foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem do Mérito.
Faleceu a 13 de Junho de 2005, no Porto, após uma doença
neurológica prolongada.
Eugénio de Andrade
AS PALAVRAS
São como cristal,
as palavras.
Algumas, um
punhal,
um incêndio.
Outras,
orvalho apenas.
Secretas vêm,
cheias de memória.
Inseguras
navegam:
barcos ou
beijos,
as águas
estremecem.
Desamparadas,
inocentes, leves.
Tecidas são
de luz e são a noite.
E mesmo
pálidas
verdes
paraísos lembram ainda.
Quem as
escuta?
Quem as
recolhe, assim,
cruéis,
desfeitas,
nas suas
conchas puras?
Eugénio de Andrade
em Poesia e Prosa
Mas hoje vou propor uma coisa diferente: vamos sentar-nos em frente do monitor do nosso computador e “vasculhar” nalgumas livrarias o que se pode encontrar deste
poeta.
Candelabro – Livraria Alfarrabista
Vamos começar com a Candelabro
– Livraria Alfarrabista do Porto, pois que foi da sua montra de Junho que retirei
a ideia para este apontamento.
Poderemos encontrar aqui vintre e três títulos de que destaco:
4190. ANDRADE (EUGÉNIO DE) -
DAQUI HOUVE NOME PORTUGAL. Antologia de verso e prosa sobre o Porto,
organizada e prefaciada por Eugénio de Andrade. Selecção artística e arranjo
gráfico de Armando Alves. Editorial Inova Limitada. [Porto. 1968]. In-4º de
391-XI págs. Enc.
Primeira edição desta obra monumental dedicada à cidade do Porto,
organizada por Eugénio de Andrade e editada por Cruz Santos.
Textos de Fernão Lopes, Gomes Eanes de Zurara, Diogo Brandão, Camões,
António Ferreira, Frei Luis de Sousa, P. Agostinho Rebelo da Costa, Paulino
Cabral de Vasconcelos (Abade de Jazente), Tomás António Gonzaga, Almeida
Garrett, Faustino Xavier de Novais, Herculano, Camilo, Arnaldo Gama, Júlio
César Machado, Ramalho Ortigão, Júlio Dinis, Oliveira Martins, Eça, Guilherme
Braga, Alberto Pimentel, Basílo Teles, Sampaio Bruno, Ricardo Jorge, M.
Teixeira-Gomes, João Chagas, Junqueiro, António Nobre, Raul Brandão, Pascoaes,
Eugénio de Castro, Alberto de Oliveira, Carlos Malheiro Dias, António Patrício,
Jaime Cortesão, Aquilino, Almada Negreiros, Magalhães Basto, António de Sousa,
João de Araújo Correia, José Gomes Ferreira, Régio, Nemésio, Homem de Mello,
Miguel Torga, Jorge de Sena, Sophia de Mello Breyner Andresen, Ruben A., Luísa
Dacosta e Agustina Bessa-Luis.
As belas fotografias que ilustram a obra são da responsabilidade de
Fernando Aroso, Fotografia Beleza, Pires de Castro, António Mendes, etc.
EXEMPLAR DA TIRAGEM ESPECIAL DE 1500 (ex. nº 99), todos numerados e
assinados por Eugénio de Andrade.
Encadernação editorial em tela, a que falta a sobrecapa de protecção.
Exemplar em bom estado de conservação.
5339.
ANDRADE (EUGÉNIO DE) - MEMÓRIA DOUTRO RIO. Limiar. Porto. 1978.
In-8º de 66-IV págs. Br.
Título nº 9 da colecção "Obra de EUGÉNIO DE ANDRADE".
Primeira edição, ilustrada com um desenho de Ângelo de Sousa e ainda
um retrado do autor, em folha à parte, por Lopes Fernandes.
Óptimo exemplar, inteiramente por abrir.
5346. ANDRADE (EUGÉNIO DE) -
POEMAS E FRAGMENTOS DE SAFO. Limiar. [Porto. 1974]. In-8º gr. de 112-XVI
págs. Br.
Primeira edição. Edição especial de apenas 200 exemplares numerados e
assinados e 30 exemplares fora do mercado marcados F.M.
