"Se não te agradar o estylo,e o methodo, que sigo, terás paciência, porque não posso saber o teu génio, mas se lendo encontrares alguns erros, (como pode suceder, que encontres) ficar-tehey em grande obrigação se delles me advertires, para que emendando-os fique o teu gosto mais satisfeito"
Bento Morganti - Nummismologia. Lisboa, 1737. no Prólogo «A Quem Ler»

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sábado, 17 de janeiro de 2015

Jose F. Vicente Leilões – Leilão da Biblioteca do Coronel Pinto Ferreira - VI Parte e outras proveniências




Vai decorrer o leilão da VI Parte desta vastíssima biblioteca, como sempre organizada por José Ferreira Vicente, que inclui as temáticas: RESTAURAÇÃO • CAMONEANA • CAMILIANA • MONOGRAFIAS • BIBLIOGRAFIA • CONSTITUCIONALISMO • LITERATURA • GUERRA PENINSULAR • ESTRANGEIROS SOBRE PORTUGAL • HISTÓRIA • Brasil • DESENHO • GRAVURA, ETC.

O leilão decorrerá nos dias 19, 20 e 21 de Janeiro de 2015 e a exposição dos lotes em praça terá lugar nos dias 18, 19, 20 e 21 de Janeiro de 2015 das 15h às 20h.

O leilão far-se-á de acordo com a seguinte ordem de lotes:

1ª sessão – 19 de Janeiro às 21h – Lotes 1 a 518
2ª sessão – 20 de Janeiro às 21h – Lotes 519 a 1037
3ª sessão – 21 de Janeiro às 21h – Lotes 1038 a 1554

Tanto o leilão como a exposição decorrerão no Palácio da Independência no Largo de São Domingos, 11 (ao Rossio) em Lisboa




De referir aextensa listagem de obras na temática camoneana – lote 086 ao lote 186. Trata-se de uma das temáticas com grande procura entre nós e também no estrangeiro. (Camões é um autor universal!) pelo que vou tecer alguns comentários em seu torno do que enumerar as obras muitas delas já bem conhecidas.


Luís de Camões

Como já aqui se escreveu, José Agostinho de Macedo teve a “ousadia” de criticar o poema épico e chegou mesmo propor-se a fazer a sua correcção.

“Os progressos de José Agostinho causaram assombro nos mestres, e nos condiscípulos inveja, não deixando algumas vezes de excitar a indignação dos primeiros, e o ódio dos segundos com suas respostas, e ditos impróprios daquela tenra idade, principalmente um dia, em que se fazia a leitura de Camões, ele, cheio de ousadia, disse — Camões não presta — O seu mestre repreendeu-o, mas como ele insistisse, castigou-o, por tamanha blasfémia literária.” In Biographia do Padre José Agostinho de Macedo por Joaquim Lopes Carreira de Mello

O seu grande cometimento literário foi o poema épico «Gama» (1811), cuja 2ª edição, em 1814, se intitulou «O Oriente». É uma tentativa confessada de emendar aquilo que considerava errado em «Os Lusíadas», de Camões, e de fazer justiça a certos heróis que este deixara na sombra.

Com efeito encontramos um exemplar que se encontra neste âmbito:

177. MACEDO, José Agostinho de. - REFLEXÕES CRITICAS SOBRRE O EPISODIO DE ADAMASTOR NAS LUSIADAS, Canto V. Oit. 39. Em fórma de carta. Lisboa. Na Impressão Regia. MDCCCXI. In-8º peq. de 34 págs. Br.
Pouco vulgar. Inocêncio, Tomo IV, pág. 199. [€ 15 / 30]

Aliás refira-se que neste leilão aparece um extenso conjunto de obras da vasta produção literária (lotes 439 a 472 e lotes 1186 a 1197) deste controverso escritor, que traduzem bem a sua personalidade intervencionista nos temas da época, os quais ainda hoje despertam a curiosidade e tem um grupo de fiéis coleccionadores e estudiosos das mesmas.


José Agostinho de Macedo

Vejamos aquelas que aqui aparecem:

439. MACEDO, Padre José Agostinho de. – A AMBIÇÃO DE BONAPARTE. ODE. Lisboa. Na Impressão Regia. 1813. In-8º de 15 págs. Br. Pouco vulgar. Inocêncio, Tomo IV, pág. 189. [€ 15 / 30]

440. MACEDO, Padre José Agostinho de. - BAZES ETERNAS DA CONSTITUIÇÃO POLITICA. Achadas na Cartilha do Mestre Ignacio pelo Sacristão do Padre Cura d’Aldea dedicado aos senhores cathedraticos da Universidade... Lisboa. 1824. In-8º de 48 págs. Br. Publicada sem o nome do autor. Inocêncio, Tomo IV, pág. 197. [€ 20 / 40]

441. MACEDO, Padre José Agostinho de. - BRANCA DE ROSSIS. Tragedia. Lisboa. Impressão Regia. 1819. In-8º peq. de 93 págs. Br. Pouco vulgar. Inocêncio, Tomo IV, pág. 192. [€ 20 / 40]

442. MACEDO, Padre José Agostinho de. - CARTA AO SENHOR ANAÕ DOS ASSOBIOS (e Segunda Gaitada do Annão dos Assobios. Gaitada Terceira ao P. Fr. José da Encommendação e Gaitada Quarta, e Ultima ao Exmo. Sr. Fr. José de Encommenda. Lisboa. Na Typogr. de António Rodrigues Galhardo. 1822. 4 Ops. In-8º Brs. Raras. [€ 25 / 50] (Cf lote 1187)

443. MACEDO, Padre José Agostinho de. - CARTA AO SENHOR REDACTOR DO PATRIOTA. Lisboa. Na Impressão Liberal. 1821. In-8º de 7 págs. Br.
Publicada anónima, e, defesa do principal D. Carlos de Menezes contra a arguição que a este fizeram o Patriota no numero de 5 de Novembro de 1821. Com manchas de humidade e carimbo da Casa de Palmela na primeira página. Inocêncio, Tomo IV, pág. 202. [€ 15 / 30]

444. MACEDO, Padre José Agostinho de. - CARTA AVULSA DE... AO SEU AMIGO, QUE POR NOME E SORE-NOME NAO PERCA, sobre o diluvio das respostas, e respondões ao artigo communicado na Gazeta Nº 103. Lisboa. Impressão Régia. 1828. In-8º de 16 págs. Br.
Raro. Em torno da polémica Miguelista na Gazeta de Lisboa. Inocêncio, Tomo IV, pág. 203. [€ 15 / 30]

445. MACEDO, Padre José Agostinho de. - CARTA DE FOGAÇA, OU HISTORIA DO CERCO DE SARAGOÇA, Segundo o vio representar em huma Comedia, O Doutor Manoel Mendes Fogaça, que a descreve ao seu amigo Transmontano, no estilo de seu 5º Avô Fernão Mendes. Lisboa. Na Impressão Regia. Anno 1812. In-8º peq. de 77 págs. Br.
Rara. Critica á obra Palafox em Saragoça, por A. Xavier. [€ 15 / 30]

