"Se não te agradar o estylo,e o methodo, que sigo, terás paciência, porque não posso saber o teu génio, mas se lendo encontrares alguns erros, (como pode suceder, que encontres) ficar-tehey em grande obrigação se delles me advertires, para que emendando-os fique o teu gosto mais satisfeito"
Bento Morganti - Nummismologia. Lisboa, 1737. no Prólogo «A Quem Ler»
sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017
Donald Heald Rare Books, Prints & Maps – uma livraria de sonho!
sábado, 26 de janeiro de 2013
O orientalismo na bibliofilia
Nouvelle édition, possiblement la seconde, après l'originale parue de 1739 à 1740. Pages de titre en rouge et noir. Plein veau brun marbré d'époque. Dos lisse orné. Pièces de titres et de tomaisons en maroquin rouge. Coiffe du tome VI arrachée. Frottements. 6 coins émoussés. Page de garde après le texte du tome V déchirée avec manque. Bel exemplaire.
sábado, 5 de setembro de 2009
Conversa bibliófila: uma divagação sentimental

Como habitualmente, neste tipo de objectos, tem na face anterior pintados os 14 sonhos de Trishala
Recentemente, tive um problema de saúde, que me obrigou a um curto período de internamento hospitalar e do qual ainda me encontro em fase de convalescença.
Nada melhor do que sentirmos que a vida nos pode escapar por entre os dedos, como grãos de areia, para reflectirmos um pouco sobre o significado dessa mesma vida e das marcas que nela deixámos para a nossa posteridade.
Será que fizemos algo de que nos possamos orgulhar, ou passámos apenas ao lado dela sem que tivéssemos deixado qualquer testemunho da nossa passagem.
Tudo isto, para vos dizer que me orgulho de ter começado a escrever este Blog há cerca de seis meses.
Ao contrário do idealismo “romântico” inicial, vejo-o agora com outros olhos muito mais pragmáticos.
Não pretendo escrever um “best-seller” (aliás nem para isso tenho habilidade) e, para mais, o tema é extremamente árido para a maioria dos cibernautas e, com a agravante, de nem todos os bibliófilos o serem.
Ainda que se encontrem livros de Harry Potter em Catálogos de Livrarias conceituadas isso não significa nada para mim.
O comércio do livro antigo é um negócio como qualquer outro e, para mais, tem nuances e gostos de época, de que os seus intervenientes tem de se saber aproveitar ... o negócio obriga!

Mas, é sempre com alegria e um certo orgulho que vejo, que um pouco por todo o lado, lêem as minhas simples e modesta reflexões e exposições ... é certo que poucos comentam, mas se calhar o erro é meu, pois não digo nada assim de tão importante que se justifique estar a retorquir.
Perdoem-me os outros leitores, mas quero aqui fazer duas referências: “Anita” seguidora quase desde a primeira hora e um leitor anónimo de Álvaro, quase desde a mesma altura igualmente, por ser a terra de origem dos meus familiares paternos ... cheguei a uma das minhas origens!
Também nunca imaginei que António Nobre e o seu livro «Só» fossem tão procurados no Brasil assim como Camilo Castelo Branco.
Curiosamente, tenho aprendido muito com o que tenho publicado – as pesquisas que faço, os contactos que estabeleço, os novos dados que encontro são elementos que enriquecem bastante os meus modestos conhecimentos – mas também pelo que é ou não lido, o que despertou mais interesse assim como com o que recolho dos vossos comentários.
De facto não ensinei nada – nem era esse o meu propósito, pois eu «Só sei que nada sei!» - mas em contrapartida aprendi muito.

Deixo-vos hoje como ilustrativo desta minha reflexão / divagação um porta-manuscritos indiano do século XIX. (Rajasthan) que se insere na divulgação da bibliofilia oriental e do simbolismo que muitas vezes encerra (como é o caso deste objecto).
Espero compartilhar convosco outros documentos e, sobretudo, ideias para que “esta coisa de bibliofilia” seja “tão concreta e definida como outra coisa qualquer” como diz o poeta (A. Gedeão)
Saudações bibliófilas.
domingo, 16 de agosto de 2009
«Bouwman Oriental Books»


Aqui ficam dois exemplares escolhidos um pouco ao acaso:


Title: Toldot Yitzhok
Language in hebrew printed book paper
Place/date: Mantua by Vinturin Rufanelli 1558
physical app. Hebrew paper, 81 fols, 292x195mm, old hands, age and damp staining, wide margins. A very good copy bound in later half cloth boards. bibliogr.
Nr. prhebr140

Context: Commentary on the Pentateuch, which includes literal, homiletic, kabbalistic, and philosophical interpretations by R. Isaac b. Joseph Caro (c. 1458 - c. 1535), Spanish scholar who lived at the time of the expulsion of the Jews from Spain in 1492. He was a native of Toledo, where he headed a yeshiva. Several years before the expulsion he moved with his yeshiva to Portugal. When the expulsion of the Jews from Portugal was decreed in 1497 he escaped to Turkey where he became one of the rabbis of Constantinople. There he published Toledot Yizhak (Constantinople, 1518). His book reveals him as a man of very wide culture. Its extreme popularity is evidenced by the fact that four editions were published in the short period of 14 years. In the introduction he describes the many hardships, including the death of his children, which he endured during his wanderings. He adopted his nephew, R. Joseph Caro, the author of the Shulhan Arukh, who frequently mentions him in terms of the highest admiration. He states his desire to settle in Erez Israel but it is not clear whether he was able to fulfill his wish. Only remnants of his other works remain. Three of his responsa appear in the works of R. Joseph Caro (Avkat Rokhel, Salonika 1791, no. 47, 48; Bet Yosef, Salonika 1598, on Even ha-Ezer, end). In his introduction to the latter work R. Judah, the son of R. Joseph Caro, declared his intention of collecting and publishing the rest of Isaac's responsa. Some of them are extant in manuscript (JTS, no. 0348). He also wrote novellae to tractate Ketubbot (Margoliouth, Cat, 535/2–3). His homilies under the title Hasdei David are in manuscript. Remnants of his commentary on Avot are quoted in the Midrash Shemu'el (Venice, 1579) of R. Samuel de Uceda.
Keyword(s) Toldot Yitzhok (Kabbalah) R.Isaac b. Joseph Caro
Espero que a vossa “visita virtual” vos tenha despertado o interesse para este tipo de impressões, quer pela sua beleza estética quer pela excelente qualidade de impressão.
Saudações bibliófilas.