"Se não te agradar o estylo,e o methodo, que sigo, terás paciência, porque não posso saber o teu génio, mas se lendo encontrares alguns erros, (como pode suceder, que encontres) ficar-tehey em grande obrigação se delles me advertires, para que emendando-os fique o teu gosto mais satisfeito"
Bento Morganti - Nummismologia. Lisboa, 1737. no Prólogo «A Quem Ler»

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

«Anima Vegetalis, Imaginário Botânico do Mosteiro de Tibães»


Proponho hoje uma temática um pouco diferente do habitual.

A edição de um livro pela «in-libris» leva-me a falar-vos de um dos mais importantes, e dos mais belos, mosteiros de Portugal: o Mosteiro de São Martinho de Tibães.

No fim, fica a proposta para uma visita virtual.


Mosteiro de Tibães

No dia 12 de Setembro foi inaugurada uma Exposição fotográfica subordinada ao tema: «Anima Vegetalis, Imaginário Botânico do Mosteiro de Tibães» da autoria de Paulo Gaspar Ferreira, no total de 84 fotografias e de excertos de autoria do Padre Theodoro de Almeida recolhidos da sua obra «Recreação Filosófica ou Diálogo sobre a Filosofia Natural, para instrucção de pessoas curiosas que não frequentárão as aulas», de 1786.


Mosteiro de Tibães
Interior da Igreja

Neste mesmo dia foi apresentado o livro, com o mesmo nome, com um texto de apresentação de Fernando Guimarães.
A publicação que reúne este trabalho constituída por 160 páginas preservadas em estojo próprio feito à mão, em madeira de choupo gravado manualmente a negro na pasta da frente. A tiragem da presente publicação limita-se a 300 exemplares.



O Mosteiro de Tibães ou Mosteiro de São Martinho de Tibães, englobando a Igreja de Tibães e o Cruzeiro de Tibães, situa-se em Mire de Tibães, concelho de Braga e foi fundado no século XI.

A partir do século XII foi ocupado pela congregação Beneditina. No século XVI, tornou-se a casa mãe da ordem para Portugal e Brasil. Os edifícios principais actualmente existentes foram construídos nos séculos XVII e XVIII.

Um dos arquitectos que neles trabalhou foi André Soares.



Com a extinção das ordens religiosas masculinas ocorrida em 1834, é vendido em hasta pública, com excepção da Igreja, Sacristia e Claustro do Cemitério.

Ficou nas mãos de privados até 1986.

Foi classificado como Imóvel de Interesse Público em 1944.

Aqui fica o link para uma visita virtual:


Estou certo de terem apreciado esta “visita”.

Saudações bibliófilas ... e culturais.

3 comentários:

Marco Fabrizio Ramírez Padilla disse...

Rui.
Me pareció una excelente propuesta, ¡Que lugar tan hermoso!. Seguramente no sólo es uno de los monasterios más bellos de Portugal, sino del mundo, sorprende el trabajo de recuperación y conservación.
Gracias por el enlace.
Es muy buena noticia que ahora se considere patrimonio nacional, seguramente se asegura su permanencia para el futuro.


Saludos bibliófilos

Galderich disse...

Rui,
Me encantó la reconstrucció que se lleva a cabo sobre este edificio de gran belleza.
Las reconstrucciones virtuales de los filmes son sensacionales, muy bien hechos y que nos muestran el esplendor que tuvo el monasterio y que las piedras aún intentan proclamar a los cuatro vientos!
Graicas.

Rui Martins disse...

Caros amigos Galderich e Marco Fabrizio

Fico bastante agradecido pela vossa visita e comentários.
Ainda bem que gostaram desta ideia.
Quis apenas, ao apresentar um livro moderno, mas que pelo reduzido número de exemplares da sua tiragem e pela sua confecção de modo artesanal se poderá converter numa peça bibliófila, aproveitar para relembrar o Mosteiro de Tibães.
Tive o privilégio de conhecer o Mosteiro nas suas várias etapas e o resultado final é digno de apreço.
Não será o mais belo de Portugal e, muito menos do Mundo, mas é muito bonito e tem uma história fascinante ... gosto muito
de o visitar, o que faço sempre que passo por perto.

Um abraço