"Se não te agradar o estylo,e o methodo, que sigo, terás paciência, porque não posso saber o teu génio, mas se lendo encontrares alguns erros, (como pode suceder, que encontres) ficar-tehey em grande obrigação se delles me advertires, para que emendando-os fique o teu gosto mais satisfeito"
Bento Morganti - Nummismologia. Lisboa, 1737. no Prólogo «A Quem Ler»

segunda-feira, 12 de julho de 2010

José Olympio – uma visão sobre o editor




Editora José Olympio na Rua do Ouvidor 110

Proponho hoje a visualização deste vídeo da “Globo News”: “Poeta Lêdo Ivo e autor da biografia falam sobre José Olympio” publicado em 14/05/2010 no programa – “Espaço Aberto Literatura”.

Durante mais de 60 anos José Olympio reuniu na sua editora grandes nomes da intelectualidade brasileira não assumindo qualquer atitude sectária, pois publicava tanto obras de escritores comunista como de integralistas.


José Mário Pereira (org.) – José Olympio: O editor e sua Casa.
Rio de Janeiro, Sextante, 2008, 424 pp.

É em torno desta actividade editorial que José Mário Pereira, o autor da biografia de José Olympio (1), que conversa com o poeta Lêdo Ivo, e nos desvenda mais um pouco da sua actividade como editor e da importância da sua Livraria Editora..

Um documento a ver com atenção.


Saudações bibliófilas


(1) «José Olympio: o editor e sua Casa» é o primeiro grande inventário da produção da editora criada em 1931 por José Olympio Pereira Filho (1902-1990). Organizado por José Mário Pereira, o livro tem edição a cargo da Sextante, fundada por Geraldo Jordão Pereira (1938-2008), filho de José Olympio, e dirigida por Marcos e Tomás Pereira, netos do editor. Um dos méritos do livro, favorecido por seu formato gráfico, é lançar luz sobre o elenco de expoentes das artes plásticas brasileiras do século XX que imprimiram sua marca à editora tanto quanto os escritores, que constituíam então um grupo de excelência da poesia, da ficção e do ensaio.

Encontram-se aqui reproduzidas 530 capas, quartas capas e folhas de rosto criadas por nomes como Tomás Santa Rosa, Portinari, Cícero Dias, Oswaldo Goeldi, Luís Jardim e Poty Lazzarotto para obras de José Lins do Rego, Graciliano Ramos, Gilberto Freyre, Rachel de Queiroz, Guimarães Rosa.

3 comentários:

Galderich disse...

Cada vez más cuando se hace historia de la literatura contemporánea se ha de tener más encuenta a los editores que publican lo que quieren y tienen ciertas cotas de libertad.

Rui Martins disse...

Galderich:

Se há editores que marcaram uma época seguramente que José Olympio foi um deles.

E curiosamente foi-o de uma maneira bastante ecléctica, pois publicou escritores assumidamente de ideologia comunista, caso de Jorge Amado por exemplo, mas também publicou Getúlio Vargas, que, enquanto Presidente do Brasil, perseguiu muitos dos escritores que ele editava.

Refira-se como curiosidade, que Jorge Amado abandonou José Olympio, como seu editor, só por este ter colocado, num catálogo da sua Livraria, um autor integralista antes do seu nome .. outras visões.

emala disse...

Estimado José,
Conocedor de vuestra trayectoria profesional al servicio del libro y promoción de la cultura, te doy las gracias por haber considerado de interés mi blog destinado al conocimiento del antiguo arte de la miniatura.
Eloy Martínez Lanzas