quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Bauman Rare Books – Catalogue: November Holiday and Gifts 2010





Eis que nos chega o Catalogo da Bauman Rare Books para a quadra natalícia que se avizinha. Trata-se dum Catálogo francamente virado para o mercado americano, mas mesmo assim podem-se destacar algumas obras que nos poderão interessar … claro que os preços continuam sempre um pouco fora do nosso alcance.




1. BIBLE. The Holy Bible Containing the Bookes of the Old and New Testament.
Cambridge, 1660, 1659. Folio (12 by 17 inches), period-style full calf gilt.

Como abertura, apresenta esta Bíblia – peça perfeitamente enquadrada com este período – numa encadernação excelente bem ao estilo clássico: “Large Folio King James Bible, Cambridge 1660, Illustrated With Several Double-Page Engravings, With Wonderful 17th-Century Presentation Inscription And Fine Large Jerusalem Map, Magnificently Bound”


7. SHAKESPEARE, William – The Works of Shakespear. Oxford, 1743-44.
Six volumes. Quarto, period-style full brown mottled calf gilt.

William Shakespeare também se encontra presente com duas obras que julgo ninguém desdenharia possuir na sua biblioteca:

 
143. SHAKESPEARE, William – Julius Caesar. A Tragedy. London, 1691.
Quarto, modern three-quarter burgundy morocco custom clamshell box.

Para os coleccionadores de Ernest Hemingway temos a sua obra mais rara e procurada, In Our Time, numa excelente condição. Claro que o preço está conforme, pelo menos para a bolsa dos americanos!


14. HEMINGWAY, Ernest – In Our Time. New York, 1925.
Octavo, original black cloth, custom cloth chemise and slipcase.

Trata-se da sua primeira obra publicada nos Estados Unidos (apenas 1335 exemplares) tendo esta ainda a valorizá-la mais uma dedicatória autografa de Hemyngway para Eric Edward “Chink” Dorman-Smith:
  

67. (CHILDREN’S LITERATURE) (RACKHAM, Arthur) IRVING, Washington.
The Legend of Sleepy Hollow. London,1928.

Para terminar, refira-se que o livro infantil está muito bem representado. Categoria já com um bom mercado e em que as obras são frequentemente bem cotadas, até pela sua habitual raridade, pois muitos foram-se perdendo ao longo dos tempos.


21. (JERUSALEM) PÂRIS, Francois Edmond. Souvenirs de Jerusalem.
Paris, circa 1861.

Bom aqui fica mais este convite para a consulta dum belo catálogo a que esta livraria-antiquária já nos habituou.

Saudações bibliófilas.

3 comentários:

  1. Cuando veo libros así los ojos me salen de las órbitas!
    A pesar de todo, es curioso el precio de Heminwgay en comparación con el Julio César de Shakespeare!

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  2. Siempre me ha llamado la atención en USA los altos precios de las ediciones modernas. ¡168.000,00 $! por "The Great Gatsby" de Scott Fitzgerald. Cifras que acompañan a grandes ediciones renancentistas o buenísimos incunables (Un muy buen ejemplar del "liber chronicarum" no alcanzaría esta cifra).

    Debe ser curioso conocer al bibliófilo, y su escala de valores bibliófilos, que disponiendo de esta cifra para comprar un solo volumen, se quedaría con el "Gatsby".

    Saludos bibliófilos.

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  3. Amigos Galderich e Lamberto Palmart,

    Como já perceberam este Catálogo sempre me fascinou pela sua apresentação gráfica e pela excepcional qualidade da maioria dos livros que apresenta; no entanto, não deixo de estar de acordo convosco - os preços são, no mínimo, um pouco estranhos.

    Mas, e esta é uma opinião meramente pessoal, ainda que baseada em conversas com alguns livreiros-antiquários e pelo seguimento dos resultados de alguns leilões, quer em Portugal, quer no estrangeiro: a literatura está na moda e em especial a dos sec. XIX-XX (sobretudo este último) enquanto o livro antigo se encontra um pouco em retracção no mercado bibliófilo (como sempre existem modas); quanto aos americanos sempre foram muito “nacionalistas” no tocante às suas preferências bibliófilas e Hemingway é um dos autores com excelente mercado nos USA.

    Independentemente de se tratar da sua obra mais rara, o seu preço é exageradamente elevado, mesmo em relação a outros exemplares que aparecem – muito raramente e eu nunca vi nenhum com estas qualidades de conservação e, para mais, autografado (outra das grandes paixões dos americanas).

    Também como já referi, parece-me haver uma certa procura para “investimento puro” na bibliofilia em detrimento de outras áreas de grande risco no presente: o mercado accionista e o imobiliário e, para mais, não há imposto sobre a sua posse – por enquanto! – o que é um factor bastante aliciante para qualquer investidor.

    E sendo assim, quem investe fá-lo no que poderá render e dar lucros e não naquilo que é de facto um valor patrimonial de raridade inquestionável e de estudo bibliófilo … para isso é só preciso ter dinheiro, o que falta muitas vezes nos bolsos do bibliófilo apaixonado pelos livros como objecto de estudo e de colecção e não como uma fonte de lucro (e por quantas dificuldades muitos de nós passamos para adquirir muitas obras!)

    Um abraço com amizade

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