Lisboa - Jardim S. Pedro de Alcântara
Numa das minhas visitas virtuais
a Frenesi Loja (http://frenesilivros.blogspot.pt/)
encontrei um acervo de livros sobre temática olisiponense, que como
“alfacinha”, não pude deixar de consultar com atenção.
É o resultado dessa consulta que
vos proponho hoje para consulta e leitura.
Alfredo de Mesquita
Alfredo
de Mesquita nasceu em Angra do Heroísmo, em 1871, e faleceu em
Paris, em 1931. Foi jornalista, escritor, olisipógrafo e diplomata. Colaborou
com os diários Democracia Portuguesa, Nacional,
Portugal, Correio Nacional.
MESQUITA, ALFREDO DE – Alfacinhas.
Capa de A. Quaresma. Lisboa, Parceria António Maria Pereira – Livraria Editora,
1910. 1.ª edição. 20 cm x 13 cm.208 págs.
Capa impressa retro e verso.
Exemplar estimado; miolo limpo
Discreta assinatura de posse no
frontispício.
27,00€ (IVA e portes
incluídos)
MESQUITA, ALFREDO DE – A Rua do
Oiro. Romance Lisboeta. Capa
de José Leite. Lisboa, Livraria Editora Viúva Tavares Cardoso, 1905. 1.ª edição.
18,7 cm x 12,2 cm. 304 págs.
Encadernação antiga em
meia-inglesa com gravação a ouro na lombada, pouco aparado, conserva a capa
anterior de brochura,assinatura de posse na pág. 5.
Exemplar estimado; miolo limpo.
30,00€ (IVA e portes incluídos)
Foto
de Augusto Vieira da Silva
inserida
no volume I de «Dispersos» (1954)
Augusto Vieira da Silva (1869-1951).
Historiador e engenheiro português. Concluiu o curso de Engenharia na Escola do
Exército em 1893. Foi sócio efectivo da Associação dos Arqueólogos Portugueses,
membro da Academia de História, sócio honorário e primeiro presidente do grupo
Amigos de Lisboa. Foi nomeado para a Comissão de Toponímia da Câmara Municipal
de Lisboa em 1943. Alguns dos seus textos foram editados sob o título Dispersos
Encontra-se colaboração da sua autoria na revista Feira da Ladra
(1929-1943) e na Revista Municipal (1939-1973) publicada pela
Câmara Municipal de Lisboa.
SILVA, AUGUSTO VIEIRA DA – As Muralhas da Ribeira de Lisboa. Lisboa,
Typographia do Commercio, 1900. 1.ª edição. 25 cm x 16,5 cm. 304 págs. + 2
desdobráveis em extra-texto, ilustrado no corpo do texto em separado.
Encadernação em meia-inglesa,
elegante gravação a ouro na lombada, aparado e carminado somente à cabeça,
conserva as capas de brochura.
Exemplar muito estimado,
restauros na capa anterior da brochura e nos desdobráveis; miolo limpo
Ostenta colado no ante-rosto o
ex-libris do médico Gilberto Monteiro e as suas iniciais gravadas na lombada.
90,00€ (IVA e portes incluídos)
BRANDÃO (DE BUARCOS), JOÃO –
Tratado da Majestade, Grandeza e Abastança da Cidade de Lisboa, na 2.ª Metade
do Seculo XVI. Estatistica de
Lisboa de 1552. Organização de Anselmo Braamcamp Freire. Prefácio e notas
de J. J. Gomes de Brito. Lisboa, Livraria Ferin, Editora, 1923. 1.ª edição. 29,5
cm x 21,3 cm. XVI págs. + 280 págs.
Impresso sobre papel superior de
linho.
Exemplar em bom estado de
conservação, discreto restauro na lombada; miolo irrepreensível, parcialmente
por abrir.
PEÇA DE COLECÇÃO.
120,00€ (IVA e portes incluídos)
Assim termina Gomes de Brito a
sua Advertência Prévia:
«[...]. Em uma palavra, João
Brandão, com o seu prurido de cronista da sua Lisboa bem amada, inverteu ou não
o significado dos factos que regista, classificando-os justamente ao inverso do
que lhe cumpria?
