domingo, 7 de junho de 2015

Eclética Livraria Alfarrabista – Leilão de Biblioteca Particular (III Parte)




159. MANUSCRITO. s.d. – [ESCUDOS de Portugal]. 247 brasões, [7] ff.; 215 mm. Encadernação inteira de pele do séc. XVII, cansada; corte das folhas dourado e cinzelado; folhas dos brasões em bom estado geral, sem defeitos de maior. [€ 1 000,00 — 1 500,00]


Ecléctica – Livraria Alfarrabista vai realizar na sua Sala de Leilões na Travesa André Valente, 26 o Leilão de uma Biblioteca Particular (III Parte) no dia 16 de Junho, em Lisboa, nas  suas novas instalações.



O Leilão decorrerá a 16 de Junho de 2015 pelas 21h15

A Exposição terá lugar nos dias:
12 a 15 de Junho
das 11h00 às 13h00
das 15h00 às 19h00

O catálogo é uma selecção de obras de grande valor, incluindo um exemplar da primeira edição da História, Conquista e Descobrimento da Índia de Fernão Castanheda, um Atlas Maior de Blaeu, considerado por muitos o maior e o melhor atlas alguma vez publicado no mundo ou a primeira edição dos Sonetos de Antero, também conhecida por edição de Sténio, além de várias obras da tipografia portuguesa do século XVI, obras raras sobre os descobrimentos e conquistas portuguesas no oriente entre outras obras.

Mas vejamos então algumas destas preciosidades.

[As imagens deste catálogo, apesar de obtidas a partir dos exemplares nele constantes, são apenas ilustrações, não podendo, portanto, tirar-se qualquer ilação sobre o seu estado de conservação. - Nota do Organizador]



3. AFONSO (Diogo)HISTOREA da Vida e Martyrio do glorioso sancto Thomas Arcebispo, senhor de Cantuaria, Primas de Inglaterra, Legado perpetuo da sancta see Apostolica, treladada nouamente de Latim em lingoage Portugues. Coimbra: João Alvarez, 1554
[]4, A-T8, V4, X6; [8], ccci, [20] pp.; 185 mm. Encadernação de Frederico de Almeida em pergaminho com o super-libris heráldico de Miguel de Faria e decoração a seco nas pastas e lombada, rótulo grená com títulos a ouro na lombada; ex-libris de Miguel de Faria; corte das folhas carminado; limpo; com falta do último fólio da ‘Taboada’, apresentando-se uma cópia manuscrita do mesmo. [€ 400,00 — 600,00]
25. BENADUCCI (Lorenzo Boturini) – IDEA de uma Nueva Historia General de la America Septentrional. En Madrid: en la Imprenta de Juan de Zuñiga, 1746.

¶-5¶4, A-X4, *4, A-M4; portada, retrato, [40], 168, [8], 96 pp.; 205 mm. Bom exemplar; encadernação em pergaminho da época com folhas de guarda novas; manchas ocasionais.
[€ 800,00 — 1 200,00]

PRIMEIRA edição desta descrição histórica e de costumes do México, ilustrado com uma portada alegórica com o retrato de Fernando VI e um retrato do autor.

Lorenz o Boturini, oriundo de uma família humilde, estudou em Milão e viveu em Trieste e Viena.
Supostamente obrigado a deixar a Áustria por causa da guerra com Espanha, fixou-se em Portugal procurando incorporar-se na corte de Lisboa. Não o conseguindo logo se voltou para Espanha. Indo para Zaragoza conheceu um militar aragonês, Manuel Codallos que lhe falou da “Nova Espanha” e de interessantes notícias como a dos rumores de uma imagem milagrosa na Cidade do México, Nossa Senhora de Guadalupe. Em Madrid conheceu a Condessa de Santibáñez que supostamente possuía privilégios de renda concedidos à sua linhagem por ser supostamente descendente do soberano mexicano Motecuhsoma Xoxouotzin.
Boturini foi então para a América tendo chegado em 1736, aí permanecendo 8 anos, tratando familiarmente com os índios, cuja língua aprendeu, e com espanhóis eruditos, formando um museu precioso constituído por manuscritos, mapas e pinturas antigas mexicanas.Suspeito de crime, apreenderam-lhe toda a colecção e foi enviado preso para Espanha, tendo aí sido julgado e absolvido, acabando por morrer na miséria em 1781.
Esta sua obra, dividida em duas partes, fala das tradições e história dos indígenas mexicanos e possui uma última parte com um ‘Catalogo del Museo historico indiano del Caballero Lorenzo Boturini Benaduci [...]’. Raro e valioso.