446. MACEDO, Padre José Agostinho de. - CARTA DE HUM VASSALO NOBRE AI SEU REI, E DUAS RESPOSTAS Á MESMA, nas quaes se prova quaes são as classes mais uteis do Estado. Lisboa. Typografia Rollandiana. 1820. In- 8º peq. de 65 págs. Br.
Rara. Inocêncio, Tomo IV, pág. 195. [€ 20 / 40]



447. MACEDO, Padre José Agostinho de. - CARTA PRIMEIRA (Á CARTA SEPTIMA) ESCRITA AO SENHOR PEDRO ALEXANDRE CAVROÉ, Mestre examinado do Officio de Carpinteiro de Moveis. Lisboa. Imprensa Nacional. 1821. 7 Cartas. In-8º Brs.
Colecção completa. Muito rara. Polémica. Bons exemplares. [€ 40 / 80]

448. MACEDO, Padre José Agostinho de. - CARTA UNICA DE... Sobre hum muito pequeno, e pobre Folheto, que se chama Breves observações sobre os fundamentos do projecto de Lei, para a extincção da Junta do Exame do estado actual, e melhoramento Temporal Das Ordens Regulares. Impresso no Patriotico da rua da Esperança Nº 50. Lisboa. Na Impressão Regia. Anno 1828. In-8º de 22 págs. Br.
Sobre o folheto publicado por Mateus de Assunção Brandão. Inocêncio, Tomo IV, pág. 203.
[€ 15 / 30]

449. MACEDO, Padre José Agostinho de. - CORDÃO DA PESTE, OU MEDIDAS CONTRA O CONTAGIO PERIODIQUEIRO. Lisboa. Na Offic. da Viúva Lino da Silva Godinho. 1821. In-8º peq. de 44 págs. Br.
Pouco frequente. Carimbo a óleo da Casa de Palmela no frontispício. Inocêncio, Tomo IV, pág. 201. [€ 20 / 40]

450. MACEDO, Padre José Agostinho de. - DEMONSTRAÇÃO DA EXISTENCIA DE DEOS. Lisboa. Na Impressão Regia. 1816. In-8º peq. de 93, [2] págs. Br.
Primeira edição. Inocêncio, Tomo IV, pág. 189, atribui a obra as Fr. Manuel do Cenáculo: “Com perdão da memoria de J. Agostinho, e sem animo de offender alguns de seus cégos admiradores (se é que hoje os conserva) direi em boa consciencia,que não creio seja sua esta producção, de cujo merito aliás me confesso fraquissimo avaliador. Fique reservada para as Memorias a exposição das duvidas que se me offerecem, e que até certo ponto auctorisam a persuasão de que póde, sem grande receio d’erro, attribuir-se tal obraao arcebispo Cenaculo, falecido de pouco ao tempo em que ella foi publicada. Affigura-seme descobrir por todo o contexto do livro visos do estylo e argumentação proprios do auctordos Cuidados Litterarios, e porventura mais que sufficientes para legitimarem a minha persuasão”.
Com manchas de água e carimbo a óleo da Casa de Palmela no frontispício. [€ 20 / 40]

451. MACEDO, Padre José Agostinho de. - EPIDECIO NA MORTE DE MANOEL MARIA BARBOSA DU BOCAGE. Mandado imprimir por Diogo José Blancheville, em signal de amizade. Lisboa. Na Impressão Regia. MDCCCVI. In-8º peq. de 14 págs. Br.
Rara. Carimbo a óleo da Casa de Palmela no frontispício. [€ 20 / 40]

452. MACEDO, Padre José Agostinho de. - EPICEDIO // NA MORTE // DO ILLMO E EXMO. SENHOR // D. JOÃO PEDRO // DE MELLO, // Principal Decano // da Santa Igreja Patriarcal, ... // Lisboa. // Off. de Filippe José de França e Liz. // MDCCXCI. In-8º de 15 págs. Br.
Pouco comum. Carimbo safado no frontispício [€ 15 / 30]

453. MACEDO, Padre José Agostinho de. - EXORCISMOS CONTRA PERIODICOS, E OUTROS MALEFICIOS. FUGITE PARTES ADVERSAE. Lisboa. Off. da Viuva de Lino da Silva Godinho. 1821. In-8º peq. de 34 págs. Br.
Contra este folheto apareceram várias respostas e refutações, na maior parte anonimas. Carimbo da Casa de Palmela no frontispício. [€ 15 / 30]

454. MACEDO, Padre José Agostinho de. - HUMA PALAVRA SÓ SOBRE O PADRE. Por hum homem que nunca lhe fallou (e Mais Meia Palavra Sobre o Padre; Ultimo Quarto de Palavra Sobre o Padre e Hum Quarto de Palavra Sobre o Padre ou o Vergalho de Mariolas). Lisboa. Na Typogr. Antonio Rodrigues Galhardo. 1822. 4 Ops. Brs.
Colecção completa. Inocêncio, Tomo IV, pág. 202. [€ 25 / 50]



455 MACEDO, Padre José Agostinho de. - MANIFESTO DO GRANDE ORIENTE LUSITANO CONTRA A LOJA REGENERAÇÃO: E CIRCULARES E PROTESTOS DESTA CONTRA O GRANDE ORIENTE, Acompanhado da Censura e eruditíssimas Reflexões, escriptas pelo Reverendo Padre... Lisboa. Typografia de Bulhões.1829. In-8º de 45 págs. Br.
Rara. Carimbo a óleo da Casa de Palmela no frontispício. [€ 35 / 70]

456. Padre MACEDO, Padre José Agostinho de. - A MEDITAÇÃO. Lisboa. Impressão Regia. 1818. In-8º de [2], 254, [1] págs. Enc. 2ª edição. Segundo Inocêncio, Tomo IV, 186, “o autor supprimiu nella a Dedicatoria á Universidade, e retocou o poema, corrigindo-o em muitos logares, e introduzindo n’elle versos novos”. Encadernação da época inteira de carneira. [€ 25 / 50] (como é do conhecimento geral, durante a sua vida, quando publicava uma nova edição Agostinho de Macedo apresentava sempre uma versão corrigida/modificada em relação à anterior, pelo que existem sempre discrepâncias entre estas)

457. MACEDO, Padre José Agostinho de. - OBRAS INEDITAS DE... Cartas e Opusculos. Documentando as memorias para a sua vida intima e successos da historia litteraria e politica do seu tempo. Com uma prefação critica por Theophilo Braga e Censuras a diversas obras.(1824-1829). Composições lyricas, didacticas e dramaticas. Com um breve estudo sobre a Historia da Censura Official por Theophilo Braga. Lisboa. Typographia da Academia Real das Sciencias. 1900 (e 1901). 2 Vols. In-8º Encs.
Bons exemplares. Encadernações modernas meias de pele. Com capas. [€ 30 /60]

458. MACEDO, Padre José Agostinho de. - O PÁO DA CRUZ, DEDICADO, E DESCARREGADO EM TODOS OS SENHORES DA SEGUNDA LEGISLATURA PELO THESOUREIRO DO PADRE CURA DÁLDEA. Lisboa. 1824. In-8º de 53, [1] págs. Br.
Raro. Com 2 carimbos a óleo no frontispício. [€ 20 / 40]