Para nós, não há duas opiniões.
Onde neste livro se lê “Majestade”, deveria antes lêr-se “Miseria”, onde se lê
“Grandeza”, deveria lêr-se “Mesquinhez”; onde, finalmente, se lê “Abastança”,
deveria lêr-se “Pobreza”.
O livro porém, aí fica, e o
leitor poderá fazer o seu juizo e apreciar quanto trabalho êle custaria ao seu
autor, e quantas dificuldades foi necessário vencer para o comentar e
esclarecer.»
AZEVEDO, LUIZ MARINHO DE – Fundaçaõ,
// Antiguidades, e Grandezas // da mui Insigne Cidade // de Lisboa, // e seus
VaroensIllustres // em Santidade, Armas, e Letras// Catalogo // de feus Prelados, e mais coufasEcclefiafticas, e
Politicas até // o anno de 1147, em que foi ganhada aos Mouros por El-Rey // D.
Affonfo Henriques. [...] Offerecida | á Fedelissima, e Augustissima //
MagestadeDel-Rey // D. Joseph I. // Nosso Senhor // por feuminimovaffallo //
Manoel Antonio // Monteiro de Campos [...].Lisboa, Na Officina de Manoel
Soares (I. parte) / Na Officina de Domingos Rodrigues (II. parte), 1753 (ambas
as partes). [2.ª edição]. 21 cm x 15,7 cm. 2 partes [livros I e II + III e IV]
enc. em 1 volume (completo)
I parte: para além da folha de
ante-rosto, encasada mas não pertencente aos cadernos do miolo, tem 30 págs.
(não numeradas: rosto, dedicatória, prólogo, catálogo dos autores e licenças) +
170 págs. (livro primeiro) + 118 págs. (livro II) + 2 págs. (advertência); II
parte: 2 págs. (rosto) + 266 págs. (livros III e IV).
Encadernação antiga inteira em
pele mosqueada com gravação a ouro na lombada, vinhetas de florália acentuando
as nervuras, pouco aparado.
Exemplar em bom estado de
conservação; miolo limpo, leve acidez do papel.
Ostenta na folha de ante-rosto
uma assinatura de posse coeva, «He de Jeronymo Bernd.º Osorio de Castro custou 500 reis em 24 de Junho de 1754»
Carimbos da Quinta das Lágrimas
de M. Osório no frontispício da I. parte e à margem da pág. 17 da mesma
RARA PEÇA DE COLECÇÃO
750,00€ (IVA e portes incluídos)
Do Diccionario Bibliographico Portuguez
(tomo XVI [Brito Aranha], Imprensa Nacional, Lisboa, 1893):
«Parece que [Luiz] Marinho [de
Azevedo] foi um dos redactores das primeiras gazetas publicadas em 1640,
segundo uma nota manuscripta que se lia em um numero da Gazeta de 1641 existente
na bibliotheca municipal do Porto. [...]
Acerca da obra [...] primeira
parte da fundação, antiguidades e grandezas da mui insigne cidade de Lisboa,
etc., é necessario advertir o seguinte:
Ha d’esta obra duas edições
totalmente diversas, ambas com a indicação de impressas em 1753, em 4.º.
Uma d’ellas não tem nome do
impressor, e indica simplesmente no rosto: “A custa de Luiz de Moraes, mercador
de livros á praça da Palha. Lisboa, 1753”. Com dedicatoria assignada por Luiz
de Moraes a el-rei D. José I.
A outra tem no frontispício:
“Offerecida á fidelissima e augusta magestade de el-rei D. José I por Manuel
Antonio Monteiro de Campos, e á sua custa impresso”. A primeira parte, ou tomo,
é impressa em Lisboa na officina de Manuel Soares, 1753; e a segunda parte
impressa tambem em Lisboa por Domingos Rodrigues, 1753.