§§ Brunet, v. 1, c. 1146



27. BLAEU (Jan) – ATLAS Mayor, sino Geographia Blaviana, en la qual exactamente se descrive la tierra, el mar, y el cielo. Amsterdam: Jan Blaeu, 1658-1662 11 v.; folio, como se segue.

Vol. 1: NUEVO Atlas o Teatro del Mundo. Amsterdam, 1658. Frontispício, 70 mapas, incluindo o importante mapa mundo tido como um dos melhores alguma vez impresso.
Vol. 2: NUEVO Atlas de las Partes Orientales de Europa. Amsterdam, 1658. Frontispicio e 29 mapas.
Vol. 3: PARTE del Atlas Mayor, o Geographia Blaviana, que contiene las cartas y descripciones de Alemania. Amsterdam, 1662. Frontispício e 96 mapas; pasta posterior da encadernação com mancha.
Vol. 4: PRIMERA Parte de los Paises Baxos o Bélgica Real. Amsterdam, 1663. Frontispício, portada com vinheta gravada “Paises Baxos o Belica dividida en dos partes...” e 63 mapas.
Vol. 5: NUEVO Atlas del Reyno de Inglaterra. Amsterdam, 1659. Frontispício e 58 mapas.
Vol. 6: NUEVO Atlas de los Reynos de Escocia e Yrlanda. Amsterdam, 1659. Frontispício gravado e 55 mapas
Vol. 7: ATLAS Mayor o Geographia Blaviana que contiene las cartas y descripciones de Francia y Helvetia. Amsterdam, 1662. Frontispício gravado e 69 mapas em 66 fol.; mancha de humidade na margem superior de cerca de metade do volume; pasta anterior com mancha.
Vol. 8: Geographiae Blavianae Volumen Octavum quo Italia, Quae Est Europae. Amsterdam, 1662. Frontispício com vinheta gravada e 60 mapas.
Vol. 9: Geographiae Blavianae Volumen Nonum Quo Hispania, Africa et Asia, continentur. Amsterdam, 1662. Frontispício com vinheta gravada (com acrescento de papel modificando o título), dedicatoria a Felipe IV e 28 mapas (8 deles do Escorial).
Segue com frontispício próprio: AFRICA quae est Geographiae Blavianae pars tertia. Amsterdam, 1662. Frontispício com vinheta gravada e 13 mapas. Segue com frontispício próprio: ASIA quae est Geographiae Blavianae pars quarta libri duo, volumen decimum. Frontispício com vinheta gravada, frontispício gravado e 11 mapas. 1 fol. de índice. Total do volume, 52 mapas; manchas de humidade, restauros, a sua maioria na dobra das gravuras da parte da Hispania.
Vol. 10: NOVUS Atlas Sinensis a Martino Martinio. Amsterdam, 1658. Frontispício gravado, outro frontispício com vinheta (Atlas nuevo de la extrema Asia o descripción geographica del Imperio de los Chinas) e 17 mapas.
Vol. 11: AMERICA quae est Geographiae Blavianae pars quinta, liber unus. Volumen undecimum. Amsterdam, 1662. Frontispicio com vinheta gravada e 23 mapas. Algumas manchas. Volumes 8, 9, 10 e 11 da edição latina. Encadernações com pastas em pergaminho e lombada em pele da época, decoradas a ouro nas pastas e lombadas; atilhos (faltando alguns); carimbos de posse na margem de alguns folios “L. Escriva de Romani”. De forma geral um bom exemplar com ligeira acidez. [€ 70 000,00 — 100 000,00]