459 MACEDO, Padre José Agostinho de. – AO PRINCIPE KUTUSOW, PELA BATALHA DE BERODINO. ODE. Lisboa. Na Impressão Regia. Anno 1813. In-8º de 15 págs. Br.
Raro. Inocêncio, Tomo IV, pág. 189. [€ 15 / 30]

460 MACEDO, Padre José Agostinho de. - O NOVO ARGONAUTA; POEMA. Lisboa. Typografia de Bulhões. Anno 1825. In-8º de 48 págs. Br. Primeira edição. [€ 15 / 30]

461 MACEDO, Padre José Agostinho de. - PARECER DE JOSÉ AGOSTINHO DE MACEDO, Sobre a maneira mais fácil, simples, e exequível da convocação das Cortes geraes do Reino no actual Systema Politico da Monarchia representativa, e Constitucional. Lisboa. Typografia Lacerdina. 1820. In-8º peq. de 32 págs. Br.
Escrito em satisfação do convite dirigido pela Junta Preparatória das Cortes a todos os homens de letras para darem a sua opinião sobre o assunto. Carimbo da Casa de Palmela no frontispício. [€ 20 / 40]

462. MACEDO, Padre José Agostinho de. - REFORÇO AO CORDÃO DA PESTE. Lisboa. Offic. da Viuva de Lino da Silva Godinho. 1821.
In-8º peq. de 30 págs. Br.
Pouco comum. Carimbo da Casa de Palmela frontispício. Inocêncio, Tomo IV, pág. 202. [€ 15 / 30]



463. MACEDO, Padre José Agostinho de. - REFUTAÇÃO DO MONSTRUOSO, E REVOLUCIONÁRIO ESCRIPTO IMPRESSO EM LONDRES INTITULADO QUEM HE LEGITIMO REI DE PORTUGAL? Questão portuguesa submetida ao juizo dos homens Imparciais. Londres. Impresso na Officina Portugueza. 1828. Lisboa. Impressão Regia. 1828. In-8º de 80 págs. Br.
Raro. Opusculo encomendado pelo Intendente da Policia, de ordem do governo para ser distribuído gratuitamente por todas as comarcas do Reino. Inocêncio, Tomo IV, pág. 197. [€ 25 / 50] (Cf lote 1194)

464. MACEDO, Padre José Agostinho de. - REFUTAÇÃO METHODICA DAS CHAMADAS BAZES DA CONSTITUIÇÃO POLITICA DA MONARQUIA PORTUGUEZA, TRADUZIDAS DE FRANCEZ, E CASTELHANO POR CEM HOMENS QUE SE AJUNTAVÃO NA CASA DA LIVRARIA DAS NECESSIDADES, A CADA HUM DOS QUAES A NAÇÃO DAVA 4$800 RS. DIARIOS PARA A DEITAREM A PERDER. DEDICA, OFFERECE, E CONSAGRA AOS SENHORES FANQUEIROS, E BACALHOEIROS, CAPELISTAS, QUINQUILHEIROS DE LISBOA, E SEUS SUBURBIOS, E TERMO HUM CURA D’ALDEA. Lisboa. Impressão da Rua Formoza. 1824. In-8º de 55 págs. Br.
Rara. Publicada anónima. Inocêncio Tomo IV, 196, atribui a obra a José Agostinho de Macedo.
Carimbo da Casa de Palmela no frontispício. [€ 20 / 40]

465. MACEDO, Padre José Agostinho de. - RESPOSTA AOS COLLABORADORES DO INFAME PAPEL, INTITULADO CORREIO INTERCEPTADO Nº 6 IMPRESSO EM LONDRES. (Segundo o costume). Lisboa. Typografia de Bulhões. 1826. In-8º de 16 págs. Br.
Reação a uma crítica inserta no Correio. Carimbo a óleo no frontispício. [€ 15 / 30]

466. MACEDO, Padre José Agostinho de. - RESPOSTA AOS DOIS DO INVESTIGADOR PORTUGUEZ EM LONDRES, que no caderninho VIII. a paginas 510 atacão, segundo o costume, o poema Gama. Lisboa. Impressão Regia. 1812. In-8º peq. de 64 págs. Br.
Raro. Inocêncio, Tomo IV, pág. 200. [€ 15 / 30] (Cf lote 1195)

467. MACEDO, Padre José Agostinho de. - RETORNELLO DO PARDAL, COM QUE O ANÃO DOS ASSOBIOS DÁ OS PARABENS AO REVERENDO GOIBINHAS NOS SEUS DESPOSORIOS COM A ILLUSTRISSIMA D. RAQUEL DA PALESTINA, NA PRAÇA DE GIBRALTAR, ACUAL REDIDENCIA DOS DOIS CONJUGES. Lisboa. Impressão de João Nunes Esteves. 1825. In-8º de 19 págs. Br.
Pouco vulgar. Inocêncio, Tomo IV, pág. 203. [€ 20 / 40]

468. MACEDO, Padre José Agostinho de. - SANDOVAL NU, E CRU. Lisboa. Na Officina da Horrorosa Conspiração. 1823. In-8º de 40 págs. Br.
Rara. Publicada anónima. Com uma mancha de água no frontispício e assinatura antiga. [€ 20 / 40]

469. MACEDO, Padre José Agostinho de. - SYMFONIA DE COCHICHO COM CORNO INGLEZ OBRIGADO, OU O ANÃO DOS ASSOBIOS AO PADRE MEDRÕES TEIMOSO. Lisboa. Typogr. de António Rodrigues Galhardo. 1822. In-8º de 11 págs. Br.
Pertence á polémica relativa ao Cidadão Lusitano, das cartas insertas na Gazeta Universal. [€ 15 / 30]



470. MACEDO, Padre José Agostinho de. – A TRIPA VIRADA. Periódico Semanal. Nº 1 (e 3). Lisboa. Officina da Horrorosa Conspiração. S. data. 3 Nos. Num total de 36 págs. In-8º Brs.
Colecção completa. Rara. Carimbo a óleo no frontispício do primeiro número. [€ 30 / 60]

471 MACEDO, Padre José Agostinho de. - A VERDADE, OU PENSAMENTOS FILOSOFICOS SOBRE OS OBJECTOS MAIS IMPORTANTES Á RELIGIÃO, E AO ESTADO. Nova edição. Lisboa. Impressão Regia. 1814. 1828. In-8º peq. de [6],173, [5] págs. Enc. 1ª edição. Pouco vulgar. Encadernação moderna meia de pele. Assinatura antiga no frontispício e numa folha preliminar. [€ 25 / 50]

472 MACEDO, Padre José Agostinho de. – 2 OBRAS: Mais Logica ou nova apologia da justa defensa do livro Os Sebastianistas. 1810 e Justa Defensa do livro intitulado Os Sebastianistas, e reposta prévia a todas as Satyras, e invectivas, com que tem sido atacado seu Autor. 1810. As 2 Obras. In-8º Brs. [€ 20 / 40]

1186. MACEDO, José Agostinho de. - AMENDOAS AO ENCOMENDADO. Lisboa. Tipografia Patriotica. 1822. In-8º de 7 págs. Enc. Rara. Encadernação moderna sintética. [€ 15 / 30]