Note-se que a dedicatoria a
el-rei, assignada por Manuel Antonio Monteiro de Campos é sem a menor alteração
a mesma que na outra edição se lê com a assignatura de Luiz de Moraes.
Note-se igualmente que as
licenças para a impressão da publicada por Monteiro de Campos tem as datas de
maio e junho de 1753; e as da que publicou Moraes são datadas de setembro do
mesmo anno. E, todavia, é esta ultima que se declara [erradamente] no
frontispicio: “Segunda edição correcta e emendada”. A outra não tem declaração
alguma, parecendo aliás que saíu primeiro. [...]
Innocencio possuía um exemplar da
edição de Monteiro de Campos.
O conselheiro Figanière e
Teixeira de Vasconcellos possuiam exemplares da de Moraes.
Foi este ultimo escriptor e
illustre jornalista, um dos primeiros bibliophilos em notar as differenças das
duas edições. [...]».
No plano cultural e científico,
trata-se de uma rara descrição da história de Lisboa, com especial relevo para
os estudos epigráficos, por ser testemunho de factos e fontes que o terramoto
de 1755 veio destruir ou soterrar.
ANDRADE, JOSÉ SERGIO VELLOSO D’ – Memoria
sobre Chafarizes, Bicas, Fontes, e Poços Públicos de Lisboa, Belem, e Muitos
Logares do Termo. Lisboa, Na Imprensa Silviana, 1851. 1.ª edição. 24 cm
x 16,7 cm. 8 págs. + 398 págs. + 5 desdobráveis (4 dos quais em extra-texto).
Modesta encadernação antiga em
tela e papel de fantasia com rótulos na lombada, pouco aparado, sem capas de
brochura.
Exemplar muito estimado; miolo
limpo.
Peça de colecção.
230,00€ (IVA e portes incluídos)
«José Sergio Velloso de Andrade,
Official arquivista da Camara Municipal de Lisboa, e hoje Administrador das
obras das Aguas-livres, nomeado em 27 de Outubro de 1851. – N. em 1783, ao que
pude colligir [...]
Esta Memoria, fruto de louvaveis
e curiosas investigações, e abundante de noticias historicas e archeologicas,
foi mandada imprimir á custa e por deliberação da Camara, sendo os exemplares
entregues ao auctor, para d’elles dispor como lhe aprouvesse.
Segundo o que ouvi a pessoa
conspicua e bem informada, o auctor aproveitou-se para ella em grande parte de
subsidios que deixára preparados e dispostos o anterior archivista da Camara
Joaquim AntonioLucio dos Sanctos, que tivera primeiro o pensamento de
colligirtaesespecies; e foi ainda coadjuvado pelo seu collega, empregado no
archivo, Francisco Xavier da Rosa.» (Fonte: Inocêncio Francisco da Silva,
DiccionarioBibliographicoPortuguez, tomo V, Imprensa Nacional, 1860)
Retrato fotográfico de Júlio de Castilho
Júlio
de Castilho, segundo visconde de
Castilho, (Lisboa, 30 de Abril de 1840 — Lisboa, 8 de Fevereiro de
1919) foi um jornalista, poeta, escritor e político português, filho do
escritor António Feliciano de Castilho. Distinguiu-se como olisipógrafo,
publicando diversas obras sobre a cidade de Lisboa e juntando uma importante colecção
pessoal de documentos sobre o tema, hoje depositada na Biblioteca Nacional de
Lisboa.
Filho do escritor António
Feliciano de Castilho e de sua segunda mulher D. Ana Carlota Xavier Vidal de
Castilho e irmão do militar e político Augusto de Castilho, concluiu na
Universidade de Coimbra o Curso Superior de Letras, enveredando cedo pela vida
literária e pelo jornalismo, publicando poesia e diversas obras de carácter
histórico e bio-bibliográfico.
Foi primeiro-oficial da
Biblioteca Nacional de Lisboa, desenvolvendo aí diversos trabalhos de
investigação na área da bibliografia e da biografia.