A MAIS RARA edição do maior e melhor Atlas alguma vez publicado, sendo o ponto mais alto de décadas de trabalho pela família Blaeu.
Entre 1662 e 1672 Joan Blaeu publicou o seu famoso ‘Atlas Maior’ em Amsterdão. O Atlas foi publicado em latim, francês, holandês e espanhol e, dependendo da edição, encadernado em nove a doze volumes. Com perto de 600 mapas cobrindo o mundo conhecido de então, o Atlas foi o maior e mais caro livro publicado no século XVII. Por mais de 100 anos, a obra de Blaeu foi o Atlas padrão usado em todo o mundo e hoje é desejado por muitos coleccionadores no mundo inteiro.
A história desta extraordinária empresa começa com Willem Janszoon Blaeu, nascido em 1571 e discípulo de Tycho Brahe, o famoso astrónomo dinamarquês. Willem funda, em 1599 em Amsterdam uma oficina de construção de globos e instrumentos vários, logo se expandindo para a impressão de mapas e livros com mapas marítimos. Ao mesmo tempo, Willem planeava a impressão de um atlas mais ambicioso que incluía os mais actualizados mapas do mundo conhecido, mas o processo foi lento e só com a inclusão de alguns mapas do Atlas de Mercator de Jodocus Hondius II, permitiu a sua publicação em 1630 com o título de ‘Atlantis Appendix’. Só cinco anos depois conseguiu terminar a publicação do seu ‘Atlas Novus’ ou ‘Theatrum Orbis Terrarum’ em dois volumes.
Em 1638, Willem morre e deixa o seu negócio aos seus filhos Joan e Cornelis que continuaram e aumentaram a obra do pai. Depois da morte de Cornelis, Joan dirige a publicação de uma nova série em 6 volumes completada em 1655. Assim que terminou, iniciou o projecto de aumentar ainda mais o seu Atlas e, em 1662 finalmente publica o seu ‘Atlas Maior’.
A raríssima edição espanhola, em contraste com as restantes edições em outras línguas, foi impressa ao longo de 15 anos, em tiragens mais pequenas, com frontispícios próprios e não foram numeradas. A origem deste projecto está na decisão de publicar um Atlas Nuevo de España com o volume da Escócia, publicado pela primeira vez em 1657 e o da China no ano seguinte. Apesar de ser o nono volume da série, na verdade foi o último a ser impresso, em 1672, ano em que um incêndio destruiu grande parte das chapas e mapas já impressos do Atlas Maior e que levou ao abandono do projecto de um outro volume para Ásia, África e América.
Este é, e sem dúvida ainda permanece, o mais significativo trabalho do género alguma vez realizado.



40. CAMÕES (Luís de)RIMAS de Luís de Camões. Primeira parte novamente acrescentadas, & emendadas nesta Impressão. Dirigidas a D. Gonçalo Coutinho [...]. Em Lisboa: Por Antonio Alvarez, 1621.

8.º; ¶8, A-Z, A, b8, c7; [8], 202, [5] ff.; 200 mm. Exemplar com ligeira acidez e corte das folhas carminado; soberbamente encadernado em chagrin vermelho, extraordinaria e sobriamente decorada a ouro nas pastas, lombada e seixas e folhas de guarda em seda, assinada Victor Santos. [€ 1 500,00 — 2 500,00]
Edição raríssima das Rimas de Camões, não referenciada por Ameal ou Samodães. O catálogo de Fernando Palha considera-a “très rare et recherchée”. Segundo José do Canto, esta edição foi inteiramente realizada da mesma forma que a edição de 1607 e, apesar da indicação de ‘quinta impressam’ no Prólogo ao leitor, trata-se, de facto, da 6.a, sendo que nunca chegou a publicar a segunda parte desta obra.

§§ José do Canto, 23; Inocêncio, v. 13.º, n. 24; Palha, 1627.



46. CASTANHEDA (Fernão Lopes de)[HISTÓRIA do descobrimento e conquista da Índia pelos portugueses]. Coimbra: João Barreira & João Álvares, 1552-1561.