O nosso exemplar pertence a esta última série especial F.M., está
assinado por Eugénio de Andrade e SUPERIORMENTE VALORIZADO COM DEDICATÓRIA
DESTE A FERNANDO LIMA, RESPONSÁVEL PELA INOVA/ ARTES GRÁFICAS.
Em excelente estado de conservação, inteiramente por abrir e
conservando a sobrecapa em papel cebola onde estão impressos o nome da obra e
do autor.
Tem assinatura de posse de Fernando Lima na primeira página em branco.
5442.
ANDRADE (EUGÉNIO DE) - VARIAÇÕES SOBRE UM CORPO. 26 desenhos de José
Rodrigues com uma antologia de poesia erótica contemporânea seleccionada e
apresentada por Eugénio de Andrade. Direcção gráfica de Armando Alves. Editorial Inova. Porto. 1972. In-8º
oblongo de 171-XIII págs. Enc.
Segundo volume da "Colecção Arte de Amar", e sob o ponto de
vista gráfico, uma das mais conseguidas obras da Inova e de Armando Alves.
Primeira edição.
Poemas de, entre outros, Pessoa, Mário de Sá-Carneiro, Irene Lisboa,
José Régio, António Botto, Adolfo Casais Monteiro, Jorge de Sena, Sophia de
Mello Breyner Andresen, Egito Gonçalves, Eugénio de Andrade, Natália Correia,
Alexandre O'Neill, António Ramos Rosa, David Mourão-Ferreira, Herberto Helder,
José Terra, Maria Teresa Horta, Fiama Hasse P. Brandão e Gastão Cruz.
O nosso exemplar, em excelente estado de conservação, pertence à rara
série especial marcada F.M. de 50 exemplares encadernados, assinados por
Armando Alves e apresentados numa caixa litografada; está ainda SUPERIORMENTE
VALORIZADO COM BONITA DEDICATÓRIA DE EUGÉNIO A PERSONALIDADE LIGADA Á INOVA/
ARTES GRÁFICAS, ONDE O LIVRO FOI IMPRESSO.
Bonita peça para coleccionadores da obra de Eugénio de Andrade.
5345. ANDRADE (EUGÉNIO DE) -
VÉSPERA DA ÁGUA. Editorial
Inova. Porto. 1973. In-8º gr. de 71-XII págs. Br.
Primeira edição.
Título nº 12 da série "Obra de EUGÉNIO DE ANDRADE", aqui na
sua tiragem especial de apenas 200 exemplares numerados e assinados por Eugénio
e ainda 30 fora do mercado, marcados F.M.
O nosso exemplar pertence a esta última tiragem F.M. e está valorizado
com dedicatória do poeta a Fernando Lima, responsável pela Inova/ Artes
Gráficas.
Em excelente estado de conservação, inteiramente por abrir e
conservando a sobrecapa em papel cebola onde estão impressos o nome da obra e
do autor.
Tem assinatura de posse de Fernando Lima na primeira página em branco.
Livraria Alfarrabista Miguel de Carvalho
De seguida dê-se uma espreitadela na Livraria Alfarrabista Miguel de Carvalho de Coimbra, onde vamos
encontrar dois títulos e de que deixo aqui notícia deste:
7385. ANDRADE, Eugénio de &
RODRIGUES, José J. – EROS DE PASSAGEM. Tipografia Arcanjo Ribeiro, 1968.
In-8.º oblongo. Br.
Edição de muito original concepção gráfica assinada por Almando Alves.
Os versos de Eugénio de Andrade, em folhas soltas, intercalam com os desenhos
de José J. Rodrigues, impressos em papel muito encorpado. Estojo portofólio
preto, com dizeres dourados.
Primeira edição limitada a 500 exemplares (sendo este o exemplar n.º
492), assinados pelo poeta e pelo artista.
Livraria Alfarrabista - Liliana Queiroz
© Gazeta das Caldas
A Livraria Alfarrabista Liliana
de Queiroz das Caldas da Rainha tem registado no seu acervo treze títulos,
dos quais destaco estes:
4580. Eugénio de Andrade –
PRIMEIROS POEMAS. Ano: 1977. 1ª Edição. In-fólio com capa de papel contendo
folhas soltas e um desenho em papel coché
Obra da colecção "O oiro do dia" numa tiragem
de 250 exemplares numerados sendo este o nº41.