Foi correspondente literário em
Lisboa do Diário Oficial do Rio de Janeiro. As suas
cartas saíam nos números dos domingos, tornando-se notáveis pela variedade e
escolha dos assuntos científicos e literários, e pela elegância e elevação do
estilo. Ainda na area do jornalismo, colaborou em diversas publicações
periódicas, nomeadamente no Arquivo Pitoresco
(1857-1868), na Revista Contemporânea de Portugal e Brasil
(1859-1865), Gazeta Literária do Porto (1868), O Occidente (1878-1915), Lusitânia
(1914) e A semana de Lisboa (1893-1895).
As suas actividades como
jornalista levaram-no a fazer uma passagem pela política, sendo nomeado
governador civil da Horta em Outubro de 1877. Exerceu estas funções até
Fevereiro de 1878, sendo exonerado devido à mudança de partido do Governo em
Lisboa. No ano seguinte (1878) foi nomeado para o mesmo cargo, mas no distrito
de Ponta Delgada, mas não chegou a tomar posse do lugar.
Júlio de Castilho na sua juventude
O título de visconde de Castilho
foi-lhe concedido em verificação de vida no de seu pai, por decreto de 1 de
Abril de 1873.
No ano de 1906 foi-lhe atribuída
a tarefa de professor de História e de Literatura Portuguesa do Infante D.
Luís. Foi também cônsul de Portugal em Zanzibar.
Foi sócio efectivo da Associação
dos Arquitectos e Arqueólogos Portugueses e sócio correspondente da Academia
das Ciências de Lisboa, do Instituto de Coimbra, do Gabinete Português de Leitura
de Pernambuco, do Instituto Vasco da Gama de Nova Goa e da Associação Literária
Internacional de Paris.
Durante a sua passagem pelo
Governo Civil da Horta foi feito sócio honorário do Grémio Literário Faialense
e do Grémio Literário Artista da Horta.
(Fonte: Wikipedia – https://pt.wikipedia.org/wiki/J%C3%BAlio_de_Castilho)
CASTILHO, JULIO DE – Lisboa
Antiga.Lisboa, Antiga Casa
Bertrand – José Bastos, 1902 a 1904. 2.ª edição («Consideravelmente
accrescentada»). 5 volumes (completo). 20 cm x 13 cm. [480 págs. + 4 folhas em
extra-texto + 7 desdobráveis em extra-texto] + [408 págs. + 8 folhas em
extra-texto] + [436 págs. + 19 folhas em extra-texto + 1 desdobrável em
extra-texto] + [330 págs. + 7 folhas em extra-texto + 6 desdobráveis em
extra-texto] + [448 págs. + 7 folhas em extra-texto].
Ilustrados no corpo do texto e em
separado.
Exemplares muito estimados; miolo
limpo, assinaturas de posse nos ante-rostos.
260,00€ (IVA e portes incluídos)
Os vertentes cinco volumes são a
ampliação do primeiro volume da edição primitiva, datada de 1879, cingindo-se,
então como agora, no objecto em estudo, ao Bairro Alto.
Mário Saa
Mário
Paes da Cunha e Sá (Caldas da Rainha, 18 de Junho de 1893 — Ervedal,
23 de Janeiro de 1971) foi um escritor português.
Mário Paes da Cunha e Sá, que
adoptou Mário Saa como
nome literário, descendia de uma família de grandes proprietários da elite
económica e social do concelho alentejano de Avis. Aquando do seu nascimento, o
seu pai era notário e sub-delegado no julgado de Óbidos, vivendo nas Caldas da
Rainha. Em 1895, a sua família volta para Avis e o seu pai constrói o Monte de
Pero Viegas, onde Mário Saa residiu quase toda a vida. Recebeu formação no
colégio de S. Fiel, em Louriçal do Campo (Beira Baixa), no Liceu de Évora e, em
1913, era aluno do Instituto Superior Técnico. Através da revista Presença (n.º
19, 1929), sabe-se que em 1917 continuaria a frequentar o IST. No ano seguinte
inscreveu-se no curso Ciências Matemáticas na Universidade de Lisboa e, em
1930, no curso de Medicina da mesma Universidade, não tendo, no entanto,
concluído qualquer das licenciaturas.