1187. MACEDO, José Agostinho de. – CARTA AO SENHOR ANAÕ DOS ASSOBIOS (e Segunda Gaitada do Anão dos Assobios. Gaitada Terceira ao P. Fr. José da Encommendação e Gaitada Quarta, e Ultima ao Exmo. Sr. Fr. José de Encommenda). Lisboa. Na Typogr. de António Rodrigues Galhardo. 1822. 3 Ops. In-8º Encs. Raras. Colecção completa. Encadernações recentes sintéticas. [€ 20 / 40]

1188. MACEDO, José Agostinho de. – CARTA UNICA DE... Sobre hum muito pequeno, e pobre Folheto, que se chama Breves observações sobre os fundamentos do projecto de Lei, para a extincção da Junta do Exame do estado actual, e melhoramento Temporal Das Ordens Regulares. Impresso no Patriotico da rua da Esperança Nº 50. Lisboa. Na Impressão Regia. Anno 1828. In-8º de 22 págs. Enc. Sobre o folheto publicado por Mateus de Assunção Brandão. Encadernação moderna sintética. [€ 20 / 40]

1189. MACEDO, José Agostinho de. – O DESENGANO. Periodico Politico, e Moral. Nº 1 (ao Nº 27). Lisboa. Na Impressão Régia. 1830 (a 1831). 27 Nos. In-8º Encs. em 1.
Colecção completa desta Rara publicação, do maior valor para a história política da época.
Com algumas manchas de água. Encadernação moderna meia de pele. [€ 50 / 100]

1190. MACEDO, José Agostinho de. – O ESPECTADOR PORTUGUEZ, JORNAL DE LITTERATURA, E CRITICA. Lisboa. Impressão Alcobia. 1817. 26 Nos. In-8º Encs. em 1. Colecção completa. Rara. O frontispício do primeiro volume foi emendado à mão, pertencendo realmente ao 2º volume. Inocêncio, Tomo IV, pág. 201: “Publicava-se semanalmente, e comprehende quatro semestres, dos quaes cada um forma seu volume, com 226, 248, 212 e 208 pag. O terceiro semestre contém além d’isso uma folha com o titulo Reflexão previa ao Espectador portuguez do terceiro semestre, 7 pag. de numeração em separado. Sahiu sem a designação do nome do auctor. É curiosissima de ler uma censura, que ao n.º 24 d’este periodico fez o Marquez de Penalva (o mesmo que tambem escreveu a Carta do vassallo nobre, etc.) Esta peça, que dá margem a largas e variadas considerações, acha-se inserta no Saloio, jornal publicado em Cintra (1857). Ahi a encontrarão os leitores a pag. 47”. Exemplares com muitas anotações a lápis. Encadernações modernas meias de pele. [€ 150 / 300]

1191. MACEDO, José Agostinho de. – FIEL TRADUCÇÃO DA CARTA QUE ESCREVEO MAHOMUD II. IMPERADOR DOS TURCOS AO EX-PAULISTA ENCOMENDADO. Lisboa. Na Officina que foi de Lino da Silva Godinho. 1822. In-8º de 8 págs. Enc.
Pouco frequente. Encadernação moderna sintética. [€ 15 / 30]

1192. MACEDO, José Agostinho de. – MAIS DUAS PALAVRAS JUNTAS AO OUVIDO DO PADRE PARA ALIVIO DA SOVA SENIOR. Lisboa. Impressão de João Nunes Esteves. 1822. In-8º de 14 págs. Enc. Publicada anónima. Encadernação moderna sintética. [€ 15 / 30]

1193. MACEDO, José Agostinho de. – ORAÇÃO FUNEBRE QUE NAS EXEQUIAS DO MUITO ALTO, E MUITO PODEROSO IMPERADOR E REI O SENHOR D. JOÃO SEXTO, CELEBRADAS NA BASILICA DO CORAÇÃO DE JESUS, NO DIA 10 DE ABRIL DE 1826, PRÉGOU... Lisboa. Typografia de Bulhões. 1826. In-8º de 38 págs. Enc. Pouco comum. Encadernação moderna em sintético.
[€ 15 / 30]

1194. MACEDO, José Agostinho de. – REFUTAÇÃO DO MONSTRUOSO, E REVOLUCIONÁRIO ESCRIPTO IMPRESSO EM LONDRES INTITULADO QUEM HE LEGITIMO REI DE PORTUGAL? Questão portuguesa submetida ao juizo dos homens Imparciais. Londres. Impresso na Officina Portugueza. 1828. Lisboa. Impressão Regia. 1828. In-8º de 80 págs. Enc. Raro. Encadernação moderna em sintético. [€ 25 / 50]

1195. MACEDO, José Agostinho de. - RESPOSTA AOS DOIS DO INVESTIGADOR PORTUGUEZ EM LONDRES, que no caderninho VIII. a paginas 510 atacão, segundo o costume, o poema Gama. Lisboa. Impressão Regia. 1812. In-8º peq. de 64 págs. Enc. Raro. Encadernação moderna meia de pele. [€ 20 / 40]

1196. MACEDO, José Agostinho. - SERMÃO DE PRECES PELO BOM SUCESSO DAS NOSSAS ARMAS, CONTRA AS DO TYRANNO BONAPARTE, NA TERCEIRA INVASÃO DESTE REINO. Prégado na Igreja de N. Senhora dos Martyres a 31 de Agosto á noite, na entrada da solemne Procissão de penitência, que fez a exemplar Irmandade de N. S. de Jesus. Segunda edição. Lisboa. Na Typografica Rollandiana. 1814. In-8º peq. de 55, [1] págs. Enc. Rara. Encadernação moderna meia de pele. [€ 20 / 40]

1197. MACEDO, José Agostinho de. – VIAGEM EXTATICA AO TEMPLO DA SABEDORIA. Poema em quatro cantos. Lisboa. Na Impressão Regia. 1830. In-4º  143 [1] págs. Enc. 1ª edição. Bom exemplar. Encadernação da época meia de pele. [€ 30 / 60]


Camilo Castelo Branco

De Camilo Castelo Branco temos os lotes 210 a 216 embora sem a presença das grandes raridades camilianas.