Excelente estado de conservação
4830. Eugénio de Andrade –
REQUIEM PARA PIER PAOLO PASOLINI. Ano: 1977. 1ª Edição. Porto; Editorial
Inova; In-4º de 6 páginas; Brochado
Exemplar de uma tiragem limitada a 250, sendo este o nº 41.
Excelente estado de conservação.
1088. Eugénio de Andrade –
MATÉRIA SOLAR. Ano: s/d. 1ª Edição. Porto; Limiar; In-8º de 62 (10)
páginas; Brochado
Exemplar em bom estado de conservação. Conserva cinta de lançamento.
4009. Eugénio de Andrade – O
OUTRO NOME DA TERRA. Ano: 1988. 1ª Edição. Porto; Editora Limiar; In-8º de
71 (10) páginas; Brochado
Exemplar em bom estado de conservação.
1638. Eugénio de Andrade –
RODRIGUES EXPÕE " ÁRVORE" COOP. DE ACTIVIDADES ARTÍSTICAS. Ano:
1967. In-8º de 8 páginas
Catálogo de Eugénio De Andrade para uma exposição de José Rodrigues.
Catálogo desdobrável, bastante invulgar, em bom estado de conservação
in-libris
Na in-libris do Porto vamos
encontrar dezasseis títulos de que deixo registo destes:
5550. ANDRADE (Eugénio de).— O
OUTRO NOME DA TERRA. Limiar. [Porto. 1988]. 12,5x20,5 cm. 71-XI págs. B.
Primeira edição de um dos belos livros de poesia de Eugénio de
Andrade, de quem Vergílio Ferreira disse: "Eugénio de Andrade, no
instantâneo dos seus versos, no instantâneo da fluidez, é flagrantemente o
poeta da intensidade." Inserido na muito cuidada colecção «Obra de Eugénio
de Andrade».
Contém um desenho de Ângelo de Sousa e um retrato do autor por
Emerenciano.
4859. ANDRADE (Eugenio de).—
TROCAR DE ROSA. Inverso. Na Regra do Jogo. 1980. 13x21 cm. 66-VI págs. B.
Traduções de poemas de António Machado, Juan Ramón Jiménez, Umberto
Saba, Blaise Cendrars, Pablo Neruda, Eugénio Montale, Ángel Crespo e outros.
Com um retrato do autor.
5548. ANDRADE (Eugénio de).—
MATÉRIA SOLAR. Limiar. [Porto. 1980]. 12,5x20,5 cm. 62-VIII págs. B.
Primeira edição, integrada na colecção “Obra de Eugénio de Andrade”,
com direcção gráfica de Armando Alves e um desenho de Ângelo de Sousa.
Dedicatória autografa do autor.
5553. ANDRADE (Eugénio de).— O
SAL DA LÍNGUA. Limiar. [Editora, Limiar - Actividades Gráficas, Lda. Porto.
1979]. 12,5x20,5 cm. 117-V págs. B.
Primeira edição. Sob a direcção gráfica de Armando Alves. Ilustrado
com um desenho de Ângelo de Sousa.
Integrado na colecção Obra de Eugénio de Andrade.
Dedicatória autógrafa do autor.
5556. ANDRADE (Eugénio de).—
PEQUENO FORMATO. (Helvética - Artes Gráficas, Lda. 1997.). 15x22,5 cm. 77-III págs. B.
“Com um retrato de Alfredo Luz e um desenho do escultor José
Rodrigues, em edição fora do mercado, numa tiragem de 250 exemplares destinada
aos amigos da Fundação Eugénio de Andrade (...).
Dedicatória autografa do autor.
4496. ANDRADE (Eugénio de).—
EROS DE PASSAGEM. Poema de... Desenhos de J. Rodrigues. (Tipografia Arcanjo
Ribeiro. 1968). 23x18 cm B.
Edição original cuja concepção gráfica é da autoria de Armando Alves.
Os versos de Eugénio de Andrade, em folhas soltas, intercalam com os dez
desenhos de José Rodrigues, impressos em papel muito encorpado.
Primeira edição, limitada a 500 exemplares numerados, assinados pelo
poeta e pelo artista.
5549. ANDRADE (Eugénio de).—
BRANCO NO BRANCO. Limiar. [Porto. 1984]. 12,5x20,5 cm. 60-VIII págs. B.