Mário Saa
A vida de Mário Saa repartiu-se
entre a administração agrícola das suas propriedades e a investigação e
produção literária. Em consonância com o perfil dos intelectuais do seu tempo
dedicou-se e interessou-se por temáticas distintas publicando várias obras e
numerosos artigos em periódicos. Dedicou-se à filosofia, à genealogia, à
geografia antiga, à poesia, à problemática camoniana, às investigações
arqueológicas, e mesmo à astrologia e à grafologia. O seu interesse pela
arqueologia e a investigação que realizou sobre vias romanas deram origem à sua
obra de maior importância, As Grandes Vias da Lusitânia,
em seis volumes, o produto de mais de 20 anos de investigações e prospecções
arqueológicas que é, ainda hoje, uma obra de referência. A par com a
arqueologia, Mário Saa destacou-se, também, no panorama da poesia portuguesa
das décadas de 20 e 30 do século XX, publicando com assiduidade na revista Presença e privando com os grandes poetas e intelectuais da
época no âmbito da boémia literária da Brasileira
do Chiado. Em 1959 colaboraria ainda no primeiro número da revista Tempo Presente.
Também se encontra colaboração da
sua autoria na revista Sudoeste (1935)
dirigida por Almada Negreiros.
(Fonte: Wikipedia – https://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%A1rio_Saa)
SAA, MARIO – Origens do
Bairro-Alto de Lisboa.Verdadeira
Noticia.Lisboa, Edição da Solução Editora, 1929. 1.ª edição. 26,3 cm x 18,3
cm. 16 págs.
Exemplar bem conservado; miolo
limpo, por abrir.
45,00€ (IVA e portes incluídos)
Continua a ser ainda hoje o mais
importante estudo acerca do referido bairro (que comemora este ano os seus
cinco séculos de existência), onde se lê a dado passo: «[...] O 15 de Dezembro
de 1513 é a data da fundação do Bairro-Alto por corresponder á data da
escritura tabelónica que iria desde logo iniciar aforamentos para construções
de casas.
O nome que se lhe deu de inicio
foi Vila Nova d’Andrade [...]».
E tudo quanto Saa afirma
encontra-se documentado e de disponível consulta na Biblioteca da Academia das
Ciências, como o próprio investigador indica em nota de contracapa. Isto numa
época de rochas martins que historiavam à matroca, o mais das vezes
publicitando juízos do preconceito corrente, mas sem o mínimo fundamento
positivo.
Presidente
do Conselho
de
Ministros de Reino de Portugal Portugal
(1.ª
vez)
Bernardo
de Sá Nogueira de Figueiredo (Santarém, 26 de Setembro de 1795 —
Lisboa, 6 de Janeiro de 1876), Moço fidalgo da Casa Real, par do reino,
marechal de campo, foi um político português do tempo da Monarquia
Constitucional e um importante líder do movimento setembrista em Portugal. Um
dos líderes do Partido Histórico, o qual abandonou para formar o seu próprio
movimento, o Partido Reformista. Assumiu diversas pastas ministerais e foi por
cinco vezes presidente do Conselho de Ministros (1836 – 1837, 1837 – 1839,
1865, 1868 – 1869 e 1870), para além de presidente interino do Conselho de
Ministros em substituição do Duque de Loulé (1862). Par do Reino desde 1834,
foi o obreiro da abolição da escravatura em todos os territórios portugueses,
por ele decretada definitivamente em 1869.
General
Bernardo de Sá Nogueira de Figueiredo
(Marquês
de Sá da Bandeira)
Foi primeiro barão (1833), primeiro visconde (1834) e primeiro marquês de Sá da Bandeira(1854).
(Fontes: Wikipedia – https://pt.wikipedia.org/wiki/Bernardo_de_S%C3%A1_Nogueira
e Portugal – Dicionário histórico – http://www.arqnet.pt/dicionario/sabandeira1m.html)
SÁ DA BANDEIRA, marquês e general – Memoria
sobre as Fortificações de Lisboa.Lisboa, Imprensa Nacional, 1866. 1.ª
edição. 22,6 cm x 14,7 cm. 10 págs. + 116 págs.