210. CASTELO BRANCO, Camilo. – CARTAS INÉDITAS DE CAMILO CASTELO BRANCO AO 1º CONDE DE AZEVEDO. Coordenadas, annotadas e seguidas de traços biographicos d’este titular pelo 2º Conde de Azevêdo. Com um prefácio do Dr. Augusto de Castro Coimbra. Coimbra Editora. 1926. In-4º de XIX, [I], 410, [2] págs. Br. págs. Br. Ilustrada com o retrato de Camilo. Bom exemplar. [€ 20 / 40]

211, CASTELLO BRANCO, Camilo. - DELICTOS DA MOCIDADE. Primeiros attentados litterarios de... Porto. Livraria Civilisação de Eduardo da Costa Santos & Sobrinho - Editores. MDCCCLXXXIX. In-8º de XII, [4], 269, [1] págs. Enc.
Esta obra, foi coligida por Freitas Fortuna e a suas diligências publicado. Edição original. Muito
rara. Encadernação meia de pele. Sem capas. Henrique Marques, 237. [€ 40 / 80]

212. CASTELO BRANCO, Camilo. - DISPERSOS DE... Compilação e notas de Júlio Dias da Costa. Vol. I - Crónicas. (1848-1852). Vol. II - 267 CASTELLO BRANCO, Camilo. - DELICTOS DA MOCIDADE. Primeiros attentados litterarios de... Porto. Livraria Civilisação de Eduardo da Costa Santos & Sobrinho - Editores. MDCCCLXXXIX. In-8º de XII, [4], 269, [1] págs. Enc.
Esta obra, foi coligida por Freitas Fortuna e a suas diligências publicado. Edição original. Muito
rara. Encadernação meia de pele. Sem capas. Henrique Marques, 237. [€ 40 / 80]

213. CASTELO BRANCO, Camilo. - ESTRELLAS PROPICIAS. Porto. Em Casa de Viuva Moré - Editora. 1863. In-8º de 219 págs. Enc. 1ª Edição. Encadernação meia de pele. Sem capas. Com algumas manchas de acidez. [€ 30 / 60]

214. CASTELLO BRANCO, Camilo. - MEMÓRIAS DO CARCERE. Volume I (e Volume II). Porto. Em Casa de Viuva Moré, Editora. 1862. 2 Vols. In-8º Encs. Primeira edição. Assinatura antiga nos frontispícios. Encadernações meias de pele, com defeitos. Sem capas. [€ 50 / 100]

215. CASTELLO BRANCO, Camilo. – O MORGADO DE FAFE AMOROSO. Comedia em 3 actos. Representada no Theatro de D. Maria II. Lisboa. Livraria de A. M. Pereira. 1865. In-8º de 68 págs. Br. Edição primitiva. [€ 30 / 60]

216. CASTELLO BRANCO, Camilo. – NOITES DE INSOMNIA. Offerecidas a quem não póde dormir. Publicação mensal. Nº 1 - Janeiro (ao Nº 12 Dezembro). Porto. Livraria Chardron. 1929.
12 Nos. In-8º peq. Encs. em 2 Vols. Colecção completa. Encadernações meias de pele. Sem capas. [€ 35 / 70]

Para os camilianistas temos um excelente catálogo em praça:

237. CATÁLOGO DE UMA IMPORTANTISSIMA E COMPLETA CAMILIANA. Reunida por um devotado camilianista portuense. Literatura portuguesa, antoniana, olisiponense, Batalha de Ourique, etc. etc. Lisboa. 1968. In-8º de 504 págs. Br.
Trata-se do catálogo da camiliana de Avila Perez, elaborado pelo livreiro Manuel Ferreira. Prefácio de Raul Rego. Ilustrado. [€ 20 / 40]

E a propósito será importante referir-se que este acervo é bastante rico em catálogos de bibliotecas, leilões e mesmo de livrarias, que são instrumentos de trabalho fundamentais para quem se interessa mais aprofundadamente por estes assuntos de bibliofilia.

Mas temos tambeem outros itens que merecem ser referidos como no caso dos Manuscritos:



1208. BAZES DA CONSTITUIÇÃO. Conjunto de documentos sobre a elaboração da Constituição de 1822, contendo a transcrição de Extractos da Gazetea de Lisboa de 1820, portarias, etc. Manuscrito In-4º de [84] páginas; Basi della Constituzione, decretata dalles Cortes de Portogallo. In-4º de [14] págs. e folheto impresso Bazes da Constituição. Elaborada pelas Cortes Extraordinarias e Constituintes da Nação Portugueza, antes de procederem a formar a sua Constituição Politica, reconhecem e decretão com bazes della os seguintes princípios, por serem os mais adequados para assegurar os direitos individuaes do Cidadão, e estabelecer aorganização e limites dos Poderes Politicos do Estado. Seguem-se 37 parágrafos com o projecto da lei. S. data. In-8º de 2 Fls. Conjunto valioso. [€ 500 / 900]

1210. CHICHORRO, Manoel da Cunha Azevedo Coutinho Sousa. – ORAÇÃO PRONUNCIADA PELA INAUGURAÇÃO DO RETRATO DE S. M. F. O SENHOR D. PEDRO 1º IMPERADOR CONSTITUCIONAL E DEFENSOR PERPETUO DO IMPERIO DO BRAZIL NA CAZA DA CAMARA DE TAUBATÉ. S. data. In-8º de [1], [9] Fls. Enc. Manuscrito precioso. Taubaté é um município do
Estado de S. Paulo. [€ 1.800 / 2.500]



1215. JOÃO III, D. - TEXTO AUTÓGRAFO DO NOTÁRIO REAL DIOGO PAES, COM A SUA ASSINATURA, BEM COMO DO CHANCELER D. ÁLVARO FERNANDES. Transcrição de três privilégios anteriores, de D. João III, datados de 1522, 1525 e 1537 emitido para o Conde de Linhares, António de Noronha e seus herdeiros, confirmando os bens e respectivas jurisdições. 2 Fls. em pergaminho. In-Fólio. D. António de Noronha, Conde de Linhares (1464-1551), foi governador de Ceuta e um dos mais poderosos nobres portugueses do seu tempo. Seu filho Francisco de Noronha (1507-1574), um dos beneficiários desses privilégios, era um amigopróximo de Luis de Camões. Outro filho, Inácio de Noronha, casou-se com Isabel de Ataíde, filha de Vasco da Gama. [€ 3.000 / 4.500]

Nos livros de viagens destaque-se este belo exemplar:



1247. MAXIMILIEN, Princx zu Wied- -Neuwied. - REISE NACH BRASILIEN IN DENJAREN 1815 BIS 1817. Mit zwei und zwanzig Kupfern, neunzehn Vignetten und drei Karten. Frankfurt. Gedruckt und verlegt bei Heinrich Ludwig Bröner. 1820 (e 1821). 2 Vols. In-Fólio. de XXXIV, 380, [5] págs. e 11 Gravuras e XVII, 345 págs. e 8 Gravuras. Encs.

Colecção completa. Primeira edição. Muito Rara. O príncipe Maximilian viajou através do Brasil de 1815 a 1817, acompanhado pelos naturalistas Georg Freyreiss e Friedrich Sellow. Do Rio eles partiram para Cabo Frio, ao longo da costa de Ilhéus, dali velejando o Jequitinhonha acima até às bordas de Minas Gerais, chegando finalmente à Bahia. Do ponto de vista científico, esta expedição foi uma das mais profícuas do século XIX. As enormes colecções zoológicas reunidas então encontram-se actualmente no Museu de História Natural de Nova Iorque, adquiridas por aquela instituição em 1870. Sumptuosamente impressa, este relato de viagem é hoje obra
clássica. Encadernações modernas meias de pele. Bons exemplares. Peça de colecção. [€ 5.000 / 7.000]

Nas publicações periódicas refiram-se:



1314. PATRIOTA PORTUENSE. Num. 1 – 1 Janeiro.1821 (ao Num. 307 - 31 Dezembro.1821).
Editor: Azevedo Soares. Porto. Typ. de Viuva Alvarez Ribeiro & Filhos, 1821. 307 Nos. In-Fólio. Encs. em 2 Vols.
Colecção completa desta Raríssima publicação. Em magnífico estado de conservação. Encadernações da época meias de pele. [€ 300 / 600]