Primeira edição deste livro de poesia, integrado na colecção «Obra de
Eugénio de Andrade», com direcção gráfica de Armando Alves, um desenho de
Ângelo de Sousa e um retrato do poeta por João Abel Manta.
Dedicatória autografa do autor.
5552. ANDRADE (Eugénio de).—
RENTE AO DIZER. [Fundação Eugénio de Andrade. Inova /Artes Gráficas. Porto.
1992]. 12,5x20,5 cm. 71-XI págs. B.
Edição original de um dos belos livros de poesia do autor, ilustrado
com um retrato do poeta por Emerenciano e um desenho de Ângelo de Sousa.
Inserido na colecção «Obra de Eugénio de Andrade», cuja direcção gráfica é de
Armando Alves.
Dedicatória autógrafa do autor.
5557. ANDRADE (Eugénio de).—
OBSCURO DOMÍNIO. Editorial Inova Limitada. [Lisboa. 1971]. 14x20 cm.131-XIX
págs. B.
Primeira e muito delicada edição desta bela obra de Eugénio de
Andrade, que, na opinião de António José Saraiva, "é sem dúvida o grande
poeta do amor da poesia portuguesa do século XX". Com um belo desenho de
José Rodrigues e fotografias de Armando Alves. Obra integrada na colecção
"As Mãos e os Frutos".
Dedicatória autografa do autor.
7856. ANDRADE (Eugénio).— COM O
SOL EM CADA SÍLABA. (Publicações Dom Quixote. 1991). 15,5x23 cm. 38-X págs.
B.
Primeira e muito cuidada edição, ilustrada com uma fotografia de
Eugénio de Andrade, da autoria de Dario Gonçalves.
Inserida na prestigiada colecção Aprendiz de Feiticeiro, dirigida por
José da Cruz Santos.
Por abrir.
4961. VARIAÇÕES SOBRE UM CORPO.
26 desenhos de José Rodrigues com uma antologia de poesia erótica contemporanea
seleccionada e apresentada por Eugénio de Andrade. Direcção gráfica de Armando
Alves. Editorial Inova Sarl. [Porto. 1972]. 22x16,5 cm. 172-XII págs. B.
Magnífica antologia de poesia erótica, onde figuram, entre outros, os
seguintes autores: Fernando Pessoa, Mário de Sá-Carneiro, Irene Lisboa, José
Régio, António Botto, Casais Monteiro, Jorge de Sena, Sophia de Mello Breyner
Andresen, Eugénio de Andrade, Natália Correia, Ramos Rosa, David
Mourão-Ferreira, Fernando Guimarães, Herberto Helder, Pedro Tamen, Maria Teresa
Horta e Fiama Hasse Pais Brandão.
Edição de grande apuro gráfico, tal como aquelas a que nos habituou a
arte de Armando Alves.
Da tiragem de 2300 exemplares.
5555. ANDRADE (Eugénio de).—
ROSTO PRECARIO. Limiar. [Editora, Limiar - Actividades Gráficas, Lda.
Porto. 1979]. 12,5x20,5 cm. 117-V págs. B.
“Os presentes textos recuperam respostas a inquéritos ou entrevistas
concedidas pelo autor a Almeida Faria, António Mega Ferreira, António Ramos
Rosa, Arnaldo Saraiva, Carlo Vittorio Cattaneo, Fernando Couto, Gastão Cruz,
Helena Vaz da Silva, Joaquim Montesuma de Carvalho, José Carlos de Vasconcelos,
Óscar Lopes, Pinto Ferreira e Viale Moutinho por vezes bastante distanciadas no
tempo, publicadas pela primeira vez em Portugal, Moçambique e Itália” e em
primeira edição reunidos em volume integrado na colecção: «Obra de Eugénio de
Andrade» sob a direcção gráfica de Armando Alves.
Dedicatória autógrafa do autor.
Livreiro Monasticon
No Livreiro Monasticon
encontramos estas três obras:
ANDRADE, Eugénio de – ANTOLOGIA
PESSOAL DA POESIA PORTUGUESA. Porto, Campo das Letras, 1999. In-8º (21cm)
de 499, [199] p. ; E. Colecção Campo da Poesia, 22. Desenho da capa: Le
Bouquet, Pablo Picasso, 1958
Rara 1ª edição esgotada em poucos dias após a sua publicação em Nov.
