Vamos variar de tema!
Proponho hoje a leitura deste número da “Revista Agrícola” n.º 14 – 2º Ano (Fevereiro de 1899).
A sua temática parece-me de interesse, para além do seu inquestionável valor bibliófilo!
Creio que estes documentos, reflectem, pela sua especificidade, um marco no desenvolvimento das políticas nos sectores a que se referem.
Espero que a sua leitura seja do vosso agrado.
E a propósito, refira-se que um dos livros mais belos e mais detalhados sobre esta temática, é:
Edição ilustrada com mapas alguns desdobráveis, gravuras representando cenas e técnicas de pesca assim como apetrechos e modos de utilização para a pratica da pesca. As belíssimas chromolitografias que encerra, algumas dezenas, representam com grande rigor científico as principais taxons piscícolas das águas marinhas portuguesas. Magnífico exemplar, completo e com todas as estampas cromolitográficas bem conservadas sem quaisquer índices de colagem, como habitualmente acontece com este título.
No geral o exemplar está muito limpo, fresco e restaurado, com a encadernação decorada ao gosto romântico, tanto nos dourados como na decoração marmoreada/arbórea. As folhas de seda que protegem as cromolitografias foram substituídas por outras anti-ácido. As folhas antigas de protecção são hidrófilas e com teores de oxidantes-acidificantes bastante elevados. Nestas condições peça de colecção e RARO.
Publicado pela primeira vez em 1892, o Estado Actual das Pescas em Portugal [- Compreendendo a Pesca Marítima, Fluvial e Lacustre em Todo o Continente do Reino, Referido ao Ano de 1886] ... é, diz o autor no prólogo, “o produto da observação e estudo directo” efectuado durante dez anos em todas as águas do reino. Com uma edição original de mais de quinhentas páginas, aborda em catorze capítulos os aspectos considerados essenciais para a compreensão das pescas contemporâneas, seguindo uma metodologia idêntica aos grandes inquéritos que se realizam em toda a Europa marítima neste mesmo período: (...) O Estado Actual das Pescas ... torna-se obra de consulta obrigatória logo à saída da primeira edição (...)
(...) A sua aproximação às pescarias – relatórios acerca de conflitos locais, abordagens temáticas e o estudo extensivo da linha da costa, Estado Actual das Pescas ... – baseia-se de modo substancial na recolha de conhecimentos locais. Não atribuindo ao discurso que emerge das comunidades – através dos funcionários e dos habitantes locais – uma soberania absoluta, (...), à sua sombra geram-se, todavia, movimentos de interesse pela pesca, nomeadamente o despertar para a recolha de dados e para a realização de exposições.
(...) Apesar da personalidade cosmopolita, Baldaque da Silva mantém nos trabalhos de campo um forte grau de proximidade às comunidades piscatórias, persistindo após a sua passagem pela costa uma poalha de comentários tecidos em periódicos, documentos oficiais e entre os próprios pescadores, em geral como reconhecimento da sua sensibilidade às particularidades de cada caso concreto e de cada localidade, e de que encontramos ilustrações constantes. (...)
Saudações bibliófilas.
António Arthur Baldaque da SILVA – Estado Actual da Pescas em Portugal, Comprehendendo a pesca marítima, fluvial e lacustre em todo o continente do reino, referido ao anno de 1886.
Lisboa, Imprensa Nacional, 1891. In-4.º de XXXIV-519(1) págs. Encadernação inteira de pele com decoração arboreada, florões e dizeres dourados sobre rótulo de pele na lombada, tudo ao gosto romântico.
Edição ilustrada com mapas alguns desdobráveis, gravuras representando cenas e técnicas de pesca assim como apetrechos e modos de utilização para a pratica da pesca. As belíssimas chromolitografias que encerra, algumas dezenas, representam com grande rigor científico as principais taxons piscícolas das águas marinhas portuguesas. Magnífico exemplar, completo e com todas as estampas cromolitográficas bem conservadas sem quaisquer índices de colagem, como habitualmente acontece com este título.
No geral o exemplar está muito limpo, fresco e restaurado, com a encadernação decorada ao gosto romântico, tanto nos dourados como na decoração marmoreada/arbórea. As folhas de seda que protegem as cromolitografias foram substituídas por outras anti-ácido. As folhas antigas de protecção são hidrófilas e com teores de oxidantes-acidificantes bastante elevados. Nestas condições peça de colecção e RARO.
Publicado pela primeira vez em 1892, o Estado Actual das Pescas em Portugal [- Compreendendo a Pesca Marítima, Fluvial e Lacustre em Todo o Continente do Reino, Referido ao Ano de 1886] ... é, diz o autor no prólogo, “o produto da observação e estudo directo” efectuado durante dez anos em todas as águas do reino. Com uma edição original de mais de quinhentas páginas, aborda em catorze capítulos os aspectos considerados essenciais para a compreensão das pescas contemporâneas, seguindo uma metodologia idêntica aos grandes inquéritos que se realizam em toda a Europa marítima neste mesmo período: (...) O Estado Actual das Pescas ... torna-se obra de consulta obrigatória logo à saída da primeira edição (...)
Muleta a todo o pano
(Estas curiosas embarcações, que raras vezes arrastavam fora da barra na enseada de Entre Cabos, desde há muito que deixaram de existir e já por cerca de 1890 elas tinham quase desaparecido, pois Baldaque da Silva informa-nos que, quando fez o seu estudo sobre as pescas em Portugal, já só existia no Tejo uma única muleta em uso.)
(...) A sua aproximação às pescarias – relatórios acerca de conflitos locais, abordagens temáticas e o estudo extensivo da linha da costa, Estado Actual das Pescas ... – baseia-se de modo substancial na recolha de conhecimentos locais. Não atribuindo ao discurso que emerge das comunidades – através dos funcionários e dos habitantes locais – uma soberania absoluta, (...), à sua sombra geram-se, todavia, movimentos de interesse pela pesca, nomeadamente o despertar para a recolha de dados e para a realização de exposições.
(...) Apesar da personalidade cosmopolita, Baldaque da Silva mantém nos trabalhos de campo um forte grau de proximidade às comunidades piscatórias, persistindo após a sua passagem pela costa uma poalha de comentários tecidos em periódicos, documentos oficiais e entre os próprios pescadores, em geral como reconhecimento da sua sensibilidade às particularidades de cada caso concreto e de cada localidade, e de que encontramos ilustrações constantes. (...)
Em breve voltarei com mais um leilão .. é verdade!
e estamos em época de crise económica com o famigerado “PEC”! – o que seria se assim não fosse!