1366. RABECÃO (O). Escripto do Povo. Nº 1. Quinta-feira 28 de Outubro de 1847 (ao Nº 25. 10 de Abril de 1848). Redactor: João Candido de Carvalho. Lisboa. Typ. Liberal de Lucas Evangelista. 1847/1848. 25 Nos. In-Fólio, num total de 652 págs. Enc.
Colecção completa. Raríssima. Publicação de índole Setembrista, interessante e valiosa para o estudo da época. Cada número vem acompanhado duma estampa, figura tocando rabecão. Possui no início um número specimen com o título O Rabecão Embutido. O exemplar da Biblioteca Nacional de Lisboa possui apenas 18 números. João Cândido de Carvalho nasceu em Castelo de Vide em 1803 e faleceu em Vila Franca de Xira em 14 de Novembro de 1857. Frade franciscano, adoptou as ideias liberais que o conduziram ao longo de três anos às masmorras miguelistas, e assentou praça em 1833. Em 16 de Maio de 1834 fez partede Infantaria 10 na Batalha de Asseiceira. Em1836-1837 integrou a loja maçónica Beneficência de Lisboa de obediência ao Grande Oriente Lusitano, de onde já constava com a profissão de jornalista. Regressou à vida eclesiástica, em 1851, tendo sido nomeado prior na freguesia de Santo Estêvão em Lisboa em 1855. Já dois anos antes produzira a oração fúnebre da rainha contra a qual tão mal escrevera na imprensa. Nas muitas contradições da sua carreira, todavia repassada de empenho e virulência, o seu romance Eduardo ou os Mistérios do Limoeiro ficou como um documento insubstituível para o conhecimento das condições degradantes do funcionamento desta famosa prisão. (In: Almanaque Alentejano).
Este exemplar pertenceu a Luiz Xavier da Costa, cujo ex-libris ostenta e vem descrito no seu
catálogo com o Nº 2176. Encadernação modesta em pano. [€ 300 / 600]

E por fim refiro este exemplar na temática de Medicina pela sua alta raridade:



1425. SANCHES, Francisco. – FRANCISCI // SANCHEZ // DOCTORIS MEDICI, // ET IN ACADEMIA // Tolosana Professoris Reii, // OPERA MEDICA // HIS IVNCTI SVNT TRACTATVS // quidam Philosophici non insubtiles. // (Gravura alegórica) // TOLOSAE TECTOSAGVM // Apud Petrvm Bosc. // M.DC. XXXVI. In-8º de [16], 943, 134, [24] págs. Enc.



Primeira edição, de EXTREMA RARIDADE. O autor era cristão-novo, natural de Braga. Ilustrada mcom uma portada gravada com várias figuras e de Francisco Sanches em corpo inteiro. Apresenta ainda o retrato do autor e sete estampas, algumas em folhas desdobráveis. Segundo o Dr. Moreira de Sá, Francisco Sanches foi “astrónomo, geómetra, filósofo e médico, observador infatigável da Natureza, autêntico protótipo do homem do Renascimento, legou nos uma obra que foi o arauto da revolução filosófica nos séculos XVII e XVIII”. As 24 páginas de Índice estão deslocadas encontrando-se no início do texto, quando deveriam estar no final da obra. Pequenos restauros à cabeça nas duas primeiras folhas preliminares sem afectar letras do texto. Pequena falta de papel nas páginas 883/884. Encadernação do século XVIII inteira de carneira. [€ 12.500 / 15.000]

Muito ficou por dizer (propositadamente, mas também para não enveredar por caminhos mais especulativos – que dependem das opiniões de cada um de nós –  mas iremos ter mais oportunidades de falarmos desta preciosa biblioteca pois que o seu acervo ainda não se esgotou.

Como é hábito tentei mostrar exemplares que pouco surgem no mercado ou de que aqui não se deu ainda notícia, pois que a leitura critica e análise de cada catálogo será sempre uma tarefa vossa de acordo com as vossas opções coleccionistas...e capacidades financeiras.

Quanto à bibliografia de José Agostinho de Macedo mereceu aqui um destaque especial, pois já me colocaram várias questões sobre esta e parece-me ser um dos leilões onde aparece um excelente lote da sua prolifera produção literária (faltam algumas das raridades é verdade, mas não é só aqui…)

Boa leitura do catálogo, e já agora, boa sorte no leilão.

Saudações bibliófilas.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

José Agostinho de Macedo



Com base na obra, «Biographia do Padre José Agostinho de Macedo» por Joaquim Lopes Carreira de Mello, vou apresentar-vos um dos escritores mais controversos da literatura portuguesa do século XIX, como preâmbulo de um artigo sobre um folheto que adquiri recentemente: «O Novo Argonauta» (mas a ele voltaremos na altura).

Trata-se de um escritor controverso, pois foi elogiado por uns, como se pode ver pela simpatia que transparece desta obra, e combatido, ferozmente, por outros.
Homem de uma grande instabilidade, tanto literária, pois com Bocage, de quem mais tarde foi inimigo figadal, fundou a Nova Arcádia e usou o nome de Elmiro Tagideu, transformou-se num autor panfletário em defesa dos ideais absolutistas, ainda que com uma conduta de vida pessoal bastante questionável. tinha também, no campo literário, como uma das suas características, o contínuo trabalho de refundição dos textos; assim como nas opiniões políticas, mas cedo aderiu ao miguelismo e defendeu em muitos panfletos violentos as doutrinas absolutistas.
Talvez esta instabilidade se enquadre no contexto geral da História de Portugal pois ele viveu a ida da Corte para o Brasil, as Invasões Francesas, a intromissão inglesa na governação do Reino, a Revolução Liberal de 1820 e a Guerra Civil. Só para citar os factos mais salientes.
No tocante à obra referida, se o texto deve ser lido com cuidado, pela posição parcial do autor, o «catalogo alfabético de todas as suas obras», que o completa, é de uma importância inquestionável.
Mas passemos ao texto em questão.



José Agostinho de Macedo

José Agostinho de Macedo natural de Beja, onde nasceu no dia 11 de Setembro de 1761, e foi baptizado na Igreja Paroquial do Salvador, no dia 1 de Outubro do mesmo ano, foi o filho primogénito de Francisco José Tegueira, primeiro marido de Angelica dos Serafins Freire, o qual era filho de Pedro Nogueira Sobrinho, e Rosa Maria, naturais da cidade de Beja, a mãe era filha de Manuel Baptista Freire, e Ana Rosa, naturais da cidade de Lisboa.
Seu pai, que era ourives, queria que este filho, dando-lhe uma boa educação, não precisasse de seguir a mesma vida, segundo os usos, ou mania em Portugal, e como descobrisse nele uma extraordinária vivacidade, e sinais de talento, procurou dar-lhe os primeiros rudimentos da língua materna, pelo que o entregou a um seu amigo, de apelido Mendes, também ourives, quando José Agostinho já contava onze anos de idade.
Os progressos de José Agostinho causaram assombro nos mestres, e nos condiscípulos inveja, não deixando algumas vezes de excitar a indignação dos primeiros, e o ódio dos segundos com suas respostas, e ditos impróprios daquela tenra idade, principalmente um dia, em que se fazia a leitura de Camões, ele, cheio de ousadia, disse — Camões não presta — O seu mestre repreendeu-o, mas como ele insistisse, castigou-o, por tamanha blasfémia literária.