1999.
Muito valorizada pela dedicatória autógrafa do autor a Eduardo Prado
Coelho.
“«Esta é a poesia portuguesa que, após mais de quarenta anos de lê-la
, a memória me traz à tona. Às vezes é só um verso (Floriram por engano as
rosas bravas..., E cercarom-mi as ondas, que grandes som...) outras é todo o
poema (Aquela triste e leda madrugada/ Cheia toda de mágoa e de piedade..., Dá
a surpresa de ser,/ é alta, de um louro escuro...) que me procuram e insistem
em acompanhar. São estas cintilações da memória que, depois de tanto tempo de
convívio, ainda amo, e em grande parte à sombra das quais a minha própria
poesia cresceu, que resolvi partilhar com os outros. É só isto, esta antologia:
uma escolha pessoalíssima, portanto, a estimular outras, igualmente pessoais,
que os leitores não deixarão de fazer em diálogo comigo.»
É assim que começa a introdução do poeta Eugénio de Andrade à
"sua antologia pessoal da poesia portuguesa", "a mais nobre
expressão do génio" nacional, um volume de 500 páginas, com poemas de 58
autores, dos trovadores medievais até Ruy Belo.”
Eugénio de Andrade (pseudónimo de José Fontinhas) (1923-2005). “A sua
infância foi passada com a mãe, na sua aldeia natal [em Póvoa de Atalaia,
Fundão]. Mais tarde, prosseguindo os estudos, foi para Castelo Branco, Lisboa e
Coimbra, onde residiu entre 1939 e 1945. Em 1947 entrou para a Inspecção
Administrativa dos Serviços Médico-Sociais, em Lisboa. Em 1950 foi transferido
para o Porto, onde fixou residência. Abandonou a ideia de um curso de Filosofia
para se dedicar à poesia e à escrita, actividades pelas quais demonstrou desde
cedo profundo interesse, a partir da descoberta de trabalhos de Guerra
Junqueiro e António Botto. Camilo Pessanha constituiu outra forte influência do
jovem poeta Eugénio de Andrade. Embora não se integre em nenhum dos movimentos
literários que lhe são contemporâneos, não os ignorou, mostrando-se solidário
com as suas propostas teóricas e colaborando nas revistas a eles ligadas, como
Cadernos de Poesia; Vértice; Seara Nova; Sísifo; Gazeta Musical e de Todas as
Artes; Colóquio, Revista de Artes e Letras; O Tempo e o Modo e Cadernos de
Literatura, entre outras.”
Encadernação editorial com sobrecapa policromada. Excelente exemplar.
Invulgar.
ANDRADE, Eugénio de - DAQUI
HOUVE NOME PORTUGAL. Antologia de Verso e Prosa sobre o Porto, organizada e
prefaciada por...; Selecção artística e arranjo gráfico de Armando Alves.
[Porto], Editorial Inova Limitada, [1968]. In-4º (28cm) de 391, [11] p. il. ;
E. 1ª Edição.
"Desta Antologia de Verso e Prosa - Homenagem da Editorial Inova
à Antiga, Mui Nobre, sempre Leal e Invicta cidade do Porto, nas comemorações
dos dois mil e cem anos da presúria de Portugale por Viamara Peres -
fizeram-se: Uma tiragem, rubricada por Eugénio de Andrade, de mil e quinhentos
exemplares, numerados de 1 a 1500 [o presente exemplar leva o Nº 0725], e cem
exemplares, fora do mercado, numerados de 1501 a 1600, encadernada em linho no
formato 28x22,5 cm e ilustrada com 30 gravuras, 80 fotografias a preto e branco
e 24 fotografias a cores. Destinados, exclusivamente, a acompanhar esta
tiragem, reproduziram-se a cores dez quadros com motivos do Porto, apresentados
em carteira própria. Na caixa reproduziram-se duas páginas do foral dado por D.
Manuel I, em 1517, à cidade do Porto."
