quarta-feira, 13 de maio de 2009

Louis Maimbourg um historiador controverso

MAIMBOURG, Louis - Histoire de la Ligue
Chez Sebastien Mabre-Cramoisy, Paris 1683, in-4, 19,5 X 26 cm, Encadernado. E.O.
Armas gravadas nas pastas
Encadernação inteira em pele da e época, lombada com 5 nervos ornados de caixotões e ferros dourados, capas com as armas “IHS” ornados de um largo rendilhado dourada de motivos vegetais e florões de ângulo em enquadramento, rendilhado dourado sobre os rebordos das capas e das coifas, corte das folhas dourado.
Frontispício
Ornado dum frontispício desenhado por Licherie e gravado por Baudet, com várias vinhetas e letrinas

Colação : 2 fls brancas, frontispício, 1 pag. de título, 19 pgs de introdução, 9 pgs de sumário, 539 pgs paginadas, 12 fls de indice, 1 pag. de privilégio, 2 fls brancas.

A Liga Católica ou Santa Liga ou Santa União é o nome dado a um agrupamento de católicos, criado na Picardia, em 1576. Foi apoiado pelo Papa Sixto V, Jesuítas, e Filipe II da Espanha

Louis Maimbourg

Louis Maimbourg, nasceu a 10 de Janeiro de 1610 em Nancy e faleceu em 13 de Agosto de 1686 em Paris, foi um homem de Igreja e historiador do Ducado da Lorraine.
Foi jesuita de 1626 para 1682. Depois de algum tempo como professor em Dijon (1630-1634) fez estudos de Teologia que começou em Paris (1634-1636) e prosseguiu na Universidade Pontifical Gregoriana de Roma (1636-1638). Foi ordenado padre em 1637. Ensinou durante dez anos as Humanidades no Colégio dos Jesuítas em Rouen, seguidamente tornou-se pregador.
Manteve violentas controvérsias com os Jansenistas e contestou nomeadamente a sua tradução da Bíblia.
A sua defesa pública e vigorosa de Luís XIV, no conflito que o opunha ao Papa Inocêncio XI, teve como consequência ser expulso da sua Ordem por este em 1681.
Mas Luís XIV concedeu-lhe uma pensão e o direito de residir na Abadia de Saint-Victor de Paris. Foi um historiador prolifero. Voltaire lamentava que tivesse sido demasiado ignorado e do qual dizia no seu “Siècle de Louis XIV”: « Il y a encore quelques-unes de ses histoires qu’on ne lit pas sans plaisir. Il eut d’abord trop de vogue, et on l’a trop négligé ensuite. Ce qui est singulier, c’est qu’il fut obligé de quitter les jésuites, pour avoir écrit en faveur du clergé de France. » (1751). Pierre Bayle, em contrapartida, foi muito mais crítico da sua obra, em especial da sua "Histoire du calvinisme" (1682) ("Critique de l’histoire du calvinisme du Père Maimbourg", 1683).

Obrigado pela leitura e vossos comentários
Saudações bibliófilas.

3 comentários:

  1. Preciosa encuadernación y grabados nos ofreces en este libro en la que la política y los jesuitas (cuyo anagrama reza en las cubiertas) se ven envueltos en el siglo XVII y que culminará en el siglo XVIII.
    Un hermoso ejemplar con un texto que también debe revelar más de una sorpresa!

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  2. Rui.
    Hermoso grabado, muy interesante el tema del libro y llamativo el destino del historiador( debe de existir una intrincada trama, atrás de la expulsión de la orden). La encuadernación en verdad soberbia.
    Muchas gracias por compartirlo.
    Rui y Galderich
    ¿que nadie duerme en Europa?
    Saludos bibliófilos

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  3. Gracias por vuestros comentarios.
    Es un placer compartir las mías experiencias, los míos “libritos” y los míos pocos conocimientos bibliográficos con vosotros.
    Eso es estupendo. Me da un grande placer escribir con la certitud de qué alguien pueda aprender cualquier cosa o discordar y me lo decir sin alguno problema para mí…
    Saludos bibliófilos.

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