Como era usual na altura, a clausura monástica era um seguro asilo, onde a mocidade podia servir a Deus, a si, e aos outros, e facilmente subir ás mais altas dignidades, fosse qual fosse o berço em que o homem nascesse; ou, quando menos, um meio de fugir aos perigos, e incómodos da vida, pensou o pai, que tal vida convinha ao seu filho, cujos talentos cada dia se manifestavam de um modo extraordinário, e por isso, após frequentar em Beja os estudos necessários, para entrar na religião, tomou o habito de Santo Agostinho, dos Eremitas Calçados no Convento de Nossa Senhora da Graça, na cidade de Lisboa.
Nesta Ordem professou; e foi sacerdote com o nome de Fr. José de Santo Agostinho. Ali fez admirar os seus talentos, e algumas vezes tirou os padres de certos embaraços, como foi na ocasião da morte do conde de Vila Verde, que era descendente do grande Afonso de Albuquerque, ao determinar que este fosse enterrado na mesma sepultura do seu imortal ascendente, na Igreja do Convento onde este jazia, mas que pela nova forma que se lhe dera em consequência dos danos sofridos pelo terremoto do 1 de Novembro de 1755, tinha-se perdido a sua localização; declarando José Agostinho, onde esta se achava.
Pregava na sua Ordem com grande aplauso dos religiosos, e admiração de todos, mas, fazia-se admirar mais pelos seus talentos naturais, do que pelo seu estudo assíduo, também se fazia aborrecer pelo seu desmedido orgulho, e pelas suas leviandades e travessuras, praticadas, tanto no Convento da Graça em Lisboa, como no Colégio de Coimbra.

Como em toda a parte, se encontra quem alimente o maledicência, Fr. José encontrou na sua Ordem um companheiro, que se não tinha o seu talento, tinha contudo mais ideias para fomentar os tumultos com que constantemente afligiam a comunidade.
Tão indigno confrade, foi Fr. Francisco, natural da Vacariça; porém, como tais excessos não se poderiam tolerar numa casa particular quanto mais numa corporação religiosa, o prelado, que tinha estrita obrigação de os reprimir foi por isso obrigado, por vezes, a aplicar a estes perturbadores da comunidade as penas consignadas no Estatuto da Ordem; mas tais castigos aplicados a um caracter orgulhoso pelo talento como o de Fr. José, levaram este mancebo ao extremo de não poder suportar o jugo daquele sagrado Instituto; infeliz, porque nem mesmo aquelas cadeias, poderam prender o seu génio inquieto, que o levaram ao excesso de deixar a sua Santa Comunidade apostatando.
A apostasia não podia livrar Fr. José duma justa perseguição dos seus confrades, a quem faltava um irmão que era preciso conduzir ao seio da família pelos laços da religião, e que poderia ainda corrigir-se, e assim aproveitarem-se os talentos superiores dum mancebo, que poderia ser um dia o emblema da Ordem e da Pátria.
Mas melhores conselhos, ou pelo menos mais prudentes, prevaleceram nos conselhos da Comunidade. Deixaram de perseguir Fr. José de Santo Agostinho e deram-lhe a sentença de expulsão perpetua da Sagrada Ordem dos Eremitas de Santo Agostinho.
Quanto a Fr. Francisco não se sabe se foi também expulso, é porem certo que apareceu secularizado e que até o fim da sua vida, foi um homem duma vida muito desregrada.

Na vida secular. Fr. José de Santo Agostinho, tomou o nome de Padre José Agostinho de Macedo.
Macedo já não sofria a justa perseguição que se fazia ao apostata, mas sofria a perseguição da indigência, com que lutava, indigência que emanava do desprezo publico. Tão severa lição, dada pela Providencia a um indivíduo que conhecia o seu talento, mas que acabava de ser assim levado á humilhação, fê-lo pensar, e mudar de vida; para deste modo, poder entrar na sociabilidade dos homens. Mudou efectivamente de sistema, e começou a ser mais considerado. Durante o período de grande miséria foi socorrido pelas Religiosas Trinas do Rato, que foram quase exclusivamente, quem lhe mataram a fome, pelo que se compreende a razão porque ele tinha tanta afeição por aquela Casa; era em dever de gratidão, e a que só uma alma totalmente pervertida poderia faltar.

Mais comedido, Macedo começou a ser aceite no círculo dos homens de letras, e como era dotado de muita finura, e via que para não voltar á indigência, não tinha remédio se não aproveitar o seu engenho, devorou quantos Santorais, e Sermonarios encontrou, leu os Escritores Eclesiásticos, os Concílios, Historia Eclesiástica, Santos Padres, Escritura etc., tornou-se num bom pregador.
Mas sobretudo o meio mais eficaz que empregou para adquirir os conhecimentos sólidos com que enriqueceu o seu espírito, foi a amizade, e relações com distintos oradores, poetas, sábios, e literatos do seu tempo, que eram alguns, e com grandes méritos, pois bem sabia que valia mais uma conferencia com tais homens; do que muitos anos de estudo; e como tinha grande memória nada lhe escapava do que eles diziam, e consultava os autores por eles citados, correndo todas as bibliotecas de Lisboa; ouvia os grandes oradores, com muita atenção, com maior desejo de os exceder do que de os imitar.


                                                                        Vinheta tipográfica - Armas do Reino - na página de título
 MELLO, Joaquim Lopes Carreira de – BIOGRAPHIA DO PADRE JOSÉ AGOSTINHO DE MACEDO.
Seguida d'um catalogo alfabetico de todas as suas obras.
Porto, Typ. De Francisco Pereira d’Azevedo, Rua d'Almada n.º 388, 1854

Deste forma e, ajudado pelo seu engenho e arte, despido de todo o acanhamento em publico, começou a subir ao púlpito com tanta prontidão, e falar com tanto aplauso do auditório, que em breve se tornou célebre pelos seus discursos sagrados, que causavam mais admiração por serem improvisados do que pelo desempenho.
Na Quaresma, chegou a pregar seis, sete, e oito vezes, no mesmo dia, de forma inteiramente diferente, e, às vezes, sobre o mesmo assunto.
Quando o elogiavam nalguma Igreja, costumava dizer: “são fornadas”; como tais se podem chamar os sermões que pregou em 1820, e depois em 1823 e seguintes.
Um orador de mérito tão elevado não podia ficar no esquecimento dos homens protectores dos génios transcendentes, e Monsenhor Rebelo obteve-lhe do Príncipe Regente – o futuro D. João VI – a nomeação de Pregador Régio, por carta de 8 de Novembro de 1802.
No espaço de vinte e nove anos, muitas vezes teve a honra de pregar diante de Suas Majestades e Altezas.