Apreciada e belíssima edição de apurado sentido estético e gráfico,
impressa em papel de qualidade superior, profusamente ilustrada. Textos de,
entre outros, Fernão Lopes, Gomes Eanes de Zurara, Luís de Camões, Frei Luís de
Sousa, Almeida Garrett, Alexandre Herculano, Camilo Castelo Branco, Ramalho
Ortigão, Oliveira Martins, Eça de Queirós, Alberto Pimentel, João Chagas,
António Nobre, Raul Brandão, Aquilino Ribeiro, Almada Negreiros, José Régio,
Miguel Torga, Vitorino Nemésio, Agustina Bessa-Luís. "Dez quadros com
motivos do Porto” da autoria de Henrique Pousão, Eduardo Viana, Abel Salazar,
Dórdio Gomes, Alvarez, António Cruz, Augusto Gomes, Júlio Resende e Armando
Alves.
Excelente exemplar; caixa/estojo defeituosa. Obra esgotada após
lançamento. Invulgar e muito procurada.
ANDRADE, Eugénio de / BARROS,
Jorge - O COMUM DA TERRA. [Porto], Edições Asa, 1992. In-fólio (30cm) de
103, [3] p. ; mto il. ; E.
1ª edição.
Edição especial em papel Phoenix de 170 gramas.
A poesia de Eugénio de Andrade, complementadas pelas fotografias de
Jorge Barros, deram corpo e alma a este belíssimo album de apurado sentido
estético.
"O COMUM DA TERRA é a única obra do Poeta Eugénio de Andrade
publicada com texto manuscrito."
Encadernação editorial em tela, com ferros gravados a cinza e
aplicação manual de gravura. Invulgar. Exemplar em bom estado de conservação.
D'outro Tempo – Alfarrabismo e Antiguidades
Em D'outro Tempo – Alfarrabismo
e Antiguidades de Torres Novas encontramos três títulos de que destaco:
Eugénio de Andrade – Antologia
[1945-1961]. Delfos, 1961. Com um ensaio de Eduardo Lourenço e um retrato
de Dordio Gomes
Livraria Castro e Silva – Livros Raros / Rare Books
Na Livraria Castro e Silva
de Lisboa encontramos a sua fotobiografia (obra sempre com algum interesse para
os seus coleccionadores):
CRUZ SANTOS. (José da) EUGÉNIO
DE ANDRADE. O AMIGO MAIS ÍNTIMO DO SOL. Fotobiografia. Apresentação de Luís
Miguel Nava e Angel Crespo. Coordenação de...
Direcção Gráfica de Armando Alves. Fundação Eugénio de Andrade. Porto.
1998. De 29x21 cm. Com 204 pags. Brochado.
Profusamente ilustrado com fotografias, desenhos e imagens do
biografado. Exemplar com título de posse na folha de guarda.
Livraria Luis Burnay
Na Livraria Luis Burnay de Lisboa encontramos dois exemplares
(infelizmente já vendidos):
ANDRADE, Eugénio de – As
palavras interditas: poemas. Lisboa: Centro Bibliográfico, 1951. (10), 52,
(2)p.; 19cm.- (Cancioneiro geral).-B. 1ª edição muito invulgar.
Exemplar com rubrica do escritor Alexandre Cabral no anterrosto
ANDRADE, Eugénio de – Eros de Passagem:
poema de... / desenhos de José J. Rodrigues. S.l.: (Tipografia de Arcanjo
Ribeiro), 1968.-(20)p.: 10 est.; 17 x 22cm.-B. 1ª edição. Exemplar de uma
edição de apenas 500 rubricados pelo autor e pelo ilustrador.
O texto está solto em cadernos bem como as estampas, guardados em
brochura própria.
Livraria Histórica e Ultramarina
Na Livraria Histórica e
Ultramarina de Lisboa encontramos dezoito obras de que destaco:
Eugénio de Andrade – Os
afluentes do silêncio. Porto: Editorial Inova 1968. 170, 1 p., 2 fl. : il.
; 21 cm . Colecção O Espírito do Lugar.
Compil. e pref. Eugénio de
Andrade – Duas Cidades: Antologia sobre o Porto e Coimbra. Porto: Inova,
1971. Br., 73, [17] p. : il. ; 23 cm
Na Livraria Manuel Ferrera
do Porto encontramos 31 obras deste poeta das quais deixamos aestas referências:
Livraria Moreira da Costa
Na Livraria Moreira da Costa do
Porto encontramos três títulos.