8 partes como se segue:

Vol. I: HISTORIA do descobrimento & conquista da India pelos portugueses. Coimbra, João de Barreira, 1554. []2, A-L8, M5; [4], ccii pp. Segunda edição.
Vol. II: HISTORIA do livro segundo do descobrimento & conquista da Índia pelos Portuguezes. Coimbra, João de Barreira e João Alvares, 1552. ¶4, A-P8; [8], 239, [1] pp.; ilustrado com várias xilogravuras no texto; primeiro fólio de texto com aparo excessivo, cortando muito ligeiramente a cercadura do texto.
Vol. III: HO TERCEIRO livro da História do descobrimento & conquista da Índia pelos Portuguezes. Coimbra, João de Barreira e João Alvares, 1552. []2, A-T8, V6; [4], 303, [5] pp.; pequenos restauros junto ao festo no frontispício e nos fólios A3 e A6.
Vol. IV: Os LIVROS quarto & quinto da História do descobrimento & conquista da Índia pelos Portuguezes. Coimbra, João de Barreira e João Alvares, 1553. []4, A-D8, E6, F-N8, O4; [8], ccx, [2] pp.; cadernos A e B com pequenos restauros marginais; aparo excessivo nos fólios []2, A2, C5, G6, I3 e I6 afectando assinaturas ou títulos.
Vol. V: HO LIVRO SEXTO da História do descobrimento & conquista da Índia pelos Portuguezes. Coimbra, João de Barreira, 1554. []2, A-M8, N3; [4], cxcviii pp.; fólio A2 facsimilado; aparo excessivo afectando a assinatura no folio B2; ocasionais restauros marginais.
Vol. VI: HO SEITIMO livro da História do descobrimento & conquista da Índia pelos Portuguezes.
S.l., s.n., 1554. []2, a-k8, l6; [4], clxvi pp.
Vol. VII: HO OCTACO livro da História do descobrimento & conquista da Índia pelos Portuguezes. Coimbra, João de Barreira, 1561. []2, A-R8, S6; [4], 283 pp.; aparo excessivo no caderno A afectando assinaturas, folio S6 restaurado e espelhado não afectando a mancha tipográfica; algumas manchas.

No total 7 volumes. UM BELÍSSIMO EXE MPLAR, com poucos defeitos; encadernações inteiras de pergaminho moderno, decoradas com filete simples a ouro nas pastas e títulos a ouro nas lombadas; corte das folhas carminado; guardado em duas caixas em tela branca. [€ 60 000,00 — 80 000,00]

PRIMEIRA parte da segunda edição, restantes partes da PRIMEIRA edição, RARÍSSIMA, desta extraordinária obra quinhentista, provavelmente a mais importante que então se publicou sobre a chegada à Índia. Segundo António José Saraiva, a ‘História do descobrimento e conquista da Índia’«é talvez a exposição de conjunto mais objectiva e exacta da expansão dos portugueses no Oriente.»
Fernão Lopes de Castanheda trabalhou cerca de 20 anos nesta sua obra, tendo falecido de forma bastante modesta em Coimbra em 1559. D. Manuel e Inocêncio dizem que nasceu em Santarém, cerca de 1500. Entrando muito novo para a ordem de S. Domingos, da qual saiu pouco depois, partiu com seu pai, Lopo Fernandes de Castanheda, em 1528, para a Índia com a armada de Nuno da Cunha aí passando 10 anos. Durante esse tempo estudou os documentos, colheu informações e falou com aqueles que tinham presenciado os factos sobre os quais desejava escrever. A obra começa com o descobrimento do caminho marítimo e pretendia terminar com o segundo cerco de Diu em 1546, mas o seu projecto nunca terminou, acabando apenas por serem publicados 8 volumes dos 10 planeados, tendo-se apenas salvado 31 capítulos do livro 9, copiados pelo jesuíta Maffei. D. Manuel, “excessivamente rara”: Inocêncio, “raríssima edição”.

§§ Dicionário de História de Portugal, v. 1, p. 520; D. Manuel, 295; Inocêncio, v. 2, p. 284; Travel and Exploration, 617; Anselmo 130, 131, 132, 159, 290, 291 e 297; João Ruas, D. Manuel, v. 1, 101.



86. DESCARTES (René)DE HOMINE Figuris et Latinitate Donatus a Florentio Schuyl [...]. Lugduni Batavorum: Apud Franscicum Moyardum & Petrum Leffen, 1662.