Exemplar estimado; miolo limpo.
70,00€ (IVA e portes incluídos)
Bernardo de Sá Nogueira de
Figueiredo (1795-1876), «[...] Visconde e primeiro Barão de Sá da Bandeira, Par
do Reino, Moço Fidalgo da Casa Real por alvará de 21 de Agosto de 1823;
Commendador da Ordem da Torre e Espada, condecorado com a Cruz de quatro campanhas
da guerra peninsular, Grão‑Cruz das Ordens de Isabel a
Catholica de Hespanha, de Leopoldo da Belgica, e do Salvador da Grecia, Grande
Official da Legião de Honra de França: Ministro d’Estado
Honorario, e actualmente [1858] dos Negocios da Marinha e Ultramar; Marechal de
Campo; Director da Eschola do Exercito; e Presidente do Conselho Ultramarino,
Socio da Acad. R. das Sc. [Academia Real das Ciências] de Lisboa etc. [...]
Foi posteriormente agraciado com
o titulo de Marquez de Sá da Bandeira. É Conselheiro d’Estado effectivo, primeiro Ajudante de campo d’ElRei,
e General de divisão promovido ainda com a denominação de Tenente‑general
em 21 de Septembro de 1857. Além das
condecorações honorificas já
mencionadas, tem as Gran‑cruzes da Ordem de Francisco José
de Austria, S. Gregorio Magno de Roma, da Rosa do Brasil, e de S. Mauricio e S.
Lazaro da Italia; e a medalha n.º 9 das Campanhas da Liberdade. [...]
Neste livro, que contém mais do
que o título inculca, acham‑se entre outras espécies históricas
e relativas ao assumpto, umas Observações sobre o estado do exército portuguez,
e vicissitudes por que tem passado desde 1807 [...].» (Fonte: Inocêncio
Francisco da Silva, Diccionario Bibliographico Portuguez, tomos I e VIII,
Imprensa Nacional, Lisboa, 1858 e 1867)
Luís
Pastor de Macedo em 1954
(Foto
de Claudino Madeira, Arquivo Municipal)
Luís Pastor de Macedo (Lisboa/23.02.1901
– 13.11.1971/Lisboa), nascido na antiga Freguesia da Madalena, era comerciante
proprietário de uma casa de panos na Rua dos Fanqueiros que foi também um dos
fundadores e organizadores do Grupo
«Amigos de Lisboa», tendo redigido os seus estatutos e nela desempenhado o
cargo de Secretário-Geral. É assim que na 1ª Comissão Consultiva Municipal de
Toponímia de Lisboa, e do país, em 1943, Pastor de Macedo é para ela nomeado,
em representação do Grupo «Amigos de Lisboa». Introduziu nesta Comissão,
juntamente com o Eng.º Vieira da Silva, o debate sobre as bases segundo as
quais a Comissão se orientaria. E quando em 1947 foi substituído por Durval
Pires de Lima nesta Comissão de Toponímia, por ter sido nomeado Presidente Substituto
da CML, continuou a comparecer várias vezes às reuniões da Comissão, tendo
mesmo sugerido vários nomes de ruas, nomeadamente que ao Sítio de Alvalade
fossem atribuídos nomes de artistas, bem como, alterações ao estudo de Durval
Pires de Lima sobre a Toponímia de Lisboa.