Foi também nomeado Censor Régio do Patriarcado, lugar de grande consideração e respeito. A ultima graça régia que teve foi a de substituto do Cronista-Mor do Reino por decreto de 21 de Junho de 1830, como se pode ver do seguinte documento:

«Eu El-Rei. Faço saber aos que este Alvará de assentamento virem que por parte do Padre José Agostinho de Macedo Me foi apresentado um Alvará passado pela Meza do Dezembargo do Paço em 14 de Junho do corrente anno, pelo qual Fui servido Nomeal-o Substituto Chronista do Reino com o ordenado de 300$000, o qual Alvará lhe foi dado pela dita Meza em vista do Decreto de 21 de Junho do anno proximo passado. E pedindo-Me o sobredito agraciado lhe mandasse passar o presente a fim de poder haver aquelle vencimento pela estação competente: Em consideração, pois, e Attendendo ao que Me foi presente em informação do Escrivão da minha Fazenda, sobre o que respondeo o Conselheiro Procurador da mesma; Hei por bem que o sobre-mencionado Padre José Agostinho de Macedo tenha e haja, com o logar de Substituto Chronista do Reino, de seu assentamento em cada um anno 300$000, assentados e pagos pela Folha dos ordenados da Alfandega Grande d'esta cidade, com o vencimento do dia da mercê em diante. Pelo que mando aos Ministros Conselheiros do Conselho da Fazenda lhe façam assentar nos competentes Livros a referida addição, para annualmente hir na respectiva Folha, e ser-lhe pago como dito fica. Por quanto pagou de Novos Direitos 30 reis que foram carregados ao Thesoureiro d'elles a fl. 61 do livro 4.º da sua Receita, como constou d'um Conhecimento em forma registado a fl. 136 V.º do Livro 104 do Registo geral dos mesmos direitos, que se rompeo ao assignar d'este que valerá posto que seu effeito haja de durar mais d'um anno, sem embargo da ordenação em contrario e se cumprirá, indo por Mim assignada, tendo passado pela Minha Chancellaria, e sendo registada nos livros d'ella, Mercês e Fazenda. Lisboa 18 de Agosto de 1831.—REI—Doutor Diogo Vieira de Tovar e Albuquerque—João Manoel Guerreiro d'Amorim. Manoel Xavier da Gama Lobo o fiz escrever.—Domingos Antonio Barboza Torres a fez. De feitio e registo 800 reis. Passou-se por Despacho do Tribunal do Conselho da Fazenda de 11 de Agosto de 1831. Antonio Gonçalves Ribeiro. Gratis. Pagou 30 reis e aos officiaes nada por quitarem. Lisboa 10 de Setembro de 1831. Como Vedor José Bravo Pereira.»

Se o Padre Macedo não tivesse saído da sua Ordem, talvez tivesse feito melhor figura, onde tinha todos os elementos para a elevação, que na vida secular, e apesar de todos os seus esforços, sempre se lhe mostrou avessa. Os monarcas tiveram-no em toda a consideração, e premiaram o seu talento até onde a moral permitia que fosse, mas nunca o propuseram para o episcopado, que eram os desejos de José Agostinho.

O desembargador João da Cunha Neves e Carvalho Portugal, que, aquando da sua estadia em França, ouvira dizer ao cura de S. Tomas de Aquino (que aprendeu o português para ler as obras do bispo D. Jerónimo Osório), que o poema filosófico «A Meditação» era obra acabada, opinião partilhada por muitos outros literatos franceses.

Esta obra não foi uma produção de momento, como aquelas tão frequentemente saídas da pena de José Agostinho, e assim o parece demonstrar o original do dito poema, que existe na Torre do Tombo, e que tem no fim a seguinte nota, com a mesma letra, e que é a do autor:

«Foi começado este poema em 2 de Dezembro de 1793, e concluido n'este estado de possivel perfeição em que aparece a 5 de Janeiro de 1810»—Dedicado á Universidade de Coimbra com a data de 13 de Janeiro de 1810.

José Agostinho de Macedo, faleceu em Pedrouços, depois de uma doença prolongada de bexiga, ás 11 horas da manha do dia 2 de Outubro de 1831, tendo sido assistido pelo padre Manuel Barreiros, prior de S. Domingos de Benfica.

Jaze na Capela de S. Nicolau de Tolentino, da Igreja do Convento de Nossa Senhora dos Remédios das Religiosas Trinitárias, no sitio do Rato, em Lisboa.

D. Miguel, que então ocupava o Trono Português, mandou-lhe fazer o enterro e que este fosse em coche da Casa Real.
Este monarca, por quem Agostinho Macedo tanto dirimiu em polémicas em sua defesa, recebeu a chave do seu caixão, e, por sua ordem, se lhe tirou o molde em cera, para se lhe levantar um busto.

Ricardo Raimundo, que tinha sido o censor das obras de José Agostinho, escreveu o seu elogio necrológico.


                                                                                        José Agostinho de Macedo

Mas se por um lado, houve quem quisesse deprimir o seu talento como homem que pertence á nossa Historia política e cultural, também houve quem lhe fizesse justiça, entre estes citaremos o Dr. António Manuel do Rego Abranches, homem, que em política foi oposto a Macedo, mas que na pequena biografia que serve de introdução ao Catalogo das obras do padre diz:

"Hum sentimento de patriotismo em fazer conhecer as muitas obras impressas de José Agostinho de Macedo nos incitou a imprimir o presente Catalogo por não haver impressa alguma noticia exacta das suas producções litterarias, nem ao menos Catalogo das que correm impressas, de que o titulo mesmo de muitas d'ellas he ignorado existindo apenas essa diminuta resenha publicada na nova edicção do Motim Litterario pelo auctor da Biographia historica e Litteraria, que não quiz dar-se a trabalho pensando talvez não tornar elle o Traductor da Batrachomyomachia alguma cousa mais em Philologia nem mais lhe auctorisou o vislumbre de renome, e d'aura popular.1 Com o nome de Fr. José de Santo Agostinho foi sacerdote professo da Ordem dos Eremitas de Santo Agostinho calçados, da qual secularisando-se voltou ao seculo. Foi Prégador Regio, Censor do Ordinario, Academico da Arcadia de Roma com o nome entre os seus Alumnos de Elmiro Tagideo, homem de talento, grande memoria, e vasta erudição, em fim um sabio, de que seus escriptos são o elogio."

Além de muitos panfletos como o famoso «Os Burros» (1827), escreveu toda uma série de poemas de tema filosófico, de que se destacam: «Contemplação da Natureza» (1810), «O Novo Argonauta» (1809), «O Motim Literário em forma de Solilóquios» (1811), «A Meditação» (1813), «Newton» (1813), «Cartas Filosóficas a Ático» (1815), «Viagem Extática ao Templo da Sabedoria» (1830) «A Criação» (1845)
O seu grande cometimento literário foi o poema épico «Gama» (1811), cuja 2ª edição, em 1814, se intitulou «O Oriente». É uma tentativa confessada de emendar aquilo que considerava errado em «Os Lusíadas», de Camões, e de fazer justiça a certos heróis que este deixara na sombra.

Para os mais curiosos deixo aqui o “link” para uma das suas obras mais famosas «Newton»:

Saudações bibliófilas