4.º; a-d4, e2, A-P4, Q2; [36], 121, [1] pp., 10 gravs.: il.; 215 mm. Encadernação em pergaminho rígido da época; em bom estado geral de conservação, apenas com acidez em poucos fólios e um corte de traça marginal no final do volume. [€ 800,00 — 1 000,00]

RARÍSSIMA primeira edição deste importantíssimo texto de René Descartes onde o filósofo desenvolve o seu conceito de dualismo corpo-mente e o automatismo animal no homem, considerado por muitos como um apêndice fisiológico do seu Discurso do Método. Nesta obra Descartes defende que o corpo humano seria como uma máquina sujeita às leis da natureza e de que a alma, pelo contrário, era imaterial e portanto, não seguia as leis naturais.
A obra está ilustrada com 10 gravuras à parte e mais 54 no texto, muitas de página inteira, representado partes do corpo humano.
A primeira edição em língua francesa apareceu 2 anos depois, em 1664.



147. MANUSCRITO. 1730BRAZÃO DARMAS De Alvaro Pinto de Souza e Carvalho Coutinho. [8] ff. em pergaminho; 310 mm. Encadernação da época em tecido, vestígios de atilhos, cansada; carta em bom estado geral de conservação. [€ 2 000,00 — 3 000,00]

FANTÁSTICA carta de Brasão de Armas de Álvaro Pinto de Sousa e Carvalho Coutinho, escrita em pergaminho, iluminada. A Carta possui: f. 1, em branco; f.2. portada com os dizeres “Brazao Darmas Anno de 1730; f. 2 vo com uma bonita pintura com motivos florais; f. 3. Novo frontispício com o título indicado em cima ao centro de uma bonita pintura que a decora; f.3 vo com uma pintura de temática militar; f. 4 começa a carta; f. 5 o brasão de armas; termina a carta no fol. 6 vo; f. 7 com nova pintura de temática militar; f. 8 em branco.



199. QUENTAL (Antero de)SONETOS. Coimbra: Sténio [Alberto Teles], 1861.
XII, 23, [3] pp. Exemplar que ostenta um poema na última página em branco, manuscrita e assinada João de Deus, autor a quem é dedicada a obra por Antero. Encadernação moderna inteira de pele; acidez; sem capas. [€ 3 000,00 — 5 000,00]

RARÍSSIMA primeira edição e, sem sombra de dúvida, uma das obras da literatura portuguesa de oitocentos mais raras, senão mesmo a mais rara.
Obra inaugural da vida literária de Antero, contém 21 sonetos editados por Alberto Teles usando o pseudónimo ‘Sténio’, nome pelo qual é também conhecida esta edição e na qual também colabora com um poema de sua autoria.
Sobre a importância dos sonetos na obra poética anteriana escreve Fátima Freitas Morna, «[...] a primeira obra impressa do poeta fora, em 1861, um conjunto de 21 sonetos [...] dedicado a João de Deus num prólogo em que A.Q. situa, remetendo-o para o amigo, o ressurgimento do soneto. Trata-se de, num movimento similar ao que se verifica nas Odes, procurar possibilidades expressivas novas no interior de uma tradição antiga (aqui renascentista), só aparentemente esgotada, mas que garantia alguma distância em relação ao passado imediato». E são os sonetos de Antero que levam Fernando Pessoa a considerar o poeta como o «ponto de partida da transformação que conduzirá à modernidade literária» [cit. De Biblos].
É, em suma, uma obra importantíssima para qualquer colecção dedicada à literatura portuguesa.

§§ Biblios, v. 4, c.528 e ss.; Laureano Barros, 495.

Bom aqui deixo o meu convite para uma leitura atenta e criteriosa deste catálogo muito bem elaborado.

Convirá não esquecer que estamos quase em “período de férias” de leilões, pelo que poderemos “fazer algumas contas” para ver se poderemos avançar, ou não, para alguma compra.

[Lamento não ter referido as Parte I e II, mas só tive conhecimento desta, de que recebi a informação via email com o pdf do catálogo e posteriormente o mesmo impresso – o qual agradeço ao Nuno Gonçalves)



Ecléctica Livraria Alfarrabista

Claro que esta Livraria Alfarrabista não faz só leilões pelo que vos deixo um convite para uma visita às instalações da sua Sede e Loja na Calçada do Combro, 50 1200-115 Lisboa, Portugal.

Saudações bibliófilas.

1 comentário:

  1. Olá, muito bom o seu blog. Estou curioso, por quanto foi arrematado o livro Sonetos do Anthero?/? Att., Adilson.

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