Edital
da Câmara Municipal de Lisboa
de
19 de Julho de 1948
Na sua carreira política foi nomeado vogal da 2.ª Comissão
Administrativa da CML em 1932, durante o período da ditadura militar- já que
com o golpe militar de 26 de maio de 1926 foram criadas Comissões
Administrativas com o objectivo de assegurar a actividade camarária-, quando
era Presidente Adriano da Costa Macedo. No ano seguinte, quando Henrique
Linharesde Lima foi nomeado presidente da Comissão Administrativa foi novamente
escolhido como vogal porque era alguém com «um nome respeitável no comércio de
Lisboa, autor de trabalhos muito interessantes sobre arqueologia.», sendo-lhe
atribuído o pelouro das edificações urbanas e exerceu este cargo até 1935,
tendo sido responsável pela realização das festas da cidade em junho de 1934 e
de 1935. Em 1945, foi eleito deputado à Assembleia Nacional, mandato a que
renunciou em 1947, quando em abril foi nomeado Presidente Substituto da CML,
cargo que como Vice-Presidente exerceu de 1949 até 1959, sendo responsável pela
Comemoração do VIII Centenário da Tomada de Lisboa ao Mouros e pela edição
municipal de obras de temática olisiponense, tal como fez no Grupo «Amigos de
Lisboa». Foi ainda Comissário do Governo junto do Teatro Nacional de D. Maria I
de 1943 a 1946.
Edital
da Câmara Municipal de Lisboa
de
13 de Maio de 1949
Finalmente, Luís Pastor de Macedo
foi também autor de várias obras sobre Lisboa e a sua história. Além da
colaboração regular no boletim Olisipo, do Grupo «Amigos de Lisboa», contam-se
entre as suas publicações O Terramoto de 1755 na Freguesia
da Madalena (1929), A Igreja de Santa Maria Madalena
de Lisboa (1930), A Rua das Pedras Negras
(1931), O Antigo Terreiro do Trigo (1932), A Baixa Pombalina (1938), A Rua das Canastras
(1939), os 5 volumes de Lisboa de Lés-a-Lés
(1940-1943) e em colaboração com Gustavo
de Matos Sequeira, A Nossa Lisboa (1945),
bem como com Norberto de Araújo Casas da Câmara de Lisboa – do Século XII à Actualidade
(1951).
Edital
da Câmara Municipal de Lisboa
de
06 de Março de 1952
(Fonte: A Rua Luís Pastor de Macedo, olisipógrafo da Comissão
de Toponímia e Vice-presidente da CML – https://toponimialisboa.wordpress.com/2016/04/01/a-rua-luis-pastor-de-macedo-olisipografo-da-comissao-de-toponimica-e-vice-presidente-da-cml/)
MACEDO, LUIZ PASTOR DE – A Rua das Canastras. Subsídios para a história das serventias
públicas da freguesia da Sé de Lisboa. Lisboa, s.i. [ed. Autor?], 1939. 1.ª
edição
21,5 cm x 14,4 cm. 104 págs.
Exemplar estimado; miolo limpo.
20,00€ (IVA e portes incluídos)
TEIXEIRA, LUIZ – Lisboa e os Seus Cronistas. Lisboa, Publicações Culturais da Câmara
Municipal de Lisboa, 1943. 1.ª edição. 19,3 cm x 13,2 cm. 66 págs.
Exemplar muito estimado; miolo
limpo.
VALORIZADO PELA DEDICATÓRIA
MANUSCRITA DO AUTOR.
22,00€ (IVA e portes incluídos)
Para além da palestra proferida
por Luís Teixeira no acto de entrega de um prémio literário ao escritor Luís
Pastor de Macedo, é de crucial importância a longa resenha bibliográfica de
«Algumas obras dos cronistas, dos estudiosos e dos poetas de Lisboa», que
completa a vertente brochura, e cujas espécies nos são apresentadas
distribuindo-se pelos séculos, com início no século XII.
Rua
da Bica do Sapato, 1951
(Foto
Eduardo Portugal)
E, com este conjunto de livros que aborda vários estudos e romances de
cunho local sobre esta bela cidade de Lisboa (ou não fosse eu um apaixonado
pela minha cidade natal…), me despeço com votos de um bom fim de semana.
Saudações bibliófilas
Teatro Maria Vitória no Parque Mayer em meados de 1943
Nota: Os descritivos e as fotografias dos
livros apresentados são da responsabilidade e copyright de Frenesi Loja, no entanto introduzi alguma alterações na sua
disposição, para estarem de acordo com a forma habitualmente aqui apresentada.
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