Livraria da Esquina
Na Livraria da Esquina do
Porto encontramos apenas um título.
Faltam aqui algumas obras, mas esse facto não se deve a “preguiça” da
minha parte, pois que a minha busca se estendeu por várias
livrarias-antiquárias, mas antes porque algumas das obras em falta são de facto
mesmo raras e, quando aparecem no mercado, surgirem mais frequentemente em
leilões.
Aliás como a “Literatura está na moda”, é sempre muito fácil
encontrar títulos deste e doutros autores, seus contemporâneos, na grande
maioria destes.
(E, a propósito, vejam-se os catálogos do último leilão de livros e
manuscritos do Palácio do Correia Velho e do leilão da Biblioteca do Coronel
José Pinto Ferreira (IV Parte) organizado por J. F. Vicente Leilões | Livraria
Olisipo).
Les Bouquinistes de Paris
Seguramente deverá ter-me passado algum exemplar, pois que não fiz uma
visita com um esmiuçar rigoroso de todo o acervo das várias
livrarias-antiquárias, como o faria se estivesse a visitar uma das muitas
bancas dos “bouquinistes de Paris” ou
numa das muitas feiras de alfarrabistas
em Portugal (de que ainda há algumas) por
exemplo (só o prazer de folhear, manusear e sentir os vários exemplares é uma
sensação completamente diferente do olhar para fotografias…por qualidade que
tenham), mas pelas “ferramentas”
disponibilizadas por cada um dos “sites”
apresento aquilo com que me deparei.
Antiquário do Chiado – Livros e Gravuras de Lisboa
E, para os mais interessados nestas coisas, deixo aqui a listagem de
todas as livrarias visitadas, quer tenha encontrado ou não algum exemplar: Candelabro
– Livraria Alfarrabista do Porto, Livraria Alfarrabista Miguel de Carvalho de
Coimbra, Livraria Alfarrabista Liliana de Queiroz das Caldas da Rainha, in-libris
do Porto, Frenesi Loja, Livreiro Monasticon, D’outro Tempo de Torres Novas, Antiquário
do Chiado de Lisboa, Livraria Castro e Silva de Lisboa, Livraria Luís Burnay de
Lisboa, Livraria Manuel Santos do Porto, Livros Suméria – Livros do
alfarrabista Fernando Luz, 1870 Livros – Alfarrabista-Ambulante e tudo, com
apeadeiros em Lisboa, Coimbra e Aveiro, Nova Ecléctica de Lisboa, Livraria
Histórica e Ultramarina de Lisboa, Livraria Letra Livre de Lisboa, Livraria
Olisipo de Lisboa, Otium Livraria | Otium Cum Dignitate | Nuno Gonçalves,
Leiloeiro, Livreiro de Lisboa, Livraria Manuel Ferreira do Porto, Livros e
Coisas – Alfarrabista do Porto, Livraria Moreira da Costa do Porto, Colofon –
livros antigos|edições de Guimarães e Livraria da Esquina do Porto.
(A ordem desta apresentação não obedece a qualquer critério, mas todos
os descritivos aqui apresentados são da responsabilidade de cada uma das
livrarias, salvo pequenos detalhes para uma melhor unifornização da sua apresentação
neste apontamento)
Feira de Alfarrabistas e Coleccionismo do Chiado. Fevereiro
17, 2014.
©Câmara Municipal de Lisboa
Fica assim retratada esta experiência que vos poderá servir como
orientação nas vossas pesquisas, embora para mim o mais importante será ter
conseguido captar a vossa atenção para a leitura deste grande poeta.
Saudações bibliófilas.
Fontes consultadas:
Eugénio de Andrade – Wikipedia (http://pt.wikipedia.org/wiki/Eug%C3%A9nio_de_Andrade)
Eugénio de Andrade. In Infopédia (http://www.infopedia.pt/$eugenio-de-andrade)
Biografia de Eugénio de Andrade – escritas.org (http://www.escritas.org/pt/biografia/eugenio-de-andrade)
1 comentário:
Um recordação pessoal
em
http://longrahistorico.blogspot.pt/2015/01/uma-inspecao-do-famoso-fontinha-ao.html
Armando Pinto
Longra Histórico-